Uma das principais dificuldades para a rede de ensino público de Mandaguari era o alto número de faltas escolares. Para reverter esse quadro foi criado o projeto De Volta para A Escola, em 2013, com o objetivo de contribuir para o processo de aprendizagem dos estudantes e mapear as causas que retiravam os alunos da sala de aula. Mandaguari possui 35 mil habitantes, sendo 3.382 estudantes matriculados na rede pública.

Os estudos para o desenvolvimento do projeto permitiram compreender que se tratava de um problema social e cultural e que para ser sanado necessitaria do envolvimento da Secretaria de Educação municipal, das escolas, dos familiares e da sociedade. O projeto procurou, então, uma forma de apoiar as instituições de ensino.

Mais educação, menos faltas

Após dois anos do início do projeto, que seguirá em curso até 2020, constatou-se que o número de faltas da maioria dos alunos havia diminuído consideravelmente, fator muito positivo. Em 2015, um dos estudantes do 5º ano aumentou em 50% a sua frequência nas aulas e uma aluna do 4º ano teve apenas nove faltas, um crescimento aproximado de 70% em comparação com o período anterior sem o acompanhamento. Em 2016, o projeto acompanhou 167 alunos com problemas de frequência escolar.  Destes, obteve 98 casos em que o quadro foi transformado de maneira significativa.

O projeto possui um custo operacional mensal de R$ 6,3 mil referente à contratação de um profissional especialista em Pedagogia e gastos com material de expediente, combustíveis para o transporte e produção de material gráfico.

Como o projeto funciona?        

Depois de constatadas as faltas, a primeira etapa é a realização de um contato inicial com os pais ou com os responsáveis dos alunos faltosos. A conversa apresenta a importância dos estudos e da frequência escolar para um bom desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional e social do jovem.

Caso a medida não seja efetiva, parte-se para um novo processo chamado de “Escola para os pais”. Nessa etapa, os familiares são convidados para acompanharem palestras sobre temas diversos e ministrados por profissionais de áreas diversas, como psicólogos, assistentes sociais, educadores e promotores de Justiça.

Além do trabalho da Secretaria Municipal de Educação, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) auxilia o projeto com sua equipe multidisciplinar. Ao CRAS cabe o desenvolvimento de grupos de apoio, com idosos e mulheres em condições de vulnerabilidade social para esclarecer sobre a importância dos estudos na vida da criança, representando um significativo polo para divulgação do projeto na cidade.

Já os alunos que não são respaldados pelos pais, são encaminhados para o Conselho Tutelar, onde são amparados e participam de uma conversa sobre os direitos e deveres das crianças. Em caso de esgotamento das tentativas anteriores, os estudantes poderão ser convocados pelo Ministério Público para uma conversa com o promotor de Justiça e, existindo casos caracterizados como negligência, abre-se um Boletim de Ocorrência (BO) contra os pais.

Melhora do Ideb

A iniciativa impactou de modo significativo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ano de 2017. O Ideb de Mandaguari vem progressivamente melhorando ao longo dos anos de implementação do projeto. Em 2013, o índice era de 6% e, no ano de 2015, última avaliação do indicativo, o Ideb municipal alcançou o valor de 6,9%. Essa nota está além da média nacional do Ideb, que para 2015 era de 5,2% e para 2017, de 5,5%.           

Fonte: PGP-PR

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