Banco de Projetos

Parques Lineares de Londrina

Ano / Edição: 2019
Município: Londrina
Função de Governo: Urbanismo

Administração Indireta:

IPPUL - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina

Diagnóstico

Parques Lineares de Londrina

O município de Londrina tem o privilégio de possuir mais de 80 cursos d´água dentro do seu perímetro urbano, os quais formam um peculiar conjunto de fundos de vale que impõe suas formas enquanto entremeia a malha urbana. Essas generosas porções de natureza que se esparramam pela cidade fazem com que Londrina tenha uma fisionomia única, que a distingue das demais cidades do mesmo porte.


Além de serem um marco da paisagem urbana, muitos desses vales são afetuosamente apropriados pelos moradores. O Lago Igapó e o aterro, por exemplo, são um dos locais mais apreciados e frequentados, atraindo turistas e londrinenses de diversas regiões da cidade.
Antes da elaboração dos projetos específicos é realizado um diagnóstico da área/compartimento onde se procura identificar as características físicas e ambientais, os impactos sociais e ambientais que incidem na área, as estruturas existentes (galerias, dissipadores, edificações, mobiliário, equipamentos, etc.), bem como as condições de uso dessas estruturas. Além disso, busca-se identificar os usos existentes (como trilhas e passagens informais criadas e/ou utilizadas pelos moradores do entorno), o modo como as pessoas se apropriam do local e as atividades que costumam praticar (como caminhada, recreação infantil, futebol, vôlei, pesca, ciclismo).
A partir do diagnóstico do compartimento são desenvolvidas as diretrizes projetuais que guiarão o projeto arquitetônico específico para aquela área.



Além dos lagos Igapó, localizados no ribeirão Cambé, observamos que outros diversos vales são frequentados e, sobretudo, cuidados pelos moradores do entorno próximo – que não raro fazem a roçagem do local, providenciam a instalação de bancos, equipamentos de ginástica, traves de futebol e até mesmo hortas comunitárias.
Portanto, partindo do princípio de que muitos desses espaços têm potencial para se tornarem parques de fato, o presente projeto tem como objetivo específico:
Transformar em parques lineares os fundos de vale localizados em áreas com alta densidade habitacional, em diversas regiões da cidade.

Descrição

Para que projeto e execução sejam viáveis, o projeto é organizado em diferentes escalas, da mais ampla até a mais específica. Cada bacia hidrográfica localizada no perímetro urbano corresponde a um parque linear, onde é incluído tanto o córrego principal quanto seus afluentes.

Devido às grandes proporções, cada parque é dividido em compartimentos, que correspondem a trechos do rio principal e de seus afluentes. É para cada um desses compartimentos que os projetos específicos são desenvolvidos.

O PROJETO
Os parques situados em fundos de vale devem ser pensados de modo distinto de outros espaços de lazer devido às suas características ambientais e ao seu status de Área de Proteção Ambiental (APP). Por constituírem áreas ambientalmente frágeis e, em geral, legalmente protegidas, optou-se por projetar intervenções de baixo impacto, prevendo equipamentos e estruturas que interferissem minimamente nas características ambientais da área.
A partir dessas condições e das diretrizes, a intenção do projeto é tanto promover novos usos, quanto qualificar aqueles já existentes. Respeitando as particularidades de cada compartimento, o projeto prevê:
o mobiliário urbano (com catálogo específico)
o dispositivos de acessibilidade
o iluminação
o equipamentos de lazer e esporte
o tratamento paisagístico (com catálogo específico)
o sinalização hidrográfica (com conceito de sinalização)
o sinalização viária (para implantação de rotas para ciclistas)
Ainda que os projetos prevejam a instalação de equipamentos e mobiliário, houve a preocupação em não impor formas e usos rigorosos ao parque. Acreditamos que os espaços livres – portanto, flexíveis – são um convite à manifestação da criatividade e da apropriação espontânea pelas pessoas.
Como premissa, o desenvolvimento de cada compartimento deve se ater à consulta popular a fim de respeitar a apropriação e os usos pré-existentes.

Objetivos

Gerais:

Promover a fruição democrática dos espaços públicos conformados pelos fundos de vale em área urbana, possibilitando novos usos, qualificando usos já existentes e, deste modo, oferecendo condições favoráveis à maior permanência das pessoas nesses espaços, promovendo um estilo de vida mais saudável, mas também um cotidiano com mais encontros e conversas.
Em consequência, que a ampla fruição da natureza urbana faça sensibilizar a todos em relação às questões ambientais que estão próximas de nós, que estimule a corresponsabilidade em relação ao cuidado com o espaço público e que promova o espírito de preservação e de cidadania.

Específicos:

Desenvolver projetos urbanísticos para todos os compartimentos dos fundos de Vales do município, ampliar a conscientização do patrimônio natural e prevenir problemas de drenagem urbana.

Metas a atingir:

Concluído o diagnóstico e diretrizes de toda a Bacia hidrográfica do Ribeirão Cambé (Parque Igapó).
Lançar campanha de conscientização sobre a preservação e as possibilidade de usos de lazer dos fundos de vale.
Executar projeto já em fase de licitação dos trechos "Lagoa Dourada" e "Lago Cabrinha".
Desenvolver projetos urbanísticos do "Córrego Leme", "Córrego Rubi" e "Córrego Jerimú".
Ao longo dos anos desenvolver todos os trechos das 5 bacias hidrográficas do Município.

Cronograma

Físico:

Até Out/19 lançar campanha de conscientização em todas as plataformas online da Prefeitura e realizar divulgação nas escolas Municipais.
Até Ago/19 finalizar os projetos urbanísticos "Córrego Leme", "Córrego Rubi" e "Córrego Jerimú".
Até Jul/20 executar os trechos "Lagoa Dourada" e "Lago Cabrinha".

Financeiro:

Os projetos urbanísticos e paisagísticos estão sendo desenvolvidos pela equipe própria do IPPUL.
A campanha de conscientização sobre a preservação e as possibilidade de usos de lazer dos fundos de vale estão sendo desenvolvidos pela equipe própria do curso de Design da UEL – Universidade Estadual de Londrina.
Os projetos complementares e o orçamento do trecho "Lagoa Dourada" estão sendo desenvolvidos pela equipe própria da secretaria de obras.

Orçamento:

A definir com o lançamento da licitação do primeiro trecho "Lagoa Dourada".

Beneficiários Diretos:

População do Jardim Piza e entorno do Trecho "Lagoa Dourada"'.

Beneficiários Indiretos:

Toda a população do Município.

Resultados:

Como estão sendo elaborados vários projetos simultâneos e com a evolução da equipe, foram elaborados para os projetos mais recentes pesquisas digitais (anexo Jerimú) sobre as demandas da população. Posteriormente, em oficinas públicas são apresentados estes resultados e discutidos os projetos. Desta maneira, pôde-se perceber um engajamento crescente da população com os cuidados dos fundos de vale e a valorização destes espaços.

Anexos

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