Banco de Projetos

Jardins de Mel

Ano / Edição: 2018
Município: Curitiba
Função de Governo: Gestão Ambiental

Diagnóstico

A diminuição de populações de polinizadores, com diversos casos de desaparecimento destes, tem sido um problema recorrente registrado em várias regiões do mundo e que desperta grande preocupação internacional, sendo primordial para o cultivo de diversas plantas com interesse econômico e de manutenção da biodiversidade. O Brasil possui aproximadamente 300 das 420 espécies de Abelhas nativas sociais sem ferrão. Entre as espécies de abelhas nativas sem ferrão mais comuns no Paraná, destacam-se: a jataí (Tetragonisca angustula), espécie que reúne características úteis para exploração racional, com excelente mel, boa produtividade e docilidade; a mandaçaia (Melipona quadrifasciata), atualmente rara na natureza; as mirins (Plebeia spp.), abelhas de pequeno porte, cuja variedade de espécies e relativa facilidade na escolha de locais para nidificação tornam grupo mais comum no Estado; a tubuna (Scaptotrigona bipunctata), uma espécie agressiva, com mel abundante. Outra espécie que também pode ser encontrada em todas as regiões do Estado é a irapuá (Trigona spinipes), ainda mais agressiva que a tubuna e que não se adapta à criação em colméia por seu ninho ser do tipo arbóreo e o mel não se prestar ao consumo devido ao hábito das operárias de visitar dejetos e carcaças em decomposição. Na lista de espécies ameaçadas do Estado do Paraná, SCHWARTZ-FILHO et al (2004), incluíram, 18 espécies de abelhas, sendo que 8 espécies são solitárias e 10 são sociais. Esses números, bem maiores que aqueles das demais listas, provavelmente são decorrentes do fato do Paraná ser um dos estados mais bem amostrados do país e possuir vários biomas alguns extremamente ameaçados. Entre as espécies de abelhas com maior risco de extinção, estão as que são altamente endêmicas e com distribuição geográfica restrita, principalmente se o endemismo ocorrer em ecossistemas extremamente ameaçados como é o caso no Paraná, do cerrado (Savana Arborizada) e dos campos naturais (Estepe Gramíneo Lenhosa). A preservação imediata desses ambientes é a única medida eficaz para evitar a extinção de suas espécies endêmicas. Ressalta-se a inclusão na lista de 10 espécies de abelhas sociais indígenas (nativas) sem ferrão, para as quais a utilização de técnicas para a manutenção de colônias em meliponários, somada ao emprego da multiplicação artificial das colônias, pode favorecer as populações naturais além de propiciar uma alternativa de renda aos produtores, uma vez que algumas dessas abelhas produzem méis de excelente qualidade, aumentam a produtividade de diversas culturas agrícolas dependentes de polinização cruzada.

Descrição

Identificação das espécies de abelhas endêmicas
Análise da capacidade de suporte floral de vegetação
Aquisição e implementação do Meliponário Museu de História Natural Capão da Imbuia
Formação de multiplicadores, funcionários públicos municipais da SME, SMMA
Instalação dos Primeiros Jardins de Mel
Visitas guiadas dos alunos das escolas públicas e particulares
Formação junto a grupo Escoteiros
Formação dos Horteiros nas hortas comunitárias
Manutenção dos Jardins de Mel periodicamente
Formação continua de Guardiões das Abelhas sem Ferrão

Objetivos

Gerais:

Implantação de jardins de mel em parques, praças, hortas e escolas do município de Curitiba, com foco na conscientização sobre a importância e benefícios dos serviços ecossistêmicos prestados pelas abelhas nativas.
Capacitação de servidores públicos e comunidade afim de promover a cultura de restauração da biodiversidade.
Atrair, manter e multiplicar colônias de abelhas nativas resgatadas de árvores desvitalizadas da arborização pública e demais origens , transferidas para caixas de criação racional.

Específicos:

Conscientizar a população sobre a existência, a história, a importância e os benefícios dos serviços ambientais prestados pelas abelhas nativas.
Reintroduzir espécies nativas em seus habitats de origem.

Metas a atingir:

Implementar Jardins de Mel, distribuídos na cidade de Curitiba, bem como capacitar o maior número de beneficiários interessados nos mais diversos setores de âmbito municipal. afim de promover a educação para conservação da Biodiversidade, produção e consumo consciente.

Cronograma

Físico:

Análise da capacidade de suporte floral de vegetação (Janeiro de 2017)
Início da Formação do Meliponário Museu de História Natural Capão da Imbuia (Março 2017)
início de Formação de multiplicadores, funcionários públicos municipais da SME, SMMA, SMAB (Maio 2017)
Instalação dos Primeiros Jardins de Mel (parque Barigui, Jardim Botânico, Bosque Reinhaard Mack, Casa de acantonamento, Museu de História Natural, Sede da Secretária Municipal do Meio Ambiente( Setembro e Outubro 2017)
Implementação Jardins de Mel Parque Tingui (memorial Ucraniano) (Março 2018)
Visitas guiadas dos alunos das escolas públicas e particulares
Formação junto a grupo Escoteiros
Formação dos Horteiros nas hortas comunitárias
Implementação nas Hortas Comunitárias (Junho 2018)
Implementação Jardins de Mel Praça Osório (Junho 2018)
Manutenção dos Jardins de Mel periodicamente
Formação continua de Guardiões das Abelhas sem Ferrão

Financeiro:

Previsão orçamentária
R$ 30,000 reais no ano de 2017
R$ 60,000 no ano de 2018
RS 60,000 no ano de 2019
R$ 30,000 no ano de 2020

Orçamento:

Previsão orçamentária
R$ 30,000 reais no ano de 2017
R$ 60,000 no ano de 2018
RS 60,000 no ano de 2019
R$ 30,000 no ano de 2020

Beneficiários Diretos:

Pessoas contempladas com Projeto
Escolas 1024 (estudantes)
Funcionários 376
Comunidade 1589 (pessoas)
Mediação realizada por Multiplicadores 1900 (estudantes)
Convênio de Pesquisa com o Curso de Biologia para estudos de Palinologia junto a Universidade Positivo
Criação de Personagens para Ilustrar os materiais didáticos com a UFPR departamento de Design

Beneficiários Indiretos:

Mediação realizada por Multiplicadores 1900 pessoas atendidas
Divulgação em canais midiáticos, alcance superior a 200 mil visualizações
Visitantes estimados com interação com a prática, 100 mil pessoas nos diversos Jardins de Mel instalados estão situados em áreas públicas, permite-se o livre acesso a informação através do uso da tecnologia do QR Code que fornece informações gerais e contato com o projeto.

Resultados:

Pessoas contempladas com Projeto
Escolas 1024
Funcionários 376
Comunidade 1589
Mediação realizada por Multiplicadores 1900
Convênio de Pesquisa com o Curso de Biologia para estudos de Palinologia junto a Universidade Positivo
Criação de Personagens para Ilustrar os materiais didáticos com a UFPR departamento de Design
Interesse de Mídias para divulgar a prática
Contatos e interesse de outros municípios para replicar a prática

Anexos

Banco de Projetos