Banco de Projetos

Consciência Ambiental: enfoque para o saneamento e sustentabilidade

Ano / Edição: 2017
Município: Ivaiporã
Função de Governo: Gestão Ambiental

Administração Indireta:

pública

Diagnóstico

A conscientização ambiental é a transformação e a criação de senso crítico em relação ao prejuízos sofridos pelo meio ambiente devido à sua exploração sem cuidados pelos seres humanos desde os tempos mais primórdios da humanidade.
No século XX houve um acelerado crescimento populacional, também um grande desenvolvimento dos adventos tecnológicos. Isso fez com que a relação perdesse seu equilíbrio, fazendo com que fosse necessário pensar sobre a preservação do meio ambiente juntamente com os interesses econômicos e sociais do país, ou seja, pensar em um desenvolvimento sustentável.
Esta situação retrata formas de apropriação dos recursos naturais que desencadearam um processo de agressão indiscriminada, abusiva, predatória contra o ambiente, contra os seres inanimados e os seres vivos, sem excluir o próprio homem.
Na busca de alternativas de defesa e preservação dos recursos naturais, muitas metodologias têm sido adotadas, cujos resultados apresentam pouca eficácia e efêmera duração.
Uma das alternativas que poderá levar a questão ambiental a ser encarada como um compromisso da comunidade, é sensibilizar e envolver a população no solucionamento dos problemas ecológicos e na defesa dos bens naturais. Neste sentido, assume notável interesse a execução do Programa Consciência Ambiental: um enfoque para o saneamento sustentabilidade.
A Educação Ambiental, atualmente considera como um dos instrumentos que se dispõem, na tentativa de sanar ou, no mínimo, atenuar os problemas ambientais, é uma área extremamente nova que deve ser totalmente explorada por profissionais, estudantes, professores e populares.
As atividades devem estar baseadas em um modelo de intervenção junto a comunidade e, que fundamente na aplicação prática dos conceitos e princípios teóricos da ecologia.
O desenvolvimento do Programa Consciência Ambiental proposto, consta de duas etapas, onde na primeira é utilizada a área do Parque Ambiental Jardim Botânico, situações urbanas de saneamento, aterro sanitário e propriedade rurais cadastradas do Programa Cultivando Água Limpa, para visitas e caminhadas ecológicas, bem como visitas nas galerias, Estação de Tratamento de Água e Esgoto com alunos e professores, posteriormente em uma segunda etapa, são realizados trabalhos em sala de aula, tendo como centro de interesse das diversas disciplinas o aproveitamento das pesquisas, visitas técnicas e caminhadas.
O Programa pretende atingir de forma direta (educação formal) 5.000 estudantes dos diversos níveis de ensino (Fundamental, Médio, Superior e Pós-graduação) e de forma indireta (educação não formal), toda a população do Município de Ivaiporã (Sociedade Organizada, Associações entre outras), por meio da mídia, redes sociais, palestras, folders, etc.

Descrição

Para a elaboração do presente documento que estampa o Programa denominado tecnicamente de “Consciência Ambiental: um enfoque para o saneamento e a sustentabilidade”, tomou-se o caminho metodológico da investigação bibliográfica, preocupação com a recuperação e preservação ambiental, conscientização ambiental e cumprimento às leis que tratam da educação ambiental, práticas ambientais, políticas ambientais e saneamento.
Trata-se de um Programa de Educação Ambiental, baseado na visitação técnica e orientações ambientais para escolares de escolas públicas e particulares da cidade de Ivaiporã (podendo estender-se para escolas da região), com previsão de execução para os anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.
Caminhar pela cidade de forma orientada, observando as questões de saneamento, sistema viário, coleta de lixo, andar na mata, plantar árvores, tocar na terra, observar aves e animais, observar a produção de plantas entre outras tarefas peculiares impossíveis de serem desenvolvidas na escola pela falta de áreas naturais e situações reais, ganham importância como atividade educativa.
-Aumentar a satisfação e aproveitamento dos estudantes e população em geral, considerando que sua maioria deseja ver e aprender coisas novas;
-Pela utilização de certos mecanismos interpretativos pode se dispersar os participantes manipulando o impacto sobre os sítios específicos e também moldando as atitudes e características de sua conduta, para melhor apreciação do ambiente.
Indução de uma melhor compreensão da natureza pelo relato da história e o inter-relacionamento das diversas comunidades de animais e vegetais e proteção de recursos através da compreensão de um valor’’. (SHARP, 1968, in: MILANO, Michael S. Curso de manejo de áreas silvestres, 1983, pág. 69).
Princípios da interpretação: Tilden (1964), enumerou seis princípios básicos, nos quais de baseia toda técnica de interpretação da natureza, apreciada como metodologia didática que permite a realização dos objetivos educativos desejados:
01. Relacionar o fenômeno interpretativo com algo comum ás experiências do visitante;
02. A interpretação deve se consistir em algo mais que a simples informação a termos acessíveis do visitante;
03. A interpretação deve ser considerada como arte de comunicação, usando-se todos os sentidos para explicar quaisquer fatos ou fenômenos;
04. A interpretação não é o ensino, mas a provocação que deve motivar o visitante á participação. Deve despertar curiosidade;
05. Deve ser uma apresentação do todo não de uma parte. As características devem estar inter-relacionadas dentro de um conjunto conceitual;
06. A interpretação deve ser dirigida a grupos distintos, quer etária ou culturalmente’’. (THILDEN, 1964. In: MILANO, Miguel S. Curso de manejo de áreas silvestres, 1983. p. 70).
Para o desenvolvimento das atividades propostas, inicialmente os visitantes são informados sobre a importância do local a ser investigado, além dos objetivos de estudo. A desinformação poderá ser um dos principais responsáveis por grande parte dos maus-tratos cometidos contra o patrimônio natural e, uma vez alertados sobre os procedimentos que devem adotar, os visitantes poderão aproveitar ao máximo as atividades sem ultrapassar seus limites.
Após prestado as informações, inicia-se as caminhadas pela trilha ou pelos espaços urbanos para os casos relacionados com aos fatores da relação do meio ambiente com a vida urbana (saneamento, lixo, acessibilidade, etc), sempre com o número limitado de participantes (máximo 30 pessoas), para facilitar o acesso e a comunicação.
Durante as caminhadas, procuramos mostrar aos visitantes, todos os detalhes da flora, fauna, solo, hidrografia e outras curiosidades que surgem momentaneamente, sempre enfocado na importância de cada ser encontrado no ambiente, o inter-relacionamento das comunidades animais e vegetais e a necessidade de proteção dos recursos naturais, sendo da mesma forma para as discussões dos problemas urbanos.
Procedimentos adotados:
-Observação dos fenômenos naturais e/ou problemas encontradas.
-observação direta de vegetais e animais (quando na mata) e observação dos problemas: lixo, saneamento (quando no meio urbano).
-registros de informações e observações;
-coleta racionais de materiais e solos para estudos;
-elaboração de desenhos, esquemas, gráficos e relatórios;
-coleta de dados botânicos, zoológicos, geológicos e pesquisas bibliográficas realizadas no local.
-verificação in loco dos problemas de saneamento (ETE e ETA)
Os alunos observaram vivenciaram e ouviram informações importantíssimas durante as visitas e caminhadas na trilha do Parque Ambiental Jardim Botânico e/ou em outras áreas disponíveis sobre a flora, fauna, ecossistema, poluição, rios, legislação ambiental, produção de mudas desequilíbrios ecológicos, importância das árvores, saneamento, aterro, etc., sendo aproveitadas posteriormente em sala de aula nos conteúdos das seguintes disciplinas e atividades escolares.
Comunicação e Expressão:
Ao caminhar pela trilha interpretativa e nos pontos estratégicos urbanos, as crianças poderão o ar puro existentes na floresta, observar os animais em liberdade e conheceram de formal real o relacionamento entre flora e fauna.
-Durante a caminhada será trabalhado os nomes regionais dos seres vivos, vindo inclusive, trazer novos conceitos e conhecimentos á criança sobre animais, plantas, insetos e aves, além das questões que envolvem o saneamento ambiental.
-Tudo o que for comentado e observado, estará sendo anotado em relatório ou sendo mentalizado pela criança, levando-a a evidenciar em:
-Narrar fatos e ocorrências com clareza e desembaraço;
-Pesquisar para adquirir informações sobre a ecologia e meio ambiente;
-Anotar em fichas, dados sobre as experiências vividas, seguindo esquemas diretivos dessa redação;
-Observar as dimensões de pessoas, árvores e outros seres, face a realidade encontrada durante a caminhada,expressando as impressões de forma gráfica, pessoal, sem diretividade;
-Expressar as observações (vivências) com espontaneidade, obedecendo a sequência lógica de ideias, identificando habilidades básicas de conversação;
-Atribuir qualidades aos nomes comentados, dimensionando-os
Após as visitas e palestras, já em sala de aula, os alunos poderão redigir livretos descrevendo todos os acontecimentos que vivenciaram durante a visita e caminhada, podendo destacar:
-Empregar corretamente a letra maiúscula no início de sentenças e em nomes próprios;
-Analisar a pronúncia dos vocábulos e pela articulação sintetizar a separação de sílabas;
-Auto-avaliar a leitura e escrita de encontros consonontais que utiliza na comunicação;
-Operar com períodos precisos ( sujeito, verbo e complemento) para gradual domínio de linguagem oral, útil, usual;
-Induzir, por experiências vividas, a condição linguística , lendo sentenças, parágrafos, etc., e dando sequência lógica ás ideias.
-Redigir redações sob situações reais, observando as normas exigidas.
-Escrever um texto de situações vivenciadas resulta da interação entre leitor, o texto e a vida.
Aprender a escrever é, em alguns países, é parecido como aprender a falar. Na oralidade não se ensinam primeiramente regras gramaticais para que se fale me seguida. A criança aprende pelo convívio com a fala; também na escrita o convívio com o que se pretende escrever é fundamental.
Se possibilitarmos que as crianças se revelem em suas interações, que elas elaborem seus textos e que documentem as visitas e caminhadas (através de rabiscos, desenhos, letras, números etc.), dando a elas oportunidade de usar papel, lousa, lápis, tinta, massa, sucatas...emergirá, então a possibilidade da escrita como produção e a compreensão da interação do meio ambiente.
Isto significa dizer que o educando terá oportunidade de construir sua visão coerente no mundo. É permiti-lhe que se situe na sociedade em que se vive; é tentar libertar cada ser de si mesmo. É, ainda fazer uma ponte entre gramática e o uso da língua, entre a escrita e a leitura, entre o laser e a compreensão da natureza, entre os alunos, professores e técnicos.
Matemática:
Durante as visitas poderá trabalhar a respeito de porcentagens, diâmetros e metros. Citando as porcentagens em desmatamentos, porcentagem em cobertura florestal, diâmetros e metragens dos canteiros de produção de mudas.
As crianças terão ainda, a oportunidade de usufruir da matematização da natureza, observando as variadas formas geométricas da vida vegetal, tais como: os tipos de fustes (cilindrocos, elípticos e caniculados), as formas de copas (esféricas, ovoides, umbeliformes, corimbiformes, cônicas, cilíndricas ou coluniformas), as formas de fuste, os tipos de copas, a forma das bases de fustes e as variadas formas de folhas.
Poderão observar também as de abrigo e de alguns animais e insetos, despertando atenção especial a teia da aranha e as diversas formas geométricas nela encontradas e quanto aos aspectos de saneamento as obras de engenharia e o percurso da água e do esgoto até as estações (ETE e ETA).
O relevo do terreno contribui para que os visitantes tivessem noções de topografia, sendo trabalhado neste momento noções de distância, metragens e ângulos.
Essas situações foram aproveitadas em sala de aula, dentro de diversos conteúdos de matemática, levando os alunos a:
-Identificar a terminologia específica dentro da topologia do plano;
-Reconhecer conjuntos, diferenciando-os por agrupamentos ou espécies diferentes;
-Adicionar quantidades percebendo que a adição é a forma de reunir;
-Solucionar situações-problema dentro da vivência adquirida durante a caminhada;
-Reconhecer a necessidade de unidades padrão para as medidas: litro, mêtro e massa;
-Identificar os sólidos e figuras geométricas, relacionando-os com objetos do uso comum ou observações;
-Estabelecer relações de equivalência, igualdade e desigualdade, com milésimos, centésimos décimos e unidade.
Os resultados nos mostram que é urgente decorrer a um ensino de matemática, onde a teoria e prática, conteúdo e forma integrem-se para desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e o espírito crítico, a partir do resgate da questão cultural, já que a matemática é um bem cultural, construído a partir das relações do homem com a natureza.
Ao se ensinar matemática, é necessário levar em conta que a escola não é o mundo em si, isolado, mas faz parte de uma organização mais ampla – a sociedade. Dessa forma, ensinar matemática numa sala de aula determinada, vai muito além da realidade vivida pelo professor e seus alunos, já que esse ensinar é atingido pelas expectativas e ações da organização social maior.
É necessário focalizar o ensino da matemática nos inter-relacionamentos entre a sua prática diária e concreta e o contexto histórico-social mais amplo.
Tal enfoque procura garantir a perspectiva histórica do conhecimento da matemática em seus aspectos intrínsecos (que dizem respeito especificamente à matemática), analisando como esse conhecimento se desenvolveu através do tempo, por que ele se apresenta tal qual está, que tendências existem no seu ensino, etc.; e nos extrínsecos (que contextualizam a matemática) que vão esclarecer as contradições de ordem social, econômica, ambiental, política e cultural, que o permeiam.
Os objetos matemáticos são criações, elaborações, abstrações que visam á ação sobre a realidade (nem sempre imediata), para de novo surgirem novas elaborações, abstrações, num processo permanente.
A proposta de desenvolver o ensino interdiciplinar incluindo-se a matemática, através da observação dos alunos durante as visitas e caminhadas ecológicas realizadas no Parque Ambiental Jardim Botânico de Ivaiporã levará consigo a esperança de que aos poucos vá se transmitindo aos estudantes educadores a ideia de que, a matemática, como toda a ciência são importantes para a melhoria da qualidade de vida das gerações futuras.
Ciências:
O ensino convencional de ciências não está possibilitando a percepção e aplicação de métodos, a produção de conhecimentos para a vida, o desenvolvimento da capacidade criadora e nem formando consciência crítica.
O cotidiano escolar é pródigo em evidências de ensino formal e abstrato, da ênfase dada aos aspectos informativos, do abuso das aulas expositivo-discursivas, das atividades práticas irrelevantes, da didática superada, sistematizarão pedagógica, de metodologia inadequada, da tecnologia educacional desconhecida e dos currículos impróprios.
Para reverter o quadro apresentado, procuramos desenvolver atividades ligadas a ciências, buscando resgatar a importância do contato direto com o meio natural, objetivando despertar o conceito da natureza e seus reais valores, levando os visitantes a terem uma visão do concreto existente no meio em que se encontra e os valores que devem ser preservados.
Durante a visita, as crianças tiveram oportunidade de esclarecer que certos animais , tais como; leões, elefantes, camelos, ursos e girafas, não são comuns em nossas florestas e não pertencem a fauna brasileira, porém, que os mesmos são úteis ao equilíbrio ecológico nos seus habitats.
Será possível ainda, explorar a nível de observação o valor do relacionamento flora/fauna e o papel de cada qual desempenha no ecossistema.
Partindo das observações e questionamentos sobre germinação de sementes, reflorestamento, conservação de solos, tipos e espécies de árvores, combate a erosão poluição e fauna, os alunos passaram a pesquisar em sala de aula, com o acompanhamento de professores, onde apresentam trabalhos e realizam debates nas áreas de iniciação à biologia, ecologia, zoologia, botânica, etc.
As pesquisas e trabalhos realizados, mostrarão que os alunos tiverem referência em trabalhar o que de real observaram, deixando de lado os conceitos que até então tinham sobre a existência de animais exóticos na fauna brasileira.
As observações e comentários, levarão o aluno a evidenciar na área de ciências:
-Identificar o revestimento externo dos animais de pêlo, escamas, pena e função;
-Distinguir entre os elementos que constituem o meio ambiente, os que são próprios da natureza dos que não criados pelo homem;
-Distinguir os cuidados necessários à conservação das plantas e dos animais;
-Identificar a importância do sol como fonte de luz e calor;
-Reconhecer os cuidados de prevenção contra o fogo e as providencias a serem tomadas em caso de incêndio florestal;
-Observar e zelar pela limpeza e boa aparência do ambiente circundante;
-Distinguir os seres vivos e seu ambiente;
-Observar a existência de água e de ar, constatando sua necessidade para os seres vivos;
-Identificar as variações do tempo e sua influencia em algumas atividades do homem na vegetação;
-Verificar as condições favoráveis à germinação das sementes, observando seu desenvolvimento em diferentes ambientes;
-Analisar o fenômeno poluição em relação à vida das pessoas, e reconhecer os prejuízos;
-Conhecer meios de preservação e recuperação do meio ambiente.
Ao desenvolver atividades ecológicas junto ao meio ambiente, o que se deve ter em mente com o ensino de ciências é que o aluno seja conveniente iniciado no mundo das ciências, que venha compreendê-la a partir de praticas como a construção de canteiros para produção de mudas e execução de paisagismo no pátio da escola, produzindo um saber cientifico voltado para a busca da melhoria de vida neste planeta.
Devemos lembrar que a Educação Ambiental é ramo da Educação Geral do indivíduo e que, promover melhoria nas condições de vida do ser humano no planeta, significa passar pelo social, uma vez que esta é a condição de organização da vida humana.
O ensino de ciências através de caminhadas ecológicas, deve servir para a formação da consciência critica do educando, revertendo seus conhecimentos científicos em ações voltadas à melhorias da vida da sua comunidade.
A abertura para novos métodos de pensar a fazer a ciência abre perspectivas para um ensino mais dinâmico em que tanto o professor quanto o aluno se envolvem em um trabalho produtivo e de substância. É importante que se ofereça ao educando a oportunidade para a sua própria reflexão, evitando impingir conceitos dogmáticos. O professor deverá ter a habilidade para apresentar as novas alternativas de trabalhar o conteúdo das ciências, tornando a disciplina atraente e que produza uma educação sem constrangimento e cerceamento por visões prontas e acabadas.
Atividades Artísticas:
A arte é uma manifestação ligada intimamente ao espírito humano. Só o homem tem consciência da emoção da arte. Assim é que vamos encontrar, mesmo nos povos mais primitivos, o gosto pela decoração, pelo emprego de linhas, formas e cores que nada tem a ver com o desempenho pratico do objeto; apenas servem para lhe uma categoria ou uma superioridade.
O homem não só modifica as formas pela natureza, como também modifica a sua própria idéia inicial, definindo os meios pelos quais realizará esta atividade.
Potencialmente, o campo da arte é um campo aberto para todos. Todo ser humano é artista e esta sempre a criar novas formas de expressar o mundo e abrir novos caminhos. Para ele uma determinada ação , renovando-se a cada instante e contribuindo muitas vezes para uma mudança no movimento do universo.
Neste campo de atividades artísticas, duas áreas destacaram-se: atividades ilustrativas ou de coordenação e atividades interpretativas.
Atividades Ilustrativas ou Coordenação:
Para levar o educando a perceber as questões ambientais observadas durante as visitas e caminhadas ecológicas, posteriormente, em sala de aula, os mesmos poderão fazer Ilustrações e livretos sobre o lixo.
As atividades ilustrativas e de coordenação levam as crianças a observar as dimensões de pessoas ( do eu, dos pais, etc.) e de coisas existentes na natureza ou no seu meio ( arvores, casas, escola), levando nas a expressar as impressões de forma coerente e pessoal.
Através do desenho, a criança aplica observações vivenciadas, destacando com ênfase os seus conhecimentos do real, aperfeiçoando o desenvolvimento da coordenação motora em sentido progressivo e constante.
Além das atividades de desenho e coordenação poderão realizar pintura nos muros da escola, com temas voltados a ecologia.
Atividades interpretativas:
Com o desenvolvimento das atividades, despertou ainda, o interesse nos alunos em realizar pecas de teatros de “ Teatro Ecológico
“o verdadeiro papel do teatro na educação é construir para o desenvolvimento emocional, intelectual e moral da criança, correspondendo fielmente, aos anseios e desejos respeitando-lhe as etapas do pensamento que evolui do concreto ao formal, para dar_lhe uma visão do mundo a partir da marcha gradativa de suas próprias experiências e descoberta” (REVERBEL, Olga. Teatro na sala de aula, 1979. Contra capa).
O teatro, por estrutura diversificável, integra-se facilmente às demais disciplinas do currículo, podendo ser explorado em conjunto, deforma mutidiciplinar.
A criatividade das crianças através da arte é de vital importância. Trata-se do primeiro indício, e o mais exato, da psicologia individual, sendo seu passaporte para a liberdade, para a sua felicidade e mudança de atitude.
A produtividade infantil pode ser rica em quantidades e descobertas quando a criança tem inteira liberdade de ação , e isso muitas vezes causa espantos, mas a criança é o vivenciar natural sem estereótipos.
A aquisição de conhecimentos nos vários campos será estimulada na medida em que o aluno for sensibilizado a perceber e pensar, criar e recriar de acordo com sua compreensão à própria critica que será estimulada pelo próprio ambiente.
Integração Social:
O exercício da aplicação da integração social estará presente a todo momento na realização dos trabalhos de Educação Ambiental, pois durante as caminhadas, os alunos irão desenvolver ajuda mútua uns aos outros ao mesmo tempo que estarão obtendo informações sobre legislações para punir os responsáveis por danos ecológicos, informações sobre o papel dos órgãos e entidades ambientalistas, noções de espaço, acidentes geográficos.
Partindo do aproveitamento adquirido durante a caminhada, o aluno terá oportunidade de evidenciar, em:
-Ouvir historias, fatos reais, casos verídicos, para refletir sobre atitudes de honestidade e justiça e dar ênfase a valores morais;
-Valorizar os serviços de utilidade publica;
-Integrar-se ao meio que vive: lar, escola e meio ambiente;
-Despertar o interesse em respeitar a floresta como um patrimônio seu;
-Orientar-se pelo sol, determinando os pontos cardeais;
-Identificar os aspectos físicos e naturais de seu meio, bem como a preservação e conservação ecológica;
-Caracterizar alguns acidentes geográficos relacionados com o Estado e com o Município e sua conservação ecológica;
-Identificar os problemas que causam o desmatamento, as erosões, os assoreamentos, etc;
- Identificar suas responsabilidades diante do grupo e como membros na comunidade.
Em sala de aula, os alunos poderão realizar pesquisas sobre o Código Florestal lei 4771, código de pesca lei 221, Código de caça lei 5197, Decreto 63.234/68 que institui o Dia da Ave. Lei nº 6.225/75 que dispõe sobre o combate à erosão, lei nº 6.607/81 que institui o Dia do Pau-Brasil, Decreto nº 86.028/81 que institui a Semana do Meio Ambiente e outras.
A escola brasileira na sociedade democrática deve instrumentalizar o aluno para uma participação mais ativa no processo político e cultural, Para isto, ela precisa elaborar seu plano curricular de acordo com os avanços científicos e tecnológicos, dando, assim, transmitir o saber sistematizado e favorecer os instrumentos de acesso ao conhecimento historicamente acumulado.
Atividades Físicas:
Durante a realização das caminhadas ecológicas, ao mesmo momento em que os alunos estarão obtendo informações a respeito da ecologia, exercitavam-se entre vegetação, cruzando as grotas e respirando o ar puro, desenvolvendo companheirismo e realizando através de professores de educação Física, exercícios orientados conforme.
O desenvolvimento das diversas praticas a serem realizadas poderão levar o alunoa evidenciar, em:
-Praticar atividades recreativas para formar hábitos de ordem e de disciplina;
-Praticar atividades lúdicas, exercícios diretivos, expressão corporal e exercícios rítmicos para a manutenção da coordenação motora;
-Praticar jogos coletivos que ampliem a percepção e se destinem a tornar precisas as discriminações psicomotoras;
-Despertar a auto- avaliação de desempenho e estimular o espírito de cooperação;
-Intensificar o desenvolvimento do controle pessoal, e senso de responsabilidade.
-Progredir a força de tração enfatizando a importância da colaboração ordenada;
-Participar de atividades com atenção, observação, criatividade e imaginação
Recursos Humanos.
-Técnicos do Departamento de Meio Ambiente
-Professores do Departamento de Educação Municipal
-Técnicos dos órgãos apoiadores
- Professores das diversas áreas;
- Alunos e professores das escolas envolvidas.

A intenção é possibilitar um espaço onde crianças e jovens possam vivenciar de forma lúdica e corporal os mistérios e revelações dos reinos da natureza e sua relação integrada aos ciclos naturais, com a percepção ambiental, semeando no espírito da criança o amor e respeito por todos os seres e preparando os jovens para a sustentabilidade, além de conhecer os problemas e soluções para as questões urbanas de saneamento e meio ambiente.
Primeira etapa: organizar agenda de visitas nas escolas para expor projeto aos diretores (as) de escolas;
a) Visitas realizadas pela equipe de técnicos do Departamento de Meio Ambiente de Ivaiporã aos diretores (as) de escolas a serem envolvidas no Programa Consciência Ambiental;
b) Reunião com Instituições de Ensino para concretização de parcerias que visam a educação ambiental e execução prática para a efetivação do Projeto.
Segunda etapa: criação de critérios técnicos e pedagógicos (roteiro).
a) Cadastrar as escolas envolvidas no Programa;
b) Criar agenda para a execução das atividades;
c) Apoio e acompanhamento técnico.
Terceira etapa: sequencia das atividades nas escolas
a) Nesta etapa, as escolas com os professores envolvidos no programa darão continuidade na escola envolvendo o aprendizado de forma interdisciplinar.
Materiais utilizados: Recursos audio-visuais, câmara fotográfica, folders, livros didáticos, livros técnicos, materiais de primeiros socorros, alimento, vestimentas e calçados adequados.
Recursos financeiros: recursos próprios do Departamento de Meio Ambiente com apoio financeiro da FUNASA.
Beneficiários: aproximadamente 5.000 estudantes (rede pública e privada de todos os níveis educacionais) e toda a população de forma indireta.

Objetivos

Gerais:

Criar uma consciência ambiental e uma reflexão criteriosa na população em geral quanto a necessidade de preservar o meio ambiente e participar dos processos de soluções para enfrentamento dos problemas vividos pela sociedade (lixo, saneamento, doenças ambientais, áreas verdes, preservação das florestas e matas ciliares, água, rios, nascentes, etc).

Específicos:

- Trabalhar a educação ambiental como ação conscientizadora, buscando dentro da interdisciplinariedade, formal uma mentalidade conservacionista, empenhada na defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, a partir de observações do real;- Levar os visitantes a conhecer a importância da existência dos recursos naturais de Ivaiporã, oportunizando a observação do meio espacial urbano e rural em que se vive, isto é, do meio ambiente no sentido mais universal;
-Oportunizar que a criança, o adolescente e as demais pessoas percebam o domínio nas leis da vida, preparando-as para a compreensão das interdependências que ligam a vida a seu meio;
- Gerar recursos para a discussão orientada nas diversas disciplinas escolares, buscando sempre a interdisplinariedade.

Metas a atingir:

A intenção é possibilitar um espaço onde crianças e jovens e população em geral possam vivenciar de forma lúdica e corporal os mistérios e revelações dos reinos da natureza e sua relação integrada aos ciclos naturais, com a percepção ambiental, semeando no espírito da criança o amor e respeito por todos os seres e preparando os jovens para a sustentabilidade, além de conhecer os problemas e soluções para as questões urbanas de saneamento e meio ambiente.
Primeira etapa: organizar agenda de visitas nas escolas para expor projeto aos diretores (as) de escolas;
a) Visitas realizadas pela equipe de técnicos do Departamento de Meio Ambiente de Ivaiporã aos diretores (as) de escolas a serem envolvidas no Programa Consciência Ambiental;
b) Reunião com Instituições de Ensino para concretização de parcerias que visam a educação ambiental e execução prática para a efetivação do Projeto.
Segunda etapa: criação de critérios técnicos e pedagógicos (roteiro).
a) Cadastrar as escolas envolvidas no Programa;
b) Criar agenda para a execução das atividades;
c) Apoio e acompanhamento técnico.
Terceira etapa: possibilitar o contato direto das crianças, jovens e demais interessados com os recursos naturais, bem como com os problemas e soluções quanto às questões que envolvem lixo, reciclagem, saneamento, aterro, arborização urbana, recuperação de nascentes e matas ciliares, recuperação de áreas degradadas, entre outros.
Quarta etapa: sequencia das atividades nas escolas
a) Nesta etapa, as escolas com os professores envolvidos no programa darão continuidade na escola envolvendo o aprendizado de forma interdisciplinar.
Desta forma, o Programa estará atingindo de forma direta aproximadamente 5.000 estudantes e de forma indireta, toda a população de Ivaiporã.

Cronograma

Físico:

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Discriminação das ações Período de execução
Elaboração do Projeto: Janeiro e Fevereiro de 2017
Reuniões Preliminares: Janeiro/março de 2017
Tramitação legal: Janeiro/fevereiro de 2017
Parcerias: Março/abril de 2017
Lançamento e assinaturas: Fevereiro de 2017
Palestra sobre a importância do projeto: Fevereiro de 2017
Divulgação imprensa: Fevereiro de 2017
Abril/Maio/Junho de 2017
Cadastramento e visitas 2017/2018/2019 e 2020
Execução técnica: Março a Novembro de cada ano
Acompanhamento e apoio técnico: Março a Novembro de cada ano
Palestras: Março a Novembro de cada ano
Caminhadas ecológicas e visitas: Março a Novembro de cada ano

Financeiro:

Total de investimento para atingir os resultados finais:
R$ 80.000,00 (recursos próprios) Fonte: Prefeitura Municipal de Ivaiporã/fonte 1000

Orçamento:

PREVISÃO DE INVESTIMENTOS: R$ 80.000,00 (recursos próprios - fonte Departamento de Meio Ambiente.
Discriminação Custo aproximado R$ Observações
Aquisição de um computador e impressora colorida para administrativo R$ 5.000,00 (Para elaboração de relatórios e outros expedientes)
Material de expediente: R$ 3.000,00 (Folhas sulfite, pastas tinta impressora, canetas, lápis, etc)
Aquisição de material didático e pedagógico: R$ 12.000,00 (Folders, apostilas, cartilhas, etc)
Elaboração de uma revista didática sobre o programa (colorida): R$ 12.000,00 (Revista apresentando os resultados da execução do programa)
Aquisição de computadores para as escolas participantes: R$ 15.000,00 (Será realizado gincana e os vencedores receberão computadores, bicicletas, etc)
Aquisição e confecção de placas educativas : R$ 15.000,00 (Placas e outdoor com frases educativas para serem distribuídas na cidade)
Confeção de certificados para as escolas participantes: R$ 5.000,00 (Certificados pela participação)
Aquisição de lanches para os participantes: R$ 8.000,00
Cursos de capacitação para o pessoal técnico e professores envolvidos no programa: R$ 10.000,00

Beneficiários Diretos:

Aproximadamente 5.000 estudantes de forma direta, com inúmeras atividades técnico-pedagógicas, abrangendo as ciências da natureza, vida urbana, lixo, saneamento, mobilidade, acessibilidade.

Beneficiários Indiretos:

De forma indireta toda a população de Ivaiporã e região com entrevistas nas emissoras de rádio, palestras em associações de moradores de bairros, folders, entre outros.

Resultados:

Os alunos observaram vivenciaram e ouviram informações importantíssimas durante as visitas e caminhadas na trilha do Parque Ambiental Jardim Botânico e/ou em outras áreas disponíveis sobre a flora, fauna, ecossistema, poluição, rios, legislação ambiental, produção de mudas desequilíbrios ecológicos, importância das árvores etc., sendo aproveitadas posteriormente em sala de aula nos conteúdos das seguintes disciplinas e atividades escolares.
Comunicação e Expressão:
Ao caminhar pela trilha interpretativa, as crianças poderão o ar puro existentes na floresta, observar os animais em liberdade e conheceram de formal real o relacionamento entre flora e fauna.
Durante a caminhada será trabalhado os nomes regionais dos seres vivos, vindo inclusive, trazer novos conceitos e conhecimentos á criança sobre animais, plantas, insetos e aves.
Tudo o que for comentado e observado, estará sendo anotado em relatório ou sendo mentalizado pela criança, levando-a a evidenciar em:
-Narrar fatos e ocorrências com clareza e desembaraço;
-Pesquisar para adquirir informações sobre a ecologia e meio ambiente;
-Anotar em fichas, dados sobre as experiências vividas, seguindo esquemas diretivos dessa redação;
-Observar as dimensões de pessoas, árvores e outros seres, face a realidade encontrada durante a caminhada,expressando as impressões de forma gráfica, pessoal, sem diretividade;
-Expressar as observações (vivências) com espontaneidade, obedecendo a seqüência lógica de ideias, identificando habilidades básicas de conversação;
-Atribuir qualidades aos nomes comentados, dimensionando-os
Após as visitas e palestras, já em sala de aula, os alunos poderão redigir livretos descrevendo todos os acontecimentos que vivenciaram durante a visita e caminhada, podendo destacar:
-Empregar corretamente a letra maiúscula no início de sentenças e em nomes próprios;
-Analisar a pronúncia dos vocábulos e pela articulação sintetizar a separação de sílabas;
-Auto-avaliar a leitura e escrita de encontros consonontais que utiliza na comunicação;
-Operar com períodos precisos ( sujeito, verbo e complemento) para gradual domínio de linguagem oral, útil, usual;
-Induzir, por experiências vividas, a condição linguística , lendo sentenças, parágrafos, etc., e dando seqüência lógica ás ideias.
-Redigir redações sob situações reais, observando as normas exigidas.
-Escrever um texto de situações vivenciadas resulta da interação entre leitor, o texto e a vida.
Aprender a escrever é, em alguns países, é parecido como aprender a falar. Na oralidade não se ensinam primeiramente regras gramaticais para que se fale me seguida. A criança aprende pelo convívio com a fala; também na escrita o convívio com o que se pretende escrever é fundamental.
Se possibilitarmos que as crianças se revelem em suas interações, que elas elaborem seus textos e que documentem as visitas e caminhadas (através de rabiscos, desenhos, letras, números etc.), dando a elas oportunidade de usar papel, lousa, lápis, tinta, massa, sucatas...emergirá, então a possibilidade da escrita como produção e a compreensão da interação do meio ambiente.
Isto significa dizer que o educando terá oportunidade de construir sua visão coerente no mundo. É permiti-lhe que se situe na sociedade em que se vive; é tentar libertar cada ser de si mesmo. É, ainda fazer uma ponte entre gramática e o uso da língua, entre a escrita e a leitura, entre o laser e a compreensão da natureza, entre os alunos, professores e técnicos.
Matemática:
Durante a visita poderá trabalhar a respeito de porcentagens, diâmetros e metros. Citando as porcentagens em desmatamentos, porcentagem em cobertura florestal, diâmetros e metragens dos canteiros de produção de mudas.
As crianças terão ainda, a oportunidade de usufruir da matematização da natureza, observando as variadas formas geométricas da vida vegetal, tais como: os tipos de fustes (cilindrocos, elípticos e caniculados), as formas de copas (esféricas, ovoides, umbeliformes, corimbiformes, cônicas, cilíndricas ou coluniformas), as formas de fuste, os tipos de copas, a forma das bases de fustes e as variadas formas de folhas.
Poderão observar também as de abrigo e de alguns animais e insetos, despertando atenção especial a teia da aranha e as diversas formas geométricas nela encontradas.
O relevo do terreno contribui para que os visitantes tivessem noções de topografia, sendo trabalhado neste momento noções de distância, metragens e ângulos.
Essas situações foram aproveitadas em sala de aula, dentro de diversos conteúdos de matemática, levando os alunos a:
-Identificar a terminologia específica dentro da topologia do plano;
-Reconhecer conjuntos, diferenciando-os por agrupamentos ou espécies diferentes;
-Adicionar quantidades percebendo que a adição é a forma de reunir;
-Solucionar situações-problema dentro da vivência adquirida durante a caminhada;
-Reconhecer a necessidade de unidades padrão para as medidas: litro, mêtro e massa;
-Identificar os sólidos e figuras geométricas, relacionando-os com objetos do uso comum ou observações;
-Estabelecer relações de equivalência, igualdade e desigualdade, com milésimos, centésimos décimos e unidade.
Os resultados nos mostram que é urgente decorrer a um ensino de matemática, onde a teoria e prática, conteúdo e forma integrem-se para desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e o espírito crítico, a partir do resgate da questão cultural, já que a matemática é um bem cultural, construído a partir das relações do homem com a natureza.
Ao se ensinar matemática, é necessário levar em conta que a escola não é o mundo em si, isolado, mas faz parte de uma organização mais ampla – a sociedade. Dessa forma, ensinar matemática numa sala de aula determinada, vai muito além da realidade vivida pelo professor e seus alunos, já que esse ensinar é atingido pelas expectativas e ações da organização social maior.
É necessário focalizar o ensino da matemática nos inter-relacionamentos entre a sua prática diária e concreta e o contexto histórico-social mais amplo.
Tal enfoque procura garantir a perspectiva histórica do conhecimento da matemática em seus aspectos intrínsecos (que dizem respeito especificamente à matemática), analisando como esse conhecimento se desenvolveu através do tempo, por que ele se apresenta tal qual está, que tendências existem no seu ensino, etc.; e nos extrínsecos (que contextualizam a matemática) que vão esclarecer as contradições de ordem social, econômica, ambiental, política e cultural, que o permeiam.
Os objetos matemáticos são criações, elaborações, abstrações que visam á ação sobre a realidade (nem sempre imediata), para de novo surgirem novas elaborações, abstrações, num processo permanente.
A proposta de desenvolver o ensino interdisciplinar incluindo a matemática, através da observação dos alunos durante as visitas e caminhadas ecológicas realizadas no Parque Ambiental Jardim Botânico de Ivaiporã levará consigo a esperança de que aos poucos vá se transmitindo aos estudantes educadores a ideia de que, a matemática, como toda a ciência são importantes para a melhoria da qualidade de vida das gerações futuras.
Ciências:
O ensino convencional de ciências não está possibilitando a percepção e aplicação de métodos, a produção de conhecimentos para a vida, o desenvolvimento da capacidade criadora e nem formando consciência crítica.
O cotidiano escolar é pródigo em evidências de ensino formal e abstrato, da ênfase dada aos aspectos informativos, do abuso das aulas expositivo-discursivas, das atividades práticas irrelevantes, da didática superada, assistematização pedagógica, de metodologia inadequada, da tecnologia educacional desconhecida e dos currículos impróprios.
Para reverter o quadro apresentado, procuramos desenvolver atividades ligadas a ciências, buscando resgatar a importância do contato direto com o meio natural, objetivando despertar o conceito da natureza e seus reais valores, levando os visitantes a terem uma visão do concreto existente no meio em que se encontra e os valores que devem ser preservados.
Durante a visita, as crianças tiveram oportunidade de esclarecer que certos animais , tais como; leões, elefantes, camelos, ursos e girafas, não são comuns em nossas florestas e não pertencem a fauna brasileira, porém, que os mesmos são úteis ao equilíbrio ecológico nos seus habitats.
Será possível ainda, explorar a nível de observação o valor do relacionamento flora/fauna e o papel de cada qual desempenha no ecossistema.
Partindo das observações e questionamentos sobre germinação de sementes, reflorestamento, conservação de solos, tipos e espécies de árvores, combate a erosão poluição e fauna, os alunos passaram a pesquisar em sala de aula, com o acompanhamento de professores, onde apresentam trabalhos e realizam debates nas áreas de iniciação à biologia, ecologia, zoologia, botânica, etc.
As pesquisas e trabalhos realizados, mostrarem que os alunos tiverem referência em trabalhar o que de real observaram, deixando de lado os conceitos que até então tinham sobre a existência de animais exóticos na fauna brasileira.
As observações e comentários, levarão o aluno a evidenciar na área de ciências:
-Identificar o revestimento externo dos animais de pêlo, escamas, pena e função;
-Distinguir entre os elementos que constituem o meio ambiente, os que são próprios da natureza dos que não criados pelo homem;
-Distinguir os cuidados necessários à conservação das plantas e dos animais;
-Identificar a importância do sol como fonte de luz e calor;
-Reconhecer os cuidados de prevenção contra o fogo e as providencias a serem tomadas em caso de incêndio florestal;
-Observar e zelar pela limpeza e boa aparência do ambiente circundante;
-Distinguir os seres vivos e seu ambiente;
-Observar a existência de água e de ar, constatando sua necessidade para os seres vivos.
-Identificar as variações do tempo e sua influencia em algumas atividades do homem na vegetação;
-Verificar as condições favoráveis à germinação das sementes, observando seu desenvolvimento em diferentes ambientes;
-Analisar o fenômeno poluição em relação à vida das pessoas, e reconhecer os prejuízos;
-Conhecer meios de preservação e recuperação do meio ambiente.
Ao desenvolver atividades ecológicas junto ao meio ambiente, o que se deve ter em mente com o ensino de ciências é que o aluno seja conveniente iniciado no mundo das ciências, que venha compreendê-la a partir de praticas como a construção de canteiros para produção de mudas e execução de paisagismo no pátio da escola, produzindo um saber cientifico voltado para a busca da melhoria de vida neste planeta.
Devemos lembrar que a Educação Ambiental é ramo da Educação Geral do individuo e que, promover melhoria nas condições de vida do ser humano no planeta, significa passar pelo social, uma vez que esta é a condição de organização da vida humana.
O ensino de ciências através de caminhadas ecológicas, deve servir para a formação da consciência critica do educando, revertendo seus conhecimentos científicos em ações voltadas à melhorias da vida da sua comunidade.
A abertura para novos métodos de pensar a fazer a ciência abre perspectivas para um ensino mais dinâmico em que tanto o professor quanto o aluno se envolvem em um trabalho produtivo e de substância. É importante que se ofereça ao educando a oportunidade para a sua própria reflexão, evitando impingir conceitos dogmáticos. O professor deverá ter a habilidade para apresentar as novas alternativas de trabalhar o conteúdo das ciências, tornando a disciplina atraente e que produza uma educação sem constrangimento e cerceamento por visões prontas e acabadas.
Atividades Artísticas:
A arte é uma manifestação ligada intimamente ao espírito humano. Só o homem tem consciência da emoção da arte. Assim é que vamos encontrar, mesmo nos povos mais primitivos, o gosto pela decoração, pelo emprego de linhas, formas e cores que nada tem a ver com o desempenho pratica do objeto; apenas servem para lhe uma categoria ou uma superioridade.
O homem não só modifica as formas pela natureza, como também modifica a sua própria idéia inicial, definindo os meios pelos quais realizará esta atividade.
Potencialmente, o campo da arte é um campo aberto para todos. Todo ser humano é artista e esta sempre a criar novas formas de expressar o mundo e abrir novos caminhos. Para ele uma determinada ação , renovando-se a cada instante e contribuindo muitas vezes para uma mudança no movimento do universo.
Neste campo de atividades artísticas, duas áreas destacaram-se: atividades ilustrativas ou de coordenação e atividades interpretativas.
Atividades Ilustrativas ou Coordenação:
Para levar o educando a perceber as questões ambientais observadas durante as visitas e caminhadas ecológicas, posteriormente, em sala de aula, os mesmos poderão fazer Ilustrações e livretos sobre o lixo.
As atividades ilustrativas e de coordenação levam as crianças a observar as dimensões de pessoas ( do eu, dos pais, etc.) e de coisas existentes na natureza ou no seu meio ( arvores, casas, escola), levando nas a expressar as impressões de forma coerente e pessoal.
Através do desenho, a criança aplica observações vivenciadas, destacando com ênfase os seus conhecimentos do real, aperfeiçoando o desenvolvimento da coordenação motora em sentido progressivo e constante.
Alem das atividades de desenho e coordenação poderão realizar pintura nos muros da escola, com temas voltados a ecologia.
Atividades interpretativas:
Com o desenvolvimento das atividades, despertou ainda, o interesse nos alunos em realizar pecas de teatros de “ Teatro Ecológico”
“o verdadeiro papel do teatro na educação é construir para o desenvolvimento emocional, intelectual e moral da criança, correspondendo fielmente, aos anseios e desejos respeitando-lhe as etapas do pensamento que evolui do concreto ao formal, para dar-lhe uma visão do mundo a partir da marcha gradativa de suas próprias experiências e descoberta” (REVERBEL, Olga. Teatro na sala de aula, 1979. Contra capa).
O teatro, por estrutura diversificável, integra-se facilmente às demais disciplinas do currículo, podendo ser explorado em conjunto, deforma multidisciplinar.
A criatividade das crianças através da arte é de vital importância. Trata-se do primeiro indício, e o mais exato, da psicologia individual, sendo seu passaporte para a liberdade, para a sua felicidade e mudança de atitude.
A produtividade infantil pode ser rica em quantidades e descobertas quando a criança tem inteira liberdade de ação , e isso muitas vezes causa espantos, mas a criança é o vivenciar natural sem estereótipos.
A aquisição de conhecimentos nos vários campos será estimulada na medida em que o aluno for sensibilizado a perceber e pensar, criar e recriar de acordo com sua compreensão à própria critica que será estimulada pelo próprio ambiente.
Integração Social:
O exercício da aplicação da integração social estará presente a todo momento na realização dos trabalhos de Educação Ambiental, pois durante as caminhadas, os alunos irão desenvolver ajuda mútua uns aos outros ao mesmo tempo que estarão obtendo informações sobre legislações para punir os responsáveis por danos ecológicos, informações sobre o papel dos órgãos e entidades ambientalistas, noções de espaço, acidentes geográficos.
Partindo do aproveitamento adquirido durante a caminhada, o aluno terá oportunidade de evidenciar, em:
-Ouvir historias, fatos reais, casos verídicos, para refletir sobre atitudes de honestidade e justiça e dar ênfase a valores morais;
-Valorizar os serviços de utilidade publica;
-Integrar-se ao meio que vive: lar, escola e meio ambiente;
-Despertar o interesse em respeitar a floresta como um patrimônio seu;
-Orientar-se pelo sol, determinando os pontos cardeais;
-Identificar os aspectos físicos e naturais de seu meio, bem como a preservação e conservação ecológica;
-Caracterizar alguns acidentes geográficos relacionados com o Estado e com o Município e sua conservação ecológica;
-Identificar os problemas que causam o desmatamento, as erosões, os assoreamentos, etc;
- Identificar suas responsabilidades diante do grupo e como membros na comunidade.
Em sala de aula, os alunos poderão realizar pesquisas sobre o Código Florestal lei 4771, código de pesca lei 221, Código de caça lei 5197, Decreto 63.234/68 que institui o Dia da Ave. Lei nº 6.225/75 que dispõe sobre o combate à erosão, lei nº 6.607/81 que institui o Dia do Pau-Brasil, Decreto nº 86.028/81 que institui a Semana do Meio Ambiente e outras.
A escola brasileira na sociedade democrática deve instrumentalizar o aluno para uma participação mais ativa no processo político e cultural, Para isto, ela precisa elaborar seu plano curricular de acordo com os avanços científicos e tecnológicos, dando, assim, transmitir o saber sistematizado e favorecer os instrumentos de acesso ao conhecimento historicamente acumulado.
Atividades Físicas:
Durante a realização das caminhadas ecológicas, ao mesmo momento em que os alunos estarão obtendo informações a respeito da ecologia, exercitavam-se entre vegetação, cruzando as grotas e respirando o ar puro, desenvolvendo companheirismo e realizando através de professores de educação Física, exercícios orientados conforme.
O desenvolvimento das diversas praticas a serem realizadas poderão levar o alunoa evidenciar, em:
-Praticar atividades recreativas para formar hábitos de ordem e de disciplina;
-Praticar atividades lúdicas, exercícios diretivos, expressão corporal e exercícios rítmicos para a manutenção da coordenação motora;
-Praticar jogos coletivos que ampliem a percepção e se destinem a tornar precisas as discriminações psicomotoras;
-Despertar a auto- avaliação de desempenho e estimular o espírito de cooperação;
-Intensificar o desenvolvimento do controle pessoal, e senso de responsabilidade.
-Progredir a força de tração enfatizando a importância da colaboração ordenada;
-Participar de atividades com atenção, observação, criatividade e imaginação.

Anexos

Banco de Projetos