PROJETO BUMERANGUE: RODAS DE CONVERSA NA METODOLOGIA DA TERAPIA COMUNITÁRIA SISTÊMICA INTEGRATIVA
Ano / Edição: 2015
Município: Ponta Grossa
Função de Governo: Saúde
Diagnóstico
Implementar ações de vigilância e prevenção das violências, tendo como prioridade a violência doméstica, sexual e outras violências que afetam segmentos mais vulneráveis da população, assim como a promoção à saúde e o estimulo à cultura de paz.
Em Ponta Grossa foram notificados no ano de 2012, 12 casos de violência física, 22 casos de violência sexual, 88 casos de tentativa de suicídio e 01 caso de negligência. Levando-se em consideração esses dados, a realização de grupos de Terapia Comunitária visa prevenir as situações de violência.
Descrição
Os encontros de Terapia Comunitária são realizados da seguinte forma:
- A estrutura dos encontros é dividida em preparo específico do local; convocação da comunidade e/ou dos membros da equipe de saúde local; desenvolvimento da roda de conversa; avaliação final com equipe e/ou membros representativos da comunidade;
- Os encontros de grupo têm duração entre 1h30 e 2h00 com cada grupo, além do tempo da avaliação e discussão com equipe responsável;
- No total o projete prevê 80 (oitenta) encontros, sendo 10 (dez) rodas com cada Unidades de Saúde;
- Dos 10 (dez) encontros com cada Unidade, aproximadamente 03 (três) são realizados somente com a equipe de saúde da Unidade, a fim de proporcionar o conhecimento sobre o processo da Terapia Comunitária para posterior divulgação, bem como constituir-se num espaço para “cuidar de quem cuida”;
- Os encontros com cada Unidade são quinzenais, sendo desenvolvidas em duas Unidades de Saúde simultaneamente, em semanas alternadas. Assim, sucessivamente, serão realizadas as 10 (dez) rodas de Terapia Comunitária nas demais Unidades de Saúde.
Já foram concluídos os encontros nas Unidades Abrahão Federmann - Ana Rita, César Rocha Milléo - Vila Santana, Antero Machado de Mello – Rio Verde / Pitangui e Lubomir Urban – 31 de Março, Madre Josefa Stenmans - Cel Claudio e Nilton Luiz de Castro – Tarobá. Atualmente estão sendo realizados encontros nas unidades Horácio Droppa - Borsato e Cleon de Macedo - jardim Paraíso.
RECURSOS MATERIAIS - São utilizados espaços comunitários ou das próprias Unidade de saúde.
RECURSOS HUMANOS - Diretamente na execução do Projeto estão envolvidos 3 pessoas - Sendo uma Técnica responsável, uma coordenadora e uma no apoio.
Objetivos
Gerais:
- Implementar ações de vigilância e prevenção das violências, tendo como prioridade a violência doméstica, sexual e outras violências que afetam segmentos mais vulneráveis da população, assim como a promoção à saúde e o estimulo à cultura de paz.
Específicos:
- Implantar grupos de Terapia Comunitária em Unidades de Saúde;
- Proporcionar um espaço de fala para as pessoas que vivem em situação de crise e sofrimento psíquico;
- Promover a integração de pessoas, a construção de dignidade e da cidadania, contribuindo para a redução dos vários tipos de exclusão;
- Promover encontros interpessoais e intercomunitários, valorizando a história individual e a identidade cultural, a fim de restaurar a autoestima e a autoconfiança.
Metas a atingir:
Até o momento foram realizadas 60 rodas de Terapia Comunitária em 6 Unidades de Estratégia em Saúde da Família, num total de 13 equipes de Saúde da família num total aproximado de 195 de profissionais. Considerando que cada Equipe atende um universo de 3.500 a 4.000 pessoas (Conforme política do ministério da saúde), indiretamente foram beneficiadas com o projeto em torno de 45.500 pessoas.
Diretamente participaram das rodas 915 pessoas entre profissionais e comunidade.
De acordo com dados da ouvidoria municipal de saúde nas Unidade de saúde atingidas com o projeto, as reclamações da comunidade com relação ao serviço de saúde/atendimento tiveram uma redução em torno de 50%, sendo que, especificamente na região da unidade César Milleo (Vila Santana), sem outra variável a se considerar no período além da terapia Comunitária, houve uma redução das mais significativas, ou seja, apresentava uma incidência de reclamações superior às demais e, atualmente, tem um dos menores índices.
Cronograma
Físico:
De Fevereiro de 2014 a dezembro de 2015 com uma roda por semana. Com intervalo nos meses de julho e janeiro.
Financeiro:
Além de dois funcionários efetivos da Secretaria Municipal de Saúde que atuam no projeto paralelamente às atividades normais, o projeto conta ainda com a participação de uma técnica responsável contratada ao custo de R$ 1.200,00 ao mês de ocorrência do projeto, mediante relatório das Rodas realizadas no período.
Orçamento:
VALOR/HORA MÁXIMO R$ 75,00/hora
CARGA HORÁRIA MENSAL 16 horas mensais
Sendo assim, o custo máximo total da presente contratação é de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).
O pagamento deverá ser efetuado por empenho global, em 15 (quinze) parcelas mensais com valor máximo de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais).
Com a incrementação de 60 originalmente programadas para 80 rodas, o custo foi elevado proporcionalmente.
Beneficiários Diretos:
Até o momento foram realizadas 60 rodas de Terapia Comunitária em 6 Unidades de Estratégia em Saúde da Família, num total de 13 equipes de Saúde da família num total aproximado de 195 de profissionais.
Diretamente participaram das rodas 915 pessoas, entre profissionais da saúde e comunidade.
Beneficiários Indiretos:
Até o momento foram realizadas 60 rodas de Terapia Comunitária em 6 Unidades de Estratégia em Saúde da Família, num total de 13 equipes de Saúde da família num total aproximado de 195 de profissionais. Considerando que cada Equipe atende um universo de 3.500 a 4.000 pessoas (Conforme política do ministério da saúde), indiretamente foram beneficiadas com o projeto em torno de 45.500 pessoas.
Diretamente participaram das rodas 915 pessoas entre profissionais e comunidade.
De acordo com dados da ouvidoria municipal de saúde nas Unidade de saúde atingidas com o projeto, as reclamações da comunidade com relação ao serviço de saúde/atendimento tiveram uma redução em torno de 50%, sendo que, especificamente na região da unidade César Milleo (Vila Santana), sem outra variável a se considerar no período além da terapia Comunitária, houve uma redução das mais significativas, ou seja, apresentava uma incidência de reclamações superior às demais e, atualmente, tem um dos menores índices.
Resultados:
Trata-se de um projeto com resultados medidos através de dados como a redução do número de reclamações, dos usuários em relação aos profissionais, conforme já mencionado, bem como por meio de depoimentos dos participantes diretos, sejam eles profissionais ou usuários. Como exemplo de depoimentos escritos em processo de avaliação, mencionamos os seguintes:
“Significaram muito, significaram uma maneira diferente de ver os problemas e de como resolver, assim como ajudou na união entre meus colegar de trabalho e com os pacientes”;
“A importância de ouvir mais os usuários (pacientes) para conhecer melhor os problemas e, assim, prestar melhor serviço”;
- “A Terapia Comunitária foi um aprendizado constante de poder ouvir mais as pessoas do que falar, porque, enquanto profissional, a gente tem o hábito de mais falar do que ouvir as pessoas”.
“A importância de ouvir, falar e respeitar a individualidade de cada pessoa”;
“Muito válido, pois ficamos conhecendo melhor nossa comunidade, assim podemos dar uma atenção melhor aos pacientes”;
“Uma forma de aprender o quanto é importante “falar”, “ouvir” os problemas das pessoas, quanto isto pode fazer a diferença na vida de uma pessoa”;
“As pessoas chegam com problema e encontram espaço como que uma caixa onde podem falar e sentirem-se respeitadas, levando esperança para a vida”;
“Os participantes são acolhidos e ouvidos na Terapia, seus problemas e angústias”;
“Ficou sendo um espaço de partilhar”;
“É como uma casa, uma família, aconchego”;
“Percebo a mim e ao outro e nisso não me sinto sozinha”;
“É um lugar de paz, amor e companherismo!”
“Essa terapia é maravilhosa! Nossa! Faz bem para a saúde, para a alma e para o corpo!”