SIM-FOZ - Sistema Integrado de Mobilidade de Foz do Iguaçu
Ano / Edição: 2015
Município: Foz do Iguaçu
Função de Governo: Urbanismo
Administração Indireta:
FOZTRANS
Diagnóstico
A cidade de Foz do Iguaçu é conhecida mundialmente pelo seu atrativo turístico, as Cataratas do Iguaçu. Além disso, a pujança do desenvolvimento com a implantação da Usina de Itaipu e com o agronegócio, fez com que a cidade seja um pólo regional. A tríplice fronteira também é outra condição peculiar da cidade, com fluxos de viagens diárias entre Brasil – Paraguai – Argentina de moradores das três cidades vizinhas, sendo que muitos têm atividades nos diferentes países, ou trabalham em um local e habitam em outro. O fluxo maior é entre o Brasil e o Paraguai, onde a Ciudad del’Este se tornou um centro de compras de abrangência nacional, atraindo pessoas a negócios e em turismo de compras.
A evolução da frota de veículos registrados em Foz do Iguaçu, com média de 8% ao ano na última década, gera a preocupação dos gestores públicos com a infraestrutura urbana de trânsito e transportes, que deve ser atualizada para atender essa demanda crescente. A frota nacional que também teve um crescimento alto reflete no fluxo de turistas por meio motorizado na região.
A população de Foz do Iguaçu é de 263.647 habitantes (IBGE/2014) e sua taxa de motorização é de 58,86 veículos / 100 habitantes, ou seja, 1,7 veículos / habitante; indicador que demonstra a forte influência dos veículos na vida da cidade e as questões de mobilidade urbana. (DETRAN-PR/2014).
Com relação ao transporte coletivo de passageiros, Foz do Iguaçu tem 42 linhas de ônibus que transportam aproximadamente 1,6 milhões de passageiros por mês, com um IPK médio 1,5. A frota atual é de 159 ônibus.
INFRAESTRUTURA EXISTENTE PARA CONTROLE E MONITORAMENTO DO TRÁFEGO
a. Controle de Tráfego – o parque de semáforos para realizar o controle de tráfego nos cruzamentos abrange 92 interseções. A área central da cidade tem 42 interseções com controle centralizado via cabeamento Par Metálico, que possibilita o monitoramento da operação dos equipamentos, e configuração de planos por tabela de horários. Esse sistema opera com computador central instalado nas dependências da área técnica de engenharia de tráfego do Foztrans. Não há detectores de tráfego para alimentar o sistema centralizado. As demais interseções com semáforos operam em redes coordenadas, ou em interseções isoladas, com planos de tráfego por tabela de horário.
b. Monitoramento das vias por imagens – a Guarda Municipal possui uma central de monitoramento com cerca de 100 câmeras de CFTV posicionadas para monitorar áreas públicas, edifícios da administração municipal e também cruzamentos viários na cidade, estando previstas mais dez câmeras de monitoramento (PTZ) das vias em locais estratégicos definidos pelo Foztrans. A sala da central de monitoramento está localizada na sede da Guarda Municipal. O sistema de monitoramento existente deverá ser conectado e interoperável com o Sistema Integrado de Mobilidade de Foz do Iguaçu.
INFRAESTRUTURA EXISTENTE PARA CONTROLE E MONITORAMENTO DO TRANSPORTE COLETIVO
a. Monitoramento da Oferta - O monitoramento do transporte coletivo é realizado pela própria empresa concessionária. O sistema tem como funcionalidade operacional o gerenciamentoda oferta do sistema, verificando a situação do serviço de ônibus, porém o acesso às informações operacionais pelo órgão gestor é limitado, somente on-line, e não possibilita estudos estatísticos para planejamento operacional, entre outras facilidades necessárias. O equipamento embarcado nos ônibus não possibilita a exportação de informações para o órgão gestor.
b. Bilhetagem Eletrônica - Com relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica – SBE, ele é gerenciado pela empresa Unicofoz que faz parte do Consórcio Sorriso operador do sistema ônibus municipal. No SBE são disponibilizados cartões com chip sem contato, que permitem adotar a cobrança de valores diferenciados de tarifa, de diversas modalidades: cartões turista,isento, cidadão, vale transporte. O sistema permite a integração temporal, ou seja, o usuário pode utilizar linhas diferentes no período de uma hora sem que seja cobrada uma segunda tarifa, dentre outras facilidades.
O sistema é independente, e não está centralizado no órgão gestor, sendo que as informações e dados de passageiros transportados são informadas após o processamento das viagens realizadas.
As informações aos usuários são passadas por telefone, email, por consulta no site do Foztrans, ou nas tabelas de horários afixadas no Terminal de Transporte Urbano TTU.
c. Pontos de Parada – Foz do Iguaçu possui um padrão de abrigos de pontos de ônibus para as vias que formam o corredor turístico do município e principais eixos estruturais. Atualmente existem 134 abrigos padronizados instalados nos principais corredores de transporte coletivo.
INFRAESTRUTURA EXISTENTE PARA COMUNICAÇÃO
A Secretaria Municipal de Tecnologia da Informação - SMTI - é responsável pelo planejamento e implantação da rede de comunicação entre as bases dos diversos órgãos da Prefeitura, além de definir políticas, diretrizes e alternativas técnicas para padronização e integração de dados, aplicações e processos da PMFI.
Atualmente está em desenvolvimento pela Secretaria a reestruturação e ampliação do anel óptico existente na cidade, onde entre outras funções, está prevista a conexão de todas as câmeras de CFTV existentes para o monitoramento da segurança e do trânsito da cidade, e uma atualização, ampliação da quantidade de câmeras, e modernização do sistema de controle das câmeras.
Este subsistema tem a possibilidade de ser compartilhado com o Projeto SIM, objeto do presente Projeto Básico.
Com relação à conectividade, a SMTI é a provedora da rede de conectividade municipal de Foz do Iguaçu, e disponibilizará a rede existente para conexão de cada equipamento previsto no projeto e o respectivo ponto de conexão no Centro de Controle Operacional (CCO) do Foztrans.
Os custos de expansão dessa rede até os equipamentos correrão por conta da Contratante, podendo ser executada pela Contratada, se necessário, mediante aprovação de orçamento pela Contratante.
A rede de par metálico semafórica existente, de propriedade do Foztrans, poderá ser utilizada, quando viável, de forma a minimizar custos para o Município de Foz do Iguaçu. Com relação ao subsistema CFTV – Circuito Fechado de Televisão, este deverá ser compartilhado entre a Guarda Municipal e o Foztrans e o CCO deverá prever uma infraestrutura para integrar / compartilhar as imagens das câmeras nos consoles de operação do Projeto SIM.
Descrição
1.1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA DAS PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES
As propostas de intervenções voltadas para a melhoria das condições atuais existentes e comentadas nos itens anteriores concentram-se basicamente na área central da cidade, nas suas vias limítrofes e nas vias de acesso, tanto para a área central, quanto para pontos de interesse turístico, tais como: Aeroporto e Ponte da Amizade, entre outros.
As intervenções previstas abrangem as áreas de trânsito e de transportes, conforme:
1.1.1. TRÂNSITO
As ações propostas para o trânsito incluem a melhoria das condições de gestão, comunicação e operação do trânsito de Foz do Iguaçu, e compreendem:
• Centro de Controle Operacional Integrado de Tráfego e Transportes;
• Centralização e atualização do sistema de controle semafórico;
• Sistema de Detecção e Análise de Tráfego;
• Complementação de Grupos Focais Gradativos;
• Sistema de Monitoramento das Vias por Circuito Fechado de Televisão – CFTV;
• Sistema de Prioridade para o Transporte Coletivo.
1.1.1.1. Centro de Controle Operacional Integrado de Tráfego e Transportes
O Centro de Controle Operacional Integrado de Tráfego e Transportes tem por objetivo a integração de todos os sistemas de controle, monitoramento e informação do tráfego e dos transportes num único local.
A ferramenta de gestão centralizada e integrada possibilita ao Foztrans identificar incidentes e propor ações imediatas em tempo real para o atendimento, como também obter informações e formar uma base de dados para as ações de planejamento e projetos voltados para o trânsito e os transportes.
É importante ressaltar que o Centro de Controle Integrado deverá operar de forma integrada às demais áreas da administração pública das diversas instâncias, tais como: Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária, entre outros. Permitirá também a disseminação de informações pertinentes à população.
1.1.1.2. Controle Centralizado de Semáforos
A atualização do Sistema de Controle Semafórico abrange a modernização do controle centralizado, com tecnologia de coordenação adaptativo em tempo real, de forma a manter um sistema integrado de controle para toda a área de abrangência, totalizando 92 (noventa e duas) interseções semaforizadas a serem centralizadas, sendo 50 (cinquenta) com controle adaptativo em tempo real. A seguir é apresentada a listagem dos locais previstos para o controle adaptativo em tempo real.
QUADRO 6.1 – LOCALIZAÇÃO DAS INTERSEÇÕES SEMAFORIZADAS COM CONTROLE CENTRALIZADO EM TEMPO REAL
Interseção Centralizada Interseção Quantidade
4 Av. JK x Av. República Argentina 1
5 Av. JK x Rua Xavier da Silva 1
6 Av. JK x Rua Jorge Sanwais 1
7 Av. JK x Rua Quintino Bocaiúva 1
8 Av. Jorge Schimmelpfeng x Av. Brasil 1
9 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Almirante Barroso 1
10 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Marechal Floriano 1
11 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Marechal Deodoro 1
12 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Santos Dumont 1
13 Av. Jorge Schimmelpfeng x Av. Paraná x Av. das Cataratas 1
14 Av. das Cataratas x Av. General Meira 1
17 Av. Paraná x Rua Edmundo de Barros 1
18 Av. Paraná x Rua Jorge Sanwais 1
19 Av. Paraná x Rua Bartolomeu de Gusmão 1
20 Av. Paraná x Rua Xavier da Silva 1
21 Av. Paraná x Av. República Argentina x Av. Costa e Silva 1
22 Av. Paraná x Av. Rosa Cirilo de Castro x Av. Duque de Caxias 1
23 Av. Paraná x Av. José Maria de Brito 1
25 Av. República Argentina x Rua Tarobá 1
26 Av. República Argentina x Rua Almirante Barroso 1
27 Av. República Argentina x Rua Marechal Floriano 1
28 Av. República Argentina x Rua Marechal Deodoro 1
29 Av. República Argentina x Rua Santos Dumont 1
37 Av. Brasil x Rua Xavier da Silva 1
38 Av. Brasil x Rua Bartolomeu de Gusmão 1
39 Av. Brasil x Rua Jorge Sanwais 1
40 Av. Brasil x Rua Quintino Bocaiúva 1
42 Rua Almirante Barroso x Rua Edmundo de Barros 1
43 Rua Almirante Barroso x Rua Quintino Bocaiúva 1
44 Rua Almirante Barroso x Rua Jorge Sanwais 1
45 Rua Almirante Barroso x Rua Bartolomeu de Gusmão 1
46 Rua Almirante Barroso x Rua Xavier da Silva 1
47 Rua Marechal Floriano x Rua Xavier da Silva 1
48 Rua Marechal Floriano x Rua Bartolomeu de Gusmão 1
49 Rua Marechal Floriano x Rua Jorge Sanwais 1
50 Rua Marechal Floriano x Rua Quintino Bocaiúva 1
51 Rua Marechal Floriano x Rua Edmundo de Barros 1
52 Rua Marechal Deodoro x Rua Bartolomeu de Gusmão 1
53 Rua Marechal Deodoro x Rua Xavier da Silva 1
54 Rua Santos Dumont x Rua Xavier da Silva 1
55 Rua Santos Dumont x Rua Jorge Sanwais 1
56 Av. Costa e Silva x Av. Bogotá 1
57 Av. Costa e Silva x Av. Gustavo Dobrandino da Silva 1
58 Av. Costa e Silva x Av. Princesa Isabel 1
59 Av. Costa e Silva x Rua Mato Grosso 1
60 Av. General Meira x Rua Belarmino de Mendonça 1
80 Rua Bartolomeu de Gusmão x Rua Santos Dumont 1
81 Av. JK – pedestre em frente ao TTU 1
82 Av. Paraná x Rua Rui Barbosa 1
85 Rua Marechal Deodoro x Rua Edmundo de Barros 1
No projeto está previsto a possibilidade de controlar mais de uma interseção com um mesmo controlador de semáforo, com 30 (trinta) controladores de tráfego, sendo 15 (quinze) controladores de 4 fases, 5 (cinco) controladores de 8 fases e 10 (dez) controladores de 16 fases.
1.1.1.3. Sistema de Detecção e Análise de Tráfego
Os detectores de tráfego propostos constituirão uma ferramenta eficaz de coleta de dados para alimentar o sistema de Controle de Tráfego Adaptativo em Tempo Real. Eles irão permitir a adaptação automática em tempo real das temporizações semafóricas nos semáforos do sistema, conforme a demanda real de cada via, com o propósito de diminuir os atrasos e tempos de parada na área controlada. Diminuindo os atrasos, número de paradas e congestionamentos, também haverá redução nos tempos de viagem, consumo de combustível e emissão de poluentes por veículos automotores.
No mínimo, os detectores deverão informar o fluxo veicular e a ocupação do detector.
Os equipamentos deverão estar localizados em cada aproximação semaforizada para o cumprimento dessas funções.
Nas aproximações normais, quer sejam principais ou secundárias, os detectores de tráfego deverão estar localizado à montante das linhas de retenção, próximas ao início das aproximações. Isto permitirá que o sistema receba as informações em tempo hábil para predizer os resultados das alterações semafóricas e decidir que ação tomar, além de poder medir filas, filas remanescentes (saturação maior que 100%) e congestionamentos.
Em movimentos de conversão à esquerda ou em aproximações muito curtas, os detectores de tráfego poderão ser instalados próximos ou após as linhas de retenção.
O sistema deverá também permitir que sejam instalados detectores de tráfego em outros pontos das aproximações ou próximos a elas para corrigir o fluxo veicular com a adição de fluxo veicular que entra nas aproximações sem passar pelos detectores veiculares em seu início (por exemplo, saídas de centros comerciais no meio da quadra), e também com a subtração de fluxo veicular que foi detectado no início das aproximações, mas não passará pela linha de retenção (por exemplo, saídas à direita não semaforizadas). Isso melhorará as predições e consequentemente gerará mais benefícios ao tráfego.
No projeto básico está prevista a instalação de detectores para a operação do sistema adaptativo de tráfego em tempo real em 39 interseções, que deverão atender às necessidades de atuação do sistema adaptativo na área total de controle, conforme quadro 6.3.
QUADRO 6.3 – LOCALIZAÇÃO DAS 39 INTERSEÇÕES COM DETEÇÃO PARA O SISTEMA ADAPTATIVO EM TEMPO REAL
Interseção Descrição
4 Av. JK x Av. República Argentina
5 Av. JK x Rua Xavier da Silva
6 Av. JK x Rua Jorge Sanwais
7 Av. JK x Rua Quintino Bocaiúva
8 Av. Jorge Schimmelpfeng x Av. Brasil
9 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Almirante Barroso
10 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Marechal Floriano
11 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Marechal Deodoro
12 Av. Jorge Schimmelpfeng x Rua Santos Dumont
13 Av. Jorge Schimmelpfeng x Av. Paraná x Av. das Cataratas
14 Av. das Cataratas x Av. General Meira
17 Av. Paraná x Rua Edmundo de Barros
18 Av. Paraná x Rua Jorge Sanwais
19 Av. Paraná x Rua Bartolomeu de Gusmão
20 Av. Paraná x Rua Xavier da Silva
21 Av. Paraná x Av. República Argentina x Av. Costa e Silva
22 Av. Paraná x Av. Rosa Cirilo de Castro x Av. Duque de Caxias
23 Av. Paraná x Av. José Maria de Brito
25 Av. República Argentina x Rua Tarobá
26 Av. República Argentina x Rua Almirante Barroso
27 Av. República Argentina x Rua Marechal Floriano
28 Av. República Argentina x Rua Marechal Deodoro
29 Av. República Argentina x Rua Santos Dumont
37 Av. Brasil x Rua Xavier da Silva
38 Av. Brasil x Rua Bartolomeu de Gusmão
39 Av. Brasil x Rua Jorge Sanwais
40 Av. Brasil x Rua Quintino Bocaiúva
42 Rua Almirante Barroso x Rua Edmundo de Barros
43 Rua Almirante Barroso x Rua Quintino Bocaiúva
44 Rua Almirante Barroso x Rua Jorge Sanwais
45 Rua Almirante Barroso x Rua Bartolomeu de Gusmão
46 Rua Almirante Barroso x Rua Xavier da Silva
56 Av. Costa e Silva x Av. Bogotá
57 Av. Costa e Silva x Av. Gustavo Dobrandino da Silva
58 Av. Costa e Silva x Av. Princesa Isabel
59 Av. Costa e Silva x Rua Mato Grosso
60 Av. General Meira x Rua Belarmino de Mendonça
81 Av. JK – pedestre em frente ao TTU
82 Av. Paraná x Rua Rui Barbosa
As câmeras de videodetecção serão instaladas em colunas com braços projetados de forma a ficar aproximadamente sobre o centro transversal das faixas de rolamento em que serão medidos o fluxo veicular e a ocupação dos laços virtuais.
A câmera normalmente deverá estar instalada no início da aproximação, próxima da interseção anterior, para que possa modelar corretamente a fila, medir congestionamento e se a saída da interseção anterior está bloqueada. Deverá ser configurado um laço virtual por faixa de rolamento.
1.1.1.4. Complementação de Grupos Focais Gradativos
Faz parte do escopo de fornecimento a substituição de grupos focais veiculares convencionais por grupos focais gradativos de treze lâmpadas em 20 interseções.
1.1.1.5. Sistema de Monitoramento das Vias por Circuito Fechado de Televisão – CFTV
Com relação ao subsistema CFTV – Circuito Fechado de Televisão, este deverá ser compartilhado entre a Guarda Municipal e o Foztrans, e portanto, o CCO deverá prever uma infraestrutura para integrar / compartilhar as imagens das câmeras nos consoles de operação do Projeto SIM.
Além dessas câmeras, as imagens geradas pelo sistema de CFTV existente em Foz do Iguaçu serão disponibilizadas no Centro de Controle Operacional Integrado, de modo a complementar as necessidades de informação para o gestor de trânsito e transportes.
1.1.1.6. Sistema de Prioridade para o Transporte Coletivo
O Sistema de Prioridade para o Transporte Coletivo proposto se baseia na atuação do semáforo a partir de um sistema de detecção e reconhecimento dos ônibus que chegam ao cruzamento. Os ônibus deverão ser equipados com um TAG emissor que o identifica. Esse emissor deverá enviar a informação de presença de um ônibus individualmente.
O detector a ser implantado no controlador de tráfego deverá ser um receptor que utilize um laço comum como antena.
1.1.2. TRANSPORTES
As proposições referentes aos transportes em Foz do Iguaçu objetivam basicamente melhorar a qualidade da informação, tanto para o gestor, quanto para o usuário do sistema. Para tanto, será implantada tecnologia embarcada na frota de ônibus e seus complementos, para a coleta de dados e monitoramento da oferta, do real cumprimento dos horários das viagens, bem como a tecnologia voltada diretamente para a disponibilização da informação. As ações devem abranger a frota de 159 ônibus.
Serão instalados painéis informativos – PMV’s – com a previsão do tempo de chegadas nas 16 plataformas de embarque localizadas no Terminal de Transporte Urbano - TTU. As informações serão disponibilizadas também através de sistemas de telefonia móvel, através de informativos via SMS, e internet, para os passageiros que se encontrarem em locais sem os PMV’s.
Objetivos
Gerais:
As proposições deste projeto consistem em ações referentes à mobilidade urbana e ao trânsito de forma criativa, como componente do conceito Cidade Inteligente. O sistema de gestão da mobilidade definido para Foz do Iguaçu foi elaborado com o objetivo de estar compatível e integrável num conceito mais geral de cidade digital.
O Projeto SIM-FOZ, mesmo internamente também integra na sua escala esse conceito, conforme abordado a seguir. Os pontos chave de essa integração estão focados nos seguintes aspetos:
a) Especialização nos diferentes elementos do sistema - não existe um sistema único para gerir toda uma cidade, mas existem sistemas altamente especializados pensados para cada serviço a oferecer, que atendem os requerimentos funcionais dessa área. Por exemplo, no caso da mobilidade, temos software especializado em gestão dos sistemas viários (trânsito) e outros especializados em gestão de transporte coletivo totalmente adaptados às necessidades e situação da Prefeitura e demais órgãos e empresas de gestão, supervisão e operação dos serviços.
b) Sinergias entre os diferentes sistemas - o que se consegue compartilhando informação em tempo real e trocando serviços entre esses sistemas especializados. Por exemplo, no campo da mobilidade, o sistema de gestão viária troca informação com o sistema de ônibus, que pode usar esses dados para melhorar a previsão do tempo de chegada às paradas e oferecer um produto mais dinâmico e uma informação de maior qualidade aos usuários. Assim acontece também com outras frotas como os sistemas emergenciais de bombeiros ou da saúde. Rotas com menor congestionamento, previsão de tempos de viagem e prioridade semafórica podem ser geridas se os sistemas estão interconectados.
c) Conectividade e protocolos abertos com Redes IP para atender esses serviços - A conectividade garante a possibilidade de integração da gestão desde o nível mais simples de ligar todos os equipamentos de campo com um CCO (por exemplo, no caso de mobilidade, câmeras, detectores, controladores semafóricos, PMV’s, etc.) e também os diferentes centros de gestão de cada serviço para assegurar que as sinergias mencionadas acima possam se realizar. Isso permite centralizar operações em caso necessário sem depender da integração física, garantindo uma operação mais flexível. As redes devem preferencialmente ser dedicadas, e utilizando como meio a rede de par metálico existente na área central, quando viável, fibra ótica (existente e a implantar) e a comunicação sem fio por rádio-frequência, através da utilização dos módulos de comunicação a serem fornecidos.
d) Expansão - Os sistemas a instalar devem garantir não só os serviços atualmente disponíveis, mas também as possibilidades de ampliação ao futuro de novos serviços e a devida atualização tecnológica, se necessário. Os serviços não podem ficar presos a uma tecnologia limitada ou que não atinja as especificações mínimas definidas no ponto anterior: Protocolos abertos, aproveitamento de redes de comunicação e equipamentos existentes; funcionalidades com o potencial necessário em cada âmbito, pensando sempre na integração de cada serviço nessa cidade digital e interoperabilidade, são esses requerimentos. Essa concepção obriga a ter um planejamento para conferir cada novo serviço e garantir sua contribuição ao conceito de Cidade Inteligente. No caso da mobilidade todas as condições são cumpridas pela especificação técnica e funcional dos sistemas descritos. Por exemplo, embora hoje não haja um sistema de acessibilidade para cegos nos ônibus, o sistema a instalar tem que poder integrar esse serviço sem mudar de equipamento. O sistema de gestão de trânsito tem que poder atuar com outro tipo de detecção se num futuro a cidade caminha por essa opção.
O CCO de transporte público tem a responsabilidade de gerir a frota em tempo real e informar aos usuários da rede. Tem alguns requisitos claramente diferenciados com relação ao tráfego e um software altamente especializado (SAE) que integra a gestão do sistema de frota completo para o operador. Além disso, para o FOZTRANS o sistema disponibiliza todas essas informações para a fiscalização. Esse sistema vai ligar todos os ônibus com o seu CCO para essa comunicação bidirecional que tem como objetivo aprimorar o serviço. Internamente, esse sistema vai estar ligado a outro, que é o SBE (Sistema de Bilhetagem Eletrônica). Essa sinergia é importante, pois vai fornecer informações complementares para o SAE, como o número de passageiros embarcados.
Tráfego e transporte coletivo são dois elementos que compartilham muitas coisas, além do sistema viário. Os dois formam parte da mobilidade e tem usuários comuns, um mercado que tem que ser enxergado com uma visão única para que as políticas da mobilidade sejam efetivas. Para isso é necessário ligar os dois CCO’s para intercâmbio das informações. Essa troca de dados tem efeitos a curto e longo prazo. Em curto prazo, o CCO de mobilidade com as informações de posição dos ônibus pode, por exemplo, prever os tempos de percurso dos ônibus em função do tráfego. Essa informação é repassada para os usuários nas paradas (tempos de espera) e pela internet. Em função do sistema de prioridade aos ônibus, o CCO de tráfego pode regular essa prioridade para evitar em momentos com problemas de congestionamento ou incidentes na malha viária, maiores travamentos na rede. Em longo prazo, por estar fornecendo informação valiosa para o planejamento da mobilidade.
A rede de conectividade faz que alguns equipamentos como as câmeras possam ser compartilhados entre a Guarda Municipal e o CCO de tráfego com uns protocolos de prioridade de uso, etc. Assim as imagens chegam aos dois CCO e podem entre eles trocar serviços segundo necessidades. Isso reduz redundâncias necessárias e custos, favorecendo o conceito de rede de serviços digitais.
As informações do CCO de tráfego em tempo real podem ajudar a escolher a rota ótima para serviços de emergência (bombeiros, policia, ambulâncias, etc.), se os dois CCO’s estão ligados. Também é possível implantar um conceito de tráfego cooperativo com frotas privadas e/ou públicas. Os sistemas GPS dessas frotas podem passar informação da localização e rotas desses veículos, obtendo o CCO de tráfego informações relevantes de tempos de percurso que permitem aprimorar a qualidade de sua informação de detecção sem um custo extra em investimento e manutenção de nova infraestrutura. O CCO pode compartilhar mapas de rotas ótimas baseados em informações em tempo real do FOZTRANS. Outra aplicação e interface é com a área de Meteorologia/Meio Ambiente, para ter dados meteorológicos e poder informar essas previsões e seu possível impacto no tráfego.
O gráfico anterior permite também ver como esses serviços produzem informações com valor agregado, que são utilizadas para melhorar a gestão de todos os agentes do sistema de transporte e usuários das vias, mas também são disponibilizadas em diferentes formatos para o púbico em geral, que pode consultar no site da cidade todas essas informações, além de outros serviços via SMS, PMV’s e outras mídias de disseminação da informação. A maioria dessas informações são em tempo real e tem um grande valor para os cidadãos que podem consultar e tomar suas decisões com mais informação o que contribui decididamente a uma mobilidade mais racional e por extensão a outros serviços a um cidadão melhor informado e com mais recursos a sua disposição para melhorar sua qualidade de vida.
Específicos:
São objetivos específicos:
- Sincronização geral dos semáforos da área central e vias estruturais;
- Priorização de veículos do Transporte Coletivo em determinadas vias e cruzamentos;
- Diminuição do tempo de viagem de determinadas linhas do transporte coletivo;
- Redução de lentidões em horários de pico;
- Redução da velocidade média dos veículos em circulação;
- Gestão do trânsito em tempo real;
- Gestão da frota do Transporte Coletivo.
Metas a atingir:
- Implantação da rede de comunicação;
- Implantação do CCO (Centro de Controle Operacional);
- Implantação dos novos controladores;
- Implantação das câmeras de vídeo detecção;
- Implantação das câmeras PTZ;
- Troca dos porta-focos convencionais tipo T por Sequenciais;
- Troca dos porta-focos sequencias com lâmpadas incandescentes por LEDs;
- Implantação dos equipamentos embarcados nos ônibus;
- Implantação dos demais equipamentos para funcionalidade total do sistema;
- Calibração e operação total do sistema.
Cronograma
Físico:
Anexado arquivo: Cronograma Fisico SIM-FOZ. pdf
Financeiro:
Anexado arquivo: Cronograma Fisico Financ NovaKoasin. pdf
Orçamento:
Valor Total = R$ 16.951.481,75
Valores detalhados no arquivo: Proposta Preços SIM-FOZ.pdf
Beneficiários Diretos:
Os beneficiários são toda a população residente em Foz do Iguaçu e municípios vizinhos, inclusive do Paraguai e Argentina.
Beneficiários Indiretos:
Turistas.
Resultados:
Ainda não é possível considerar resultados.