Os índices de mortalidade infantil no Brasil tem mostrado decréscimo quando observamos a região Sul nos dados de 2000 a 2011, porém, em 2008 o Paraná ainda apresentou uma taxa significativa de 11,8 óbitos a cada 1000 nascidos vivos (DATASUS).
O município de Telêmaco Borba vem enfrentando oscilação nas suas taxas, sendo que no ano de 2013, houve 28 óbitos infantis.
Na perspectiva de enfrentamento aos diversos fatores que contribuem para o crescimento do índice de mortalidade infantil, é proposto pela gestão municipal, através de sua equipe técnica ligada a esta temática a necessidade de criação de ações efetivas que atuem a longo prazo na problemática.

O projeto visa articular os serviços de atenção básica existentes dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS): médico, enfermeiro, agente comunitário de saúde (ACS), técnico em enfermagem e dentista, de modo a monitorar as gestantes em final de gravidez, bem como acompanhar as crianças recém-natas e as de até um ano de vida. A busca ativa destas gestantes deve ser uma constante no dia-a-dia da UBS, sendo que o ACS deve conhecer suas gestantes e monitorá-las, principalmente as que estão em final de gravidez.
Será ofertado serviço de contra referência seguro às puérperas e crianças de nosso município nascidas aqui e em outros municípios, sendo que o objetivo é possibilitar que as informações da unidade hospitalar que recebe as gestantes para parto, possam ter contato direto com o nosso serviço, fornecendo no momento da alta hospitalar informação suficiente para que a criança possa ser triada e atendida de maneira ágil e eficaz, evitando assim que se desenvolva algum problema de saúde e possibilitando o monitoramento do recém-nascido. Houve a instituição, pela Secretaria Municipal de Saúde, do Protocolo de Pré-natal, o qual contempla os cuidados com a gestante até o nascimento do bebê. Com isso e após o amadurecimento dos processos, há instituído hoje em Telêmaco Borba a FICHA DE EXTRATIFICAÇÃO DE RISCO, a qual é preenchida na maternidade e encaminhada ao setor de vigilância epidemiológica e á pediatria, sendo que possibilita os contatos por meio de correio eletrônico de maneira ágil.
A visita domiciliar do ACS deve ser realizada em até 05 dias para crianças de risco habitual e 03 dias para crianças de risco intermediário e alto risco. Para a consulta médica destas crianças, o agendamento na Unidade Básica de Saúde deve ser feito pela equipe da UBS assim que tenha conhecimento do nascimento. Já as crianças em risco intermediário à alto, a consulta médica é agendada pelo serviço especializado de pediatria, que encaminha o agendamento via correio eletrônico à UBS, e cabe à equipe da UBS comunicar esta puérpera da consulta da criança, cabe ainda ao setor de pediatria, quando destas consultas, fornecer relatório de contra-referência, que vai possibilitar a não perda de vínculo da criança com a UBS, o que é primordial para fortalecer a Estratégia Saúde da Família.
Contemplando a necessidade de atendimento integral, o serviço de odontologia é colocado à disposição do projeto, sendo que às crianças devem ser acompanhadas exclusivamente na UBS. Para as crianças acompanhadas pelo serviço especializado, será disponibilizado consulta de odontologia, também com o trabalho de contra-referência.
As mães que faltam ou recusam-se a cumprir com suas obrigações legais de monitoramento da saúde da criança são levadas à conhecimento do Serviço Social do Núcleo de Apoio a Saúde da Família – NASF, o qual monitora e denuncia os casos, quando pertinente, dentro dos serviços da rede de atendimento municipal.

Gerais:

Promover a redução nos índices de mortalidade infantil no município.

Específicos:

Fortalecer o atendimento da rede básica municipal;
Articular o atendimento básico ao atendimento especializado;
Fortalecer a contra-referência no atendimento às gestantes e crianças, possibilitando o diálogo entre os serviços de atendimento;
Monitorar as crianças de risco/vulnerabilidade, evitando o agravamento do quadro.

Metas a atingir:

Redução nos índices de mortalidade infantil no município;
Redução no tempo de captação das crianças nascidas no município, nos serviços de saúde.

Físico:

O projeto se desenvolve em diversos centros de saúde do município, pois se trata de um serviço intersetorial.

Financeiro:

60.000,00 (sessenta mil reais) o que gera uma despesa mensal de 5.000,00 (cinco mil reais).

Orçamento:

O Projeto Recém Nascido Assistido tem uma previsão de despesas anual com pessoal, material de consumo de 60.000,00 (sessenta mil reais) o que gera uma despesa mensal de 5.000,00 (cinco mil reais) . Todas as despesas geradas com a execução deste projeto são suportadas e estão vinculadas ao Fundo Municipal de Saúde de Telêmaco Borba, para atender o município através de recursos próprios e contrapartida da União. Dotação Orçamentária: 12.001.10.301.1001.2103 (Manutenção Atividades de Atenção Básica).

Beneficiários Diretos:

Recém-Nascidos do Município;
Puérperas do Município.

Beneficiários Indiretos:

População do Município;
Profissionais da SMS.

Resultados:

Após a implantação do Projeto Recém-Nascido Assistido e o trabalho da Comissão de Implantação de Protocolos em relação ao Protocolo de Pré-Natal, pudemos constatar sensível redução nos óbitos infantis no município (óbitos até 01 ano de idade), se compararmos os dados do ano de 2013 com o ano de 2014.
Vale ainda ressaltar que hoje todas as crianças nascidas em nosso município recebem a visita da equipe técnica da Estratégia Saúde da Família para avaliação e atendimento e todas estas crianças recebem atendimento de médico pediatra e equipe multiprofissional.
As crianças com risco habitual chegam até o setor de pediatria para avaliação da enfermeira especializada em até 15 dias de vida, e passam pela consulta com a médica pediatra com até 30 dias de vida. Já as crianças com risco intermediário a alto chegam à consulta com a pediatra com até 07 dias de vida.
Como retaguarda ao projeto está a Estratégia Saúde da Família, onde é realizado os acompanhamentos.

Documentos Anexados: