A situação-problema que fez a Equipe de Saúde Bucal criar o projeto foi que não havia um levantamento epidemiológico em saúde bucal, portanto, os professores enviavam os alunos que solicitavam dentista, sem nenhum critério, ao mesmo tempo em que os profissionais desconheciam a situação do “público-alvo” (alunos de 0 a 18 anos) com que trabalhavam. Havia alunos que já tinham terminado o tratamento odontológico e que continuavam pedindo para ir ao dentista com o intuito de faltar alguma aula e havia os alunos que realmente precisavam de dentista, mas que por vários motivos não eram atendidos. O Projeto abrange todos as seis escolas do município, proporcionando atendimento odontológico a mais de 700 alunos, inclusive as crianças de 0 a 5 anos da creche municipal.

Em primeiro lugar realizamos uma avaliação da saúde bucal de todos os alunos do município. As escolas são: Colégio Estadual Casimiro de Abreu; Escola Municipal Reynaldo Frederico Gaebler; Escola Municipal Professor Hugo Guilherme Jaeger; Escola Municipal Rural Professor José Alvir Ilkiu; Escola Municipal Rural Santa Maria e Centro Municipal Infantil Aconchego dos Pequeninos. Assim, os profissionais ficaram cientes da situação bucal de todos os alunos. Não mais os professores, e sim a Equipe passou a chamar os alunos para o atendimento. Em cada escola passou a ter uma pessoa responsável por avisar os alunos que deveriam comparecer aos atendimentos odontológicos. Esse detalhe já fez uma grande diferença. Os profissionais passaram a ter contato com alunos que precisavam urgentemente de tratamento odontológico. Portanto, em 2013 trabalhou-se assiduamente com quem apresentava alto risco de cárie. Já, em 2014, esta se conseguindo dar oportunidade para que todas as crianças e adolescentes das escolas municipais e do Colégio Estadual recebam tratamento e acompanhamento odontológico. Outro detalhe importante é que o aluno e os pais devem também se comprometer com o tratamento. No primeiro dia do atendimento os pais são comunicados que o aluno será chamado ao dentista uma vez por semana, até terminar o tratamento. Caso falte em uma das consultas, sem justificativa, será colocado no final da lista e terá que aguardar até que chegue sua vez novamente. Em caso de dor, sempre é realizado o atendimento, mesmo que não seja o dia específico da escola e mesmo que não esteja na vez do aluno, pelo menos para resolver a causa da dor daquele dente. Se o aluno tiver mais dentes para tratar, e não estiver mais com dor, aguardará ser chamado. Tem-se controle dos alunos que foram chamados para o tratamento, dos que faltaram e dos que já estão com o tratamento concluído. Outra ação que faz parte do Projeto é que no Colégio Estadual Casimiro de Abreu prioriza-se o atendimento dos alunos do Ensino Médio (terceiro, segundo e primeiro ano, nessa ordem). A justificativa para isso é que segundo os dados do SB Brasil 2010 (levantamento epidemiológico nacional), até os 12 anos, está se conseguindo manter a saúde bucal dentro das metas, mas após o aluno deixar a escola, com um acesso não tão facilitado ao dentista, acaba-se tendo um aumento das doenças bucais (cárie, gengivite, periodontite).

Gerais:

O Objetivo geral do Projeto #aquitemsaúdebucal é organizar o atendimento odontológico e a promoção de saúde bucal de todos os escolares do município e ter conhecimento da situação bucal de cada aluno.

Específicos:

objetivos específicos: proporcionar atendimento odontológico a todos os escolares do município;
fazer com que o tema saúde bucal esteja inserido na rotina escolar dos alunos;
fazer com que os alunos e professores saibam da importância de se realizar o bochecho com flúor nas escolas;
promover saúde bucal na creche e conscientizar os pais que o bebê já pode e deve ir ao dentista;
realizar evidenciações de placa, escovações supervisionadas e aplicações tópicas de flúor em ambiente escolar;
realizar palestras educativas sobre saúde bucal.

Metas a atingir:

Através do Projeto “#aquitemsaúdebucal”, em 2013, foram realizadas: 1.498 escovações supervisionadas; 938 evidenciações de placa bacteriana e 623 aplicações tópicas de flúor, 14.749 bochechos com flúor em 611 escolares, além das orientações de higiene e palestras.
metas para 2014: aperfeiçoar cada vez mais os atendimentos e as atividades coletivas e, principalmente, fazer uma busca ativa dos alunos que mais precisam de atendimento odontológico.

Físico:

O projeto iniciou em 2013 e a curto a prazo já obtivemos bons resultados e isso foi um estímulo para darmos continuidade. Mensalmente, após a implantação do projeto, surgiam resultados positivos. O projeto não tem data para término. Abaixo foi colocado término para 2016 somente para avaliação dos resultados.

Financeiro:

O principal gasto na execução do projeto é referente aos materiais utilizados no consultório odontológico, por ter aumentado a nossa demanda.

Orçamento:

Recursos Utilizados: escovas de dente, pastilhas evidenciadoras de placa bacteriana, flúor gel neutro, pasta de dentes, espátulas de madeira, datashow, panfletos educativos, saches de flúor, copinhos de plástico, EVA, macro modelo, luva, máscara, caneta, papel, materiais odontológicos permanentes e de consumo.

Beneficiários Diretos:

aproximadamente 700 escolares.
professores capacitados para realização dos bochechos com flúor.

Beneficiários Indiretos:

familiares e colegas que obtem conhecimentos de saúde bucal através das crianças e adolescentes participantes do Projeto. Essa transmissão de conhecimento leva ao auto-cuidado.

Resultados:

Através do Projeto “#aquitemsaúdebucal”, em 2013, foram realizadas: 1.498 escovações supervisionadas; 938 evidenciações de placa bacteriana, 623 aplicações tópicas de flúor, 14.749 bochechos com flúor em 611 escolares, além das orientações de higiene e palestras educativas.

Documentos Anexados: