Conviver Com Arte
Ano / Edição: 2025
Município: Ubiratã
Função de Governo: Assistência Social
Diagnóstico
O Programa Conviver com Arte surgiu no ano de 2008, a partir do olhar refinado da primeira dama Luciane D’Alécio e o então Prefeito Fábio de Oliveira D’Alécio, onde detectou-se a necessidade de criar um Programa permanente voltado para economia solidária e protagonismo feminino.
A motivação para sua criação partiu acompanhada da realidade conhecida no país, onde os indicativos apontavam um elevado número de mulheres chefes de família em situação de vulnerabilidade, incluídas em programas de transferência de renda, do qual eram e são até hoje totalmente dependentes financeiramente. No município de Ubiratã, grande parte dessas mulheres eram vítimas de violência doméstica e não estavam inseridas no mercado de trabalho por falta de qualificação profissional. Essa falta de qualificação reduzia significativamente as possibilidades de autonomia financeira, do exercício da cidadania e de rompimento com o ciclo de violência aos quais eram submetidas. E diante disso nasceu o Conviver com Arte, um programa para apoio financeiro, psicológico e emocional para mulheres em situação de vulnerabilidade social com vistas à inclusão socioprodutiva, o resgate da autoestima e o combate à violência contra a mulher.
Na época o projeto teve apoio do Provopar Ubiratanense e da Escola Municipal Profissionalizante (esta última criada pelo próprio prefeito). A Escola Profissionalizante oferecia cursos de costura industrial, informática, manicure, pedicure e cabeleireiro. Enquanto a Escola profissionalizante oferecia a capacitação o Conviver com Arte intensificava suas ações incentivando essas mulheres a participarem de um curso de formação com vistas a ampliar suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho.
Consolidado no CRAS, eram realizados encontros diários onde elas começaram a produção de artesanatos de forma continua. Porem essa parceria com o CRAS ia além da formação profissional, o CRAS buscava também uma formação em cidadania, o resgate à autoestima, a inclusão social, digital e cultural, além de propiciar o combate à violência contra a mulher em todas as esferas. Assim foi o início do Conviver com Arte que seguiu de 2008 até o ano de 2012, essa experiência resultou na qualificação de 1.722 pessoas, desses públicos 70% foram mulheres.
Em 2021 o Prefeito Fabio D’Alécio retorna à prefeitura e juntamente com sua equipe retoma a execução do Projeto e intensifica suas ações em parceria com o CRAS, CREAS, Cooperativa Agroindustrial Consolata, Agencia do trabalhador em parceria com a ACEU, Divisão de Políticas Públicas da Mulher, e Procuradoria Geral da Mulher de Ubiratã. De 2021 até 2024 foram qualificadas e preparadas para o mercado de trabalho 200 mulheres, e segundo dados do SEBRAE Ubiratã possui 614 MEIs femininas ativas e 763 ME micro empresas gerenciadas por mulheres. Hoje o Conviver com Arte conta com uma equipe de 65 mulheres trabalhando na economia solidaria produzindo artesanato e a meta é qualificar e propiciar inclusão de 400 mulheres em grupos de economia solidaria até 2028.
Diante dos dados do Cadastro único do Município de Ubiratã, existem 1.800 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, sendo que dessas 1.300 são mulheres chefes de famílias que dependem desse recurso, o Projeto entra numa nova fase com novas estruturas.
Nessa nova fase do Projeto Conviver com Arte, as mulheres além de produzirem os artesanatos no CRAS e receberem todo apoio necessários, elas ainda têm prioridade nos encaminhamentos para o mercado de trabalho através das novas parcerias agrupadas. A Agencia do Trabalhador procura primeiramente a Divisão da Politica Publica da mulher para priorizar as mulheres do Conviver com Arte para preenchimentos das ofertas de trabalho.
Diante dessas ofertas verificou-se que muitas mulheres que eram encaminhadas tinham falta de comprometimento, assiduidade (excesso de faltas), algumas limitações (falta de compreensão), falta logística, falta de planejamento familiar e dificuldade no cumprimento de normas e regras gerais da Empresa; essa marginalização das mulheres no que tange o mundo do trabalho, somada à violência que as assolam de maneira cotidiana, criam um cenário de grande vulnerabilidade social. Nesse contexto a Secretaria de Assistência Social fez um mapeamento e identificou a necessidade dos profissionais realizarem a busca ativa para saber qual era a real necessidade dessa parcela da população; Após busca ativa identificamos a necessidade de propor um projeto mais efetivo que propiciasse caminhos para a solução dos problemas apresentados. Após levantamentos dos problemas e com base nas indicações n.081/2021 e n.262/2021, da Vereadora Luciane Munhoz D’Alécio, foi necessário intensificar o Projeto implantando novas ações e incrementando algumas que já estavam sendo desenvolvidas. Foi dado ênfase a 36% das famílias em situação de extrema pobreza.
Mulheres atendidas pelo PAIF e pelo acompanhamento familiar do Programa Família Paranaense;
Mulheres inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, em situação comprovada de vulnerabilidade social;
Mulheres que chefiam suas famílias;
Mulheres em situação de violência doméstica;
Que tenham como membro na composição da família pessoas idosas ou com deficiência;
Que estejam em situação habitacional de risco (despejo, situação de rua, condições habitacionais precárias).
Considerando as dificuldades das mulheres Ubiratanenses e as diversas dificuldades que elas enfrentam no acesso ao mercado de trabalho, o papel do Conviver com Arte é promover a inclusão social dessas mulheres e propiciar a superação da realidade, diminuir os índices de violência doméstica e intrafamiliar através do trabalho de empoderamento e da criação de oportunidades de geração de renda. Até 2028 a expectativa é capacitar 400 mulheres em cursos de qualificação profissional com vistas à inclusão socioprodutiva, o resgate da autoestima e o combate à violência contra a mulher. E ainda formalizar esse Projeto como um Programa permanente de protagonismo feminino através de criação de Lei Municipal ainda em 2025.
Para a execução deste projeto, proposto junto à Secretaria da Assistência Social foi formada uma equipe técnica composta por profissionais concursados, sendo uma assessores, uma técnicos-administrativos, uma artesã e uma costureira com formação e experiência em qualificação profissional de mulheres, além de artesãs voluntarias e da Vereadora Luciane Munhoz D’Alécio.
Em 2021 o Município de Ubiratã recebeu Ofício de Reconhecimento do SENAC no que diz respeito ao apoio, divulgação e mobilização em cursos de gestão para pequenos negócios e no segmento de e-commerce.
Justificativa
O presente Projeto desenvolveu-se a partir de dados nacionais e municipais sobre o mundo do trabalho que evidenciam uma pujante desigualdade entre homens e mulheres. De acordo com os últimos dados do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), em nível nacional, o desemprego de longo prazo atinge mais fortemente as mulheres, e segundo dados do Cadastro Único do Município, 80% das mulheres são chefes de famílias totalmente dependentes financeiramente desse e de outros programas do governo. De 1.800 famílias que recebem o Bolsa Família em Ubiratã, 1.300 são chefiadas por mulheres. Dados do IBGE (2022) apontam que a proporção de mulheres economicamente ativas no Brasil é menor quando comparada aos homens. Além disso, as mulheres que chefiam suas famílias, sendo as únicas responsáveis pelo seu sustento, representam mais de 85% nas famílias em maior situação de vulnerabilidade social.
Atrelado aos dados de desigualdades no mundo do trabalho, temos também os alarmantes dados de violência contra a mulher. Segundo o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEM, 2025), 40,2 milhões de domicílios tem uma mulher como responsável, superando o número de lares liderados por homens, que é de que é de 37,5 milhões. No entanto, essa liderança feminina não significa maior segurança financeira: 59,4% dos lares sob comando feminino vivem em situação de insegurança alimentar. Entre 2015 e 2024, mais de 590 mil estupros de mulheres foram registrados no Brasil, o que equivale a uma média de 196 casos por dia. Além disso, 76,6% dos agressores são homens, e 71,6% das agressões ocorrem dentro de casa, evidenciando que o ambiente doméstico continua sendo um espaço de vulnerabilidade para as mulheres.
Por outro lado, um dado positivo: o número de feminicídios caiu 5,07% em 2024, um indicativo de que as políticas públicas para as mulheres estão a surtir efeito. O RASEAM 2025 aponta um crescimento na presença feminina no Executivo. Nas eleições de 2024, 30,6% das candidatas a prefeita foram eleitas, um aumento em relação aos pleitos anteriores. No entanto, a participação feminina na política ainda está longe do ideal: as mulheres representaram 35,4% das candidaturas a vereadora, mas apenas 18,2% foram eleitas. O RASEAM 2025 deixa claro que o Brasil tem avançado em diversas frentes, como redução de mortalidades, aumento da presença feminina na política e fortalecimento do gênero. No entanto, a desigualdade salarial, a violência e as dificuldades no acesso à educação e ao mercado de trabalho ainda representam desafios significativos para as mulheres no país. O relatório reforça a necessidade de políticas públicas estruturais que promovam não apenas igualdade formal, mas mudanças reais e concretas na vida das mulheres brasileiras.
Essa marginalização das mulheres no que tange o mundo do trabalho, somada à violência que as assolam de maneira cotidiana, criam um cenário de grande vulnerabilidade social. Nesse contexto, a implementação de políticas públicas que visem a mudança dessa situação é urgente.
Sobre outro prisma a nível municipal detectou-se que muitas dessas mulheres que procuravam essas vagas de emprego, não tinham consciência acerca da importância da valorização do trabalho, haja visto, que muitos eram vítimas de inúmeras vulnerabilidades, uma vez que, a pobreza e falta de perspectivas eram e são alguns dos desafios enfrentados no cotidiano. Diante disso, sobreveio a necessidade de implementar o Projeto Conviver com Arte oferecendo ações para que essas mulheres superarem essas dificuldades e melhorassem suas condições de vida. Simultaneamente as necessidades apresentadas a partir de 2021, houve as indicações da Vereadora Luciane Munhoz D´Alécio sob n.081/2021 e n.262/2021, (em anexo). Alinhados aos O.D.S. e considerando a problemática apresentada e as indicações supra descritas, foram reestruturadas e criadas novas ações no Projeto para trazer benefícios, autoconhecimento, desenvolvimento de novas habilidades, interação social, promoção pessoal e empoderamento das mulheres. O Projeto Conviver com Arte é de abrangência Municipal e os beneficiários são mulheres acima de 18 anos que querem melhorar ou aprender novas aptidões.
O município de Ubiratã localiza-se na região Centro Oeste do Estado do Paraná, com tendência de crescimento graças ao processo de industrialização na cidade. Apresenta-se como o 2º melhor IDH-m regional, sendo o 1º em valor bruto da produção da região da COMCAM (Associação de Municípios da região de Campo Mourão (IBGE e SEAB). A economia é essencialmente agrícola, com uma maciça concentração de renda e altos índices desigualdades social e problemas relacionados a ela. Os dados estimados do IBGE (2022) localizados no site da Associação de Municípios da Região de Campo Mourão (COMCAM) são os seguintes: População 24.749 habitantes; Perfil econômico – agrícola; Índice de Desenvolvimento Humano IDHM-L - 0,709; IDHM-E - 0,747; IDHM-R -0,576; IDH-M – 0,677; Índice de incidência a pobreza – 41,7%. Ainda segundo dados do IBGE, a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total é de 47.8%. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 32.9% da população nessas condições, o que o colocava na posição 208 de 399 dentre as cidades do estado e na posição 4054 de 5570 dentre as cidades do Brasil. Segundo dados do Cadastro Único do Governo Federal, atualmente 3.071 famílias em Ubiratã vivem em condições pobreza vítimas do sistema socioeconômico excludente do país e ainda temos um grande fluxo de estrangeiros que residem em nossa cidade.
Este Projeto vem abrindo abrir novas perspectivas, elevando o nível cultural e socioeconômico de mulheres através de várias ações com equipe multidisciplinar, essas ações incentivam valorização do trabalho, do próprio salário, do aprendizado, do conhecimento e da cultura empreendedora. Os projetos e serviços que ofertamos foram planejados conforme nossa necessidade, num trabalho junto a vários segmentos: entidades, clubes de serviço, empresas, agencia do trabalhador, sindicatos dos trabalhadores e comunidade. Percebeu-se em pesquisa de campo que muitas mulheres que precisavam das vagas de trabalho desconheciam até suas obrigações enquanto trabalhadoras, outras encontravam barreiras como a falta de experiência e falta de qualificação, e outras precisavam de ajuda no planejamento da logística familiar, e também sequer conheciam seus direitos. Esse Projeto é executado através de ações de acolhida, qualificação, geração de renda e empreendedorismo, com vistas para auto-gestão e sustentabilidade promovendo desenvolvimento social, econômico com possíveis formalizações de MEIs e criação de outros grupos de economia solidária.
A partir de 2021 o Conviver com Arte retorna de forma intensiva para a formação de mulheres em situação de vulnerabilidade social, em parceria com o CRAS, CREAS, Divisão da Política da Mulher, Procuradoria Geral da Mulher e Agencia do Trabalhador, contendo, dentre outras atividades, qualificação profissional com vistas à inclusão socioprodutiva, o resgate da autoestima e o combate à violência contra a mulher.
Entre 2021 até 2024 foram qualificadas e inseridas no Conviver com Arte cerca de 200 mulheres, sendo priorizadas as mulheres cadastradas no Cadastro Único e de encaminhamentos do CRAS, CREAS, CAPS, e Divisão da Política da Mulher. A meta é qualificar e propiciar inclusão delas em grupos de economia solidaria até 2028 o total de 400 mulheres. Contamos também com toda a estrutura da Prefeitura Municipal de Ubiratã, dentro do CRAS (salas, auditório, refeitório, carro e ônibus) para a realização das ações. O Conviver com Arte possui ainda uma pagina de vendas nas redes sociais, na qual recebem toda assessoria necessária para fazer lives periodicamente e venderem seus produtos. O Projeto Conviver com Arte se tornou um espaço acolhedor, onde as mulheres o buscam para diversos fins, como suprir suas carências afetivas, emocionais, sociais e econômicas. As mulheres representam cerca de 80% dos atendimentos realizados mensalmente no CRAS de Ubiratã.
Diante dessa premissa o Gestor vem trabalhando o empreendedorismo feminino e a inclusão social de mulheres marginalizadas vítimas do sistema socio excludente do país. O trabalho do Projeto Conviver com Arte converge para a geração de renda e/ou complemento de renda, criação de grupos de economia solidária, formalização de MEIs, além de oferecer o espaço apenas como terapia para aquelas que precisarem, com apoio e suporte dos técnicos do CRAS e CREAS. Elas ainda podem participar dos seguintes eventos e grupos municipais:
- Grupo Pão da Vida: Um grupo de 20 mulheres empreendedoras se reúnem todas as terças e quintas feiras para produzirem pães, roscas e bolachas, e vendem para toda comunidade.
- Recitã: Associação de Reciclagem de Ubiratã, composta por 110 famílias, sendo 80% dessas famílias chefiadas por mulheres.
- Feira da Lua: A Prefeitura oferece toda sexta feira a noite no Centro da cidade barracas para as mulheres empreendedoras comercializarem seus produtos.
- Patroas da Cozinha: Um grupo de 08 mulheres criou essa empresa onde produzem refeições em eventos, exposições e feiras.
- Feira da Gente: Um espaço criado para comercialização de produtos frescos e artesanais dos micro empreendedores locais, incluindo artesanatos, frutas, verduras, legumes e delicias gastronômicas. Ainda possui musica ao vivo, brinquedos gratuitos e sorteios de brindes. O evento visa fortalecer os laços comunitários, incentivar o comercio local e proporcionar um dia agradável para todos.
A sustentabilidade ambiental também é trabalhada nesse Projeto, com customização de sacolas de feiras, sacolas ecológicas, chapéu de palha de trigo, cestarias de palhas de trigo e fibra de bananeira.
Importante ressaltar que nos eventos grandes oferecidos pelo Município como feiras, exposições, aniversário da cidade, desfiles, entre outros, a prioridade para gerar renda é para os grupos de economia solidaria formados a partir do Projeto Conviver com Arte. Exemplo clássico da parceria é a Feira de Exposição Municipal de Ubiratã (EXPOBIRA), onde o Município oportunizou que apenas os agentes ambientais da (RECITÃ) coletasse todo o material reciclado para angaria fundos. De igual forma, as Patroas da Cozinha um grupo de 08 cozinheiros comercializaram suas refeições em uma barraca cedida pela Prefeitura, vendendo mais de 5 mil refeições durante os 04 (quatro) dias de festa, o Projeto Conviver com Arte também estava presente em uma barraca cedida, onde vendeu na exposição de junho de 2025 mais de 700 peças de produtos artesanais, gerando renda para essas mulheres e suas famílias. Além da participação em eventos municipais é proporcionado a elas a participação em feiras, eventos e exposições em outras cidades.
Descrição
O Conviver com Arte é um projeto composto por ações de que visa o protagonismo feminino e vem sendo desenvolvidas ao longo dos anos, tem como objetivo trabalhar o artesanato como terapia, e para aquelas que desejam, inclui-las no mercado de trabalho, visando a promoção humana, qualificação através de cursos de capacitação e incutir noções de economia solidária, gestão financeira, desenvolvendo um comportamento empreendedor.
Atualmente está sendo operacionalizado pela Secretaria de Assistência Social em parceria com outros segmentos já citados. Em 2021 o Projeto foi inserido dentro do PAE (Plano de Ações e Estratégia) do Município de Ubiratã. Desenvolve-se através de três fases com equipe multidisciplinar (assessores, técnicos administrativos, costureira, artesãs e profissionais cedidos pelo CRAS, psicólogos, assistentes sociais e pedagogos), da seguinte forma:
INSERÇÃO: Esta é a etapa de sensibilização e despertar das mulheres, aqui dispomos de ferramentas para abrir novos caminhos para o ascender de uma mentalidade empreendedora. A inserção acontece através de busca ativa, encaminhamentos e demanda livre. Esta etapa desenvolve-se com apoio de ações coadjuvantes:
Projeto Cidadão
Projeto Sonho e Ações
Combate a Violência contra a Mulher
Do Outro Lado da Moeda
Justiça pela Paz em Casa
Com relação as mulheres vítimas de violência a Câmara de Vereadores através da Vereadora Luciane Munhoz D´Alécio solicitou trabalhar dentro desse Projeto o viés emancipatório das mesmas, onde há a inserção dessas mulheres (para mudança do círculo vicioso para o círculo virtuoso) qual seja o de emancipação e elevação da auto estima. Conforme indicação nos anexos.
QUALIFICAÇÃO: Nesta etapa é onde ocorre a oferta de cursos de qualificação. Até o momento o Projeto beneficiou 1.400 mulheres (contando a porcentagem de 2008 até 2012, e 2021 até 2024).
EMPREENDEDORISMO: Nesta fase de desenvolvimento Projeto busca-se empreender e articular esforços em prol de um propósito, não necessariamente abrir uma empresa, as mulheres produzem seus artesanatos dentro do Conviver com Arte e é concedida a participação em feiras, exposições e eventos micro regionais, oportunizando a comercialização de seus produtos. É disponibilizado ainda para aquelas que tem interesse, todo suporte necessário tanto para formalização de MEIs, quanto para formação de grupos não formais, proporcionando uma emancipação econômica, social e pessoal.
Objetivos
Gerais:
Propiciar de forma permanente a inclusão social feminina, e geração de renda na forma de economia solidaria, com vistas ao protagonismo e a superação de seus problemas sociais, econômicos e emocionais.
Específicos:
-Consolidar através de Lei Municipal a economia solidaria de gênero feminino no Município de Ubiratã;
-Oferecer suporte para formalização de MEIs e para sua continuidade;
-Propiciar a inserção e qualificação de mulheres para o mercado de trabalho;
-Proporcionar a todas as mulheres que procurarem o Conviver com Arte a inclusão produtiva, oportunidade de se qualificar e gerar renda;
-Reconhecer a importância da mulher na sociedade, sua proteção e autonomia através de diversas ações e programas, fortalecer sua autonomia reconhecendo sua capacidade de tomar decisões e exercer seus direitos (PNAS 2004);
-Reforçar sempre a importância da atuação dos envolvidos em rede e as estratégias quanto ao cumprimento das metas estabelecidas;
-Fortalecer ainda mais os projeto de Economia Solidária já existentes, proporcionar novas possibilidades de geração de renda através do e-commerce;
-Realizar busca ativa e propiciar a sensibilização de mulheres para o despertar empreendedor, através de acolhida e análise de habilidade feitas no Conviver com Arte pelos psicólogos do CRAS;
-Agir em parceria com diversos setores do Município para que eles encaminhem mulheres que se encontrem com algum tipo de vulnerabilidade seja social, seja econômica ou psicológica/emocional;
-Realizar elaboração de um Currículo eficiente, agregando qualificação facilitando a empregabilidade;
-Ofertar cursos de qualificação para o Mercado de Trabalho, com prioridade mulheres chefes de família, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico em diversas áreas;
-Desenvolver capacidades laborais nas oficinas oferecidas no Conviver com Arte aperfeiçoando sua experiência no empreendimento produtivo;
-Realizar encaminhamentos das mulheres do Projeto para o mercado de trabalho, através da parceria com a ACEU, Agencia do Trabalhador e outras empresas do Município;
-Fortalecer e desenvolver a economia solidária através da participação em feiras e exposições dentro e fora do município;
-Desenvolver e fomentar grupos inclusivos de economia solidária feminina e auto gestão, através de trabalho voluntário de pessoas da comunidade (palestras, oficinas e cursos).
Metas a atingir:
Transformar o Projeto Conviver com Arte em Lei Municipal até dezembro de 2025;
Inserir 30% das mulheres qualificadas anualmente no mercado de trabalho formal;
Criar ao menos 01 grupo de economia solidária por ano até 2028;
Realizar 06 lives anuais para expandir as vendas;
Participar de ao menos 02 feiras ou exposições municipais e 02 feiras ou exposicoes intermunicipais por ano;
Propiciar 01 oficina mensal de saude mental;
Efetuar todo mes balanço financeiro, relatorios e planejamentos;
Produzir curriculo qualificado de no minimo 80% das mulheres atendidas por ano;
Fornecer assessoria para aquisição de 100% dos insumos necessarios para execução do Projeto;
Propiciar 02 encontros anuais com os parceiros e voluntarios do Projeto;
Cronograma
Físico:
INSERÇÃO: Esta é a etapa de sensibilização e despertar das pessoas, aqui dispomos do quadro de funcionários capacitados para receber as mulheres. A inserção acontece através de busca ativa, encaminhamentos e demanda livre de forma continua desde 2021.
QUALIFICAÇÃO: Nesta etapa de desenvolvimento o Projeto é realizado de segunda a quinta feira, das 08:00 as 17:00 horas onde ocorre os treinamentos com a artesã e costureira do CRAS, além dos cursos oferecidos em parcerias com a secretaria de desenvolvimento econômico. Aqui também elas recebem apoio, orientações, conscientizações e trabalham temáticas acerca de direitos, cidadania e economia solidaria com psicóloga, pedagoga e assistente social, para abrir novos caminhos e para o ascender de uma mentalidade empreendedora. Importante mencionar que para as mulheres acompanhadas de PAIF e PAEFI que estão inseridas no Conviver com Arte ocorre atividades coletivas planejadas a cada 15 dias, visitas domiciliares e atendimentos individualizados sempre que necessário.
EMPREENDEDORISMO: Nesta fase de desenvolvimento do Projeto busca-se empreender e articular esforços em prol de um propósito, não necessariamente abrir uma empresa. Porem com o passar do tempo diversas MEIs e grupos não formais foram criados e aos mesmos é concedido todo apoio necessário para legalização do empreendimento, além de propiciar participação em feiras, exposições e eventos micro regionais, e realização de lives para comercialização dos produtos, proporcionando uma emancipação econômica, social e pessoal. Além disso também é oportunizado para as que tiverem interesse a participação em grupos inclusivos solidários que foram criados a partir do desenvolvimento desse Projeto e outros que foram potencializados, quais sejam: O próprio Conviver Com Arte, Grupo Pão da Vida, Recitã (Associação de reciclagem de Ubiratã), Feira da Lua, Patroas da Cozinha, Feira do Produtor.
Diante dessa premissa o Gestor vem trabalhando o empreendedorismo onde as ações alinhadas convergem para a geração de renda e/ou complemento de renda, além de trabalhar o artesanato apenas como terapia.
Financeiro:
Aporte financeiro R$ 170.738,00
Orçamento:
Cursos Adquiridos para 200 pessoas.
SENAC R$ 85.648.00
SENAE R$ 47.120,00
SEBRAE R$ 3.970,00
Quadro de Funcionarios cedidos;
Assessora: R$ 5.600,00
Artesã: R$ 2.300,00
Costureira: R$ 2.300,00
Técnico Administração: R$ 2.800,00
Tecidos e aviamentos: R$ 13.000,00
Alimentação: R$ 8.000,00
Beneficiários Diretos:
Mulheres maiores de 18 anos, em situação de vulnerabilidade econômica, social e emocional, que a qualquer momento precisam de apoio e qualificação de mão de obra.
Beneficiários Indiretos:
As famílias das mulheres inseridas no Projeto Conviver com Arte, bem como a comunidade e Economia e Desenvolvimento Humano Municipal.
Resultados:
Ao término do projeto são esperados os seguintes resultados:
Qualificação anual de 100 mulheres em empreendedorismo de economia solidaria;
Qualificação de 100 artesãs por ano no curso de Empreendedorismo, artesanato e arte;
Qualificação de 100 costureiras no curso de Costura e empreendedorismo;
Formação de 100 mulheres por ano, por meio de palestras sobre Direitos das Mulheres e Lei Maria da Penha;
Propiciar empregabilidade de 100% das mulheres que estiverem aptas, seja de maneira formal, pequenos negócios ou em grupos de economia solidaria, que por muitas vezes se esconde por falta de oportunidades, qualificação ou escolaridade.
Propiciar acompanhamento de 100% das mulheres que são inseridas no grupo por violências domésticas.
Proporcionar meios para que 100% das mulheres atendidas se tornem cidadãs mais conscientes, de que existe política pública para elas;
Abrir novas perspectivas, elevando o nível cultural, profissional e socioeconômico;
Elevação da auto estima impactando nas relações interpessoais com a família e sociedade;
Formalização de novas MEIs e novos grupos de economia solidaria;
Propiciar bem estar das beneficiárias;
Fazer uso do Conviver com Arte como terapia para aquelas que necessitarem comente disso;
Melhorar a qualidade das vendas através de lives;
Produzir resultado satisfatórios com a comercialização dos produtos em feiras e eventos;
Ressaltamos que o cumprimento das metas relacionadas à qualificação 100 mulheres deverão considerar as possíveis desistências ao longo do desenvolvimento do projeto.
Anexos
Documentos Anexados:
- 01-11-2021 - BUSCA ATIVA - PROGRAMA ROMPIMENTO DE VINCULOS.pdf
- 04-11-2019 - Projeto social incentiva produção e venda de artesanato.pdf
- 09.06.2022 - CONTRATO SENAC.pdf
- 16-02-2022 CONTRATO SENAI.pdf
- 29-01-2021 - PREMIAÇÃO UBIRATÃ - SENAC.pdf
- 09-04-09 TURMA DE CORTE COSTURA CRAS.pdf
- 18-10-2021 - curso eletricista panificação 2021.pdf
- 19-02-2008 - CURSO DE CUSTURA INDUSTRIAL (1).pdf
- 19-03-2009 - CORTE COSTURA.pdf
- 19-10-2007 - CRUSO CULINARIA 2007.pdf
- 25-02-2008 - CURSO DE MANICURI.pdf
- 26-01.09 RENDA FAMILIAR FEIRA DA LUA - ESCOLA PROFISSIONALIZANTTE.pdf
- 29-07-2022 - AGOSTO LILÁS.pdf
- 30-09-2008 - CURSO DE ESCULTURA.pdf
- 31-05-2022 - PREMIO GESTOR SEBRAE.jpg
- adamop por elas - grupo conviver com arte - 26 nov 2021 a.jpeg
- adamop por elas - grupo conviver com arte - 26 nov 2021 b.jpeg
- adamop por elas - grupo conviver com arte - 26 nov 2021 c.jpeg
- capacitação conviver com arte.jpeg
- capacitacao violencia mulher.jpeg
- conviver com arte chaveiros.jpeg
- feira da lua doce sabor.jpeg
- grupo de geração de renda pão da vida.jpeg
- projeto sonhos e ações a.jpeg
