PROJETO AGRICULTURA NA ESCOLA: Plantando o hábito de uma alimentação saudável às futuras gerações
Ano / Edição: 2014
Município: Colombo
Função de Governo: Agricultura
Administração Indireta:
Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento
Diagnóstico
A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre sua própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os indivíduos, mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um direito e um recurso aplicável à vida cotidiana, a Organização Mundial da Saúde (1997) define que uma das melhores formas de promover a saúde é através da escola. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a maior parte de seu tempo. Nesse sentido, as experiências apontam para perspectiva da agricultura agroecológica como sendo o caminho mais adequado a ser percorrido pela agricultura urbana, considerando-se a melhoria da qualidade de vida das comunidades por meio da produção de alimentos saudáveis, aumento da biodiversidade nos ambientes urbanos, bem como ampliação de áreas verdes nas cidades.
Desta forma, o ambiente escolar, por se tratar de um local onde a criança, o adolescente, muitas vezes inicia ou da sequência ao seu aprendizado social, onde se consolida o desenvolvimento de opiniões e ideais que o acompanharão no decorrer de sua vida, se torna fundamental a abordagem de temas ligados à origem e a cultura dos afazeres vindos da vida em áreas rurais, inerentes à geração de alimentos saudáveis e da consciência em se manter preservado os recursos naturais não renováveis, conservando desta forma a condição de existência de vida em nosso planeta.
Descrição
O Projeto Agricultura na Escola veio de uma observação mais aprofundada da demanda de se integralizar as diferenciadas formas de recursos para o aprendizado, proporcionando uma fonte para observação e pesquisa das técnicas da holericultura inserida a rotina diária das escolas, possibilitando o desenvolvimento de ações que venham a proporcionar praticas de trabalho em equipe, promovendo saúde e conscientização de hábitos alimentares saudáveis e conservação dos recursos naturais não renováveis e pela demanda apontada pelas instituições de ensino municipais no que diz respeito a ferramentas necessárias para fomentar a diversificação da educação com atividades extracurriculares dos alunos da rede publica municipal de ensino. Cada instituição de ensino contribui para o projeto disponibilizando a área a ser utilizada, com o zelo, manejo e utilização da horta didática de acordo com as orientações técnicas, promovendo desta forma a continuidade do projeto.
O Projeto Agricultura na Escola vem a oferecer as condições aos educadores da rede publica municipal de ensino a promover atividades extracurriculares e ações para o desenvolvimento de cidadãos com maior responsabilidade ambiental e hábitos alimentares mais saudáveis provendo saúde a todos. As ações e atividades que este projeto possibilita desenvolver contribuem para que as gerações futuras embatam com os problemas que se manifestarem em suas comunidades e/ou outras formas de grupos sociais, atuando como personagens de transformação e intervenção na preservação do Meio Ambiente, resgatando a cultura alimentar do nosso Pais, as tradições e cultura que o tema envolve, assegurando uma condição de vida mais saudável.
A implantação e condução comunitária das hortas escolares permite a reflexão da comunidade escolar sobre questões ambientais, qualidade nutricional, saúde, qualidade de vida e contato das crianças com as relações ecológicas no meio natural da própria escola. Os fundamentos pedagógicos desse trabalho constituem a Ecopedagogia e a Educação Contextualizada. Nesse contexto, a Ecopedagogia tem sua definição relacionada à sustentabilidade socioambiental e a práticas educativas que buscam construir uma consciência planetária para além de qualquer gênero, espécie ou reino. Aliada a essa perspectiva, a Educação Contextualizada supõe, fomenta e instrumentaliza a participação direta dos sujeitos no processo de construção e disseminação do conhecimento tendo como ponto de partida e como ponto de chegada sua realidade social concreta, suas vivências e práticas. O Projeto Agricultura na Escola utiliza áreas dentro das escolas para a implantação de pequenas hortas didáticas que visam o plantio de hortaliças em moldes agroecológicos, com a finalidade de apresentar as técnicas envolvidas na produção de alimento saudável, seguro e com qualidade aos alunos e por conseqüência à comunidade envolvida, proporcionando-lhes a oportunidade de uma melhora na qualidade de vida e a conscientização de se adotar hábitos saudáveis de alimentação, contribuindo assim para a melhora na saúde da população envolvida, quando na adoção das praticas apresentadas.
As instituições de ensino da rede publica municipal que por bem manifestaram o desejo em participar do Projeto Agricultura na Escola, se reportaram a Secretaria Municipal de Educação e esta por sua vez apontou a demanda de escolas por meio de e-mails e/ou memorandos contendo o nome, endereço completo, com qual modalidade de ensino trabalha, telefone, e-mail e nome do contato que se responsavel pela horta didática. Assim que recebe estes comunicados a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, realiza visita a Instituição, por intermédio de seus técnicos, para atestar a possibilidade e viabilidade de implantação da horta didática, remetendo a Secretaria de Educação Memorando anexado com parecer favorável ou não com as devidas justificativas embasadas em critérios técnicos. Nos casos em que o parecer é favorável, se inicia os procedimentos para a concretização da horta didática através do planejamento e instalação dos canteiros com terra preta fornecida pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento que se responsabiliza por sua providencia, retirada e transportar ate o local de instalação da horta didática em quantidade suficiente, indicada por seus técnicos, para atender a demanda planejada, sendo que a mão de obra para montagem do(s) canteiro(s) é de responsabilidade da instituição de ensino solicitante, assim como as contenções laterais para evitar o esparrame e desfiguração do canteiro, quando necessário. A escolha das espécies a serem plantadas fica a critério da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, segundo a orientação de seus técnicos, de acordo com as condições climáticas, época de plantio e período de desenvolvimento e que favoreça a colheita de acordo com calendário letivo, visando um melhor aproveitamento da horta didática pelos alunos, a mão de obra necessária para o plantio fica a cargo da instituição que deverá realiza-lo de acordo com a orientação técnica para tal, bem como o preparo do solo com a devida adubação recomendada, sendo a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento responsável em providenciar e transportar o composto orgânico (adubo) ate o local da horta didática. O isolamento da área, caso seja necessário, o manejo diário da horta com regas diárias, monitoramento de plantas concorrentes e do desenvolvimento fitossanitario (insetos, fungos, bactérias e vírus) é de responsabilidade da instituição de ensino, cabendo a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, o acompanhamento de seu desenvolvimento através de visitas técnicas periódicas e/ou por solicitação do responsável pela horta didática por meio de contato telefônico, e-mail ou outra forma. A colheita é feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças e deve ser realizada pela equipe da instituição de ensino.
A forma de utilização da horta didática como ferramenta de pesquisa, os trabalhos didáticos que se utilizam da horta didática, as linhas de pesquisa para o desenvolvimento de conhecimento e aprendizado, fica a cargo de cada instituição de ensino da rede publica inserida no projeto, bem como a opção de formar alianças com demais intuições, cujas quais deveram se dirigir a Secretaria de Educação para formalização de seus interesses, em se beneficiar da horta didática como diferencial para aprendizado de seu publico, ou meramente como ponto de visitação.
A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento atua como gestora do projeto apontando as diretrizes necessárias para a implantação das unidades de produção das hortas didáticas, viabiliza material necessário para levante dos canteiros (terra preta), material vegetal com boa procedência e de espécies variadas e adaptadas a região e ao clima garantindo desta forma o desenvolvimento do projeto durante todos os meses do ano, composto orgânica (adubo) em quantidade suficiente para o bom desenvolvimento das espécies de acordo com a orientação de seus técnicos, bem como executora de assistência técnica especializada para dar suporte ao estabelecimento das espécies que são trabalhadas, é incentivada a produção de hortaliças e plantas medicinais, que ocupam pequenas áreas, de fácil manejo e boa aceitação pela população. Nesse contexto podem ser descritas as espécies: alface, beterraba, abobrinha, couve flor, brócolis, cenoura, salsinha, cebolinha, hortelã, manjericão, entre outras.
As instituições de ensino da rede publica municipal vinculadas a Secretaria Municipal de Educação, disponibilizam a área física para a instalação das unidades de produção das hortas didáticas e sua adequação com a devida limpeza, os materiais periféricos de viabilização do manejo da horta didática (carrinho de mão, pazinhas, rastelos, regadores, enxadas, entre outros), os materiais são necessários para isolamento da área onde será instalada a horta didática (cerca), se responsabiliza por desenvolver projetos de educação em cima do que a horta didática pode oferecer de acordo com seus interesses e ainda por sua manutenção e zelo.
O projeto Agricultura na Escola possibilita alianças e parcerias de relevância à educação e formação de cidadãos com consciência sócio-ambiental, cultural de ênfase no tema apresentado, a se utilizarem e desenvolverem projetos utilizando as unidades de horta didáticas como ferramenta para prover educação e conhecimento, tais como instituições de pesquisa voltadas a agroecologia e agricultura, Centros Municipais de Educação Infantil – CMEI, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com projetos voltados a educação Ambiental, Secretaria Municipal de Ação Social para desenvolvimento de ações que visão o conhecimento e entendimento da comunidade ao entorno das unidades de hortas didáticas e ainda instituições que trabalham o Projeto Pró-Educando.
Objetivos
Gerais:
O presente trabalho tem como objetivo o planejamento, implantação e condução de uma horta didática agroecológica possibilitando a realização de diversas atividades pedagógicas direcionadas para temas como educação ambiental e segurança alimentar.
Específicos:
Proporcionar aos alunos da rede publica municipal de ensino, a oportunidade de, através do contato direto com o Meio Ambiente,
Descobrir e aprender técnicas de plantio, manejo de solo, cuidados com as plantas, conservação do solo e da água, bem como a relação que existe entre esses dois elementos interagindo com os nutrientes do solo, a valorização do trabalho e da cultura da vida no campo, conhecer os diferentes alimentos cultivados e seus respectivos valores nutricionais,
Refletir sobre os prejuízos do desperdício de alimentos, compreendendo a importância de se ter uma alimentação equilibrada,
Promover a coletividade através de atividades em grupo, desenvolvendo a conscientização da responsabilidade que cada um tem com o Meio Ambiente, fazendo com que desta forma os educadores da rede publica municipal de ensino se beneficiem de uma ferramenta diferencia para trabalhar os projetos educacionais voltados à exaltação da cultura e da vida nas áreas rurais e a consciência ambiental dos alunos.
Metas a atingir:
Implantar em todas as escolas da rede publica municipal de ensino uma unidade de horta didática agroecológica para viabilizar aos alunos da rede publica municipal de ensino a oportunidade de aprenderem técnicas de cultivo de plantas utilizadas como alimento em seu dia-dia, seus nomes, usas cores, seus sabores, suas variedades, suas origens ainda prover o contato com a terra no preparo dos canteiros, a descoberta das formas de vida existentes no solo, fazer com que as técnicas aprendidas com o Projeto Agricultura na Escola sejam difundidas nas áreas ociosas ou de pouco uso em seus lares e comunidades para que desta forma a cultura de uma alimentação mais saudável seja perpetuada, conscientizar o publico envolvido sobre a importância de se conservar os recursos naturais, estimular a ingestão de frutas, verduras e legumes na rotina alimentar de todos os envolvidos com o projeto e por conseqüência de seus familiares. Desenvolver a socialização, cooperação e trabalho em equipe junto aos alunos. Apresentar técnica de reutilização de resíduos orgânicos como compostos para ser utilizado como adubo nas hortas, diminuindo o volume de resíduo orgânico a ser coletado pela rede publica, auxiliando desta forma a minimizar o impacto gerado por estes rejeitos ao meio ambiente.
Cronograma
Físico:
Escolas da rede pública inseridas ao programa: Escola Municipal Agripino João Tosin, Rua Ewaldo Kubitschek, 317 – Vila Alto da Cruz; Escola Municipal Ângelo Falavinha Dalprá, Rua Hélio D’alprá, 353 – Vila Augusta; Escola Municipal Antônio Cavassin, Rua Graciliano Ramos, 753 – Jardim Milena; Escola Municipal Antônio Costa, Rua Venâncio Trevisan, 1.612 – Jardim Florença; Escola Municipal Arlindo Andretta, Rua Floripa Mulmann, 276 – Atuba; Escola Municipal Cristóvão Colombo, Rua Francisco Camargo, 659 – Centro; Escola Municipal Elvira Nodari Alberti, Rua José Antônio zen, 168 – Jardim Arapongas; Escola Municipal Gabriel D’anúncio Strapasson, Rua Albino Wank, 322 – Jardim Osasco; Escola Municipal Jardim das Graças, Rua das Gabirobeiras, 416 – Jardim das Graças; Escola Municipal John Kennedy, Travessa São Paulo, 141 – Vila Guaracy; Escola Municipal Jucondo D’agostin, Rua Do Pinheiro, 404 – Parque Embu; Escola Municipal Monteiro Lobato, Rua Allan Kardec, 271 – Jardim Campo Alto; Escola Municipal Parque Santa Terezinha, Rua Maria Francelina da Silva, 160 – Santa Terezinha II; Escola Municipal Padre Jones João Tíbolla, Rua Teixeira Soares, 32 – Jardim Cristina III; Escola Municipal Severo Ribeiro de Camargo, Rua Severo Taverna, 243 – São Dimas; Escola Municipal Vereador André Nadolny, Rua Altvir Ceccon, 237 – Jardim das Oliveiras; Escola Municipal Vitório Manoel Franceschi, Rua Antonio Socher, 207 – Jardim Guadalajara; Escola Rural Municipal Bortolo Cavassin, Rua Bortolo Cavassin, s/nº. – Uvaranal; Escola Rural Municipal Irmã Maria Antonieta Farani, Rua Vergílio Arcie, 263 – Capivari; Escola Rural Municipal João José Gasparin, Rua Avelino Mottin, 800 – Poço Negro; Escola Rural Municipal Tiradentes, Rua Faraó Cavalli, s/nº. – Campestre; Escola Municipal Drª. Zilda Arns Neumann, Travessa Lago Santa Clara, 279 – Palmital.
Financeiro:
As questões financeiras de captação e/ou alocação de recurso para implantação do Programa provem de recursos próprios da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento que através de processo licitatório ou outras modalidades de compra, que atendam as exigências legais solicitadas pelo tribunal de contas do estado, compra mudas de olericolas em geral e composto orgânico/terra preparada para serem utilizados no programa, viabilizando desta forma a montagem dos canteiros.
Orçamento:
R$ 1.370,00 para aquisição de condicionador de solo; R$ 5.000,00 para aquisição de sementes, mudas e insumos.
Beneficiários Diretos:
A área de atuação do Projeto Agricultura na Escola são 22 instituições de ensino da rede publica municipal, com um público alvo em torno de 9172 alunos e 670 professores que trabalham com a educação e projetos sociais envolvendo alunos do ensino fundamental e voluntários que compõe os grupos escolares.
Beneficiários Indiretos:
Sensibiliza pais de alunos, funcionários, voluntários, professores e moradores do entorno da escola e dos bairros que participam de alguma maneira do dia-a-dia da escola ou ate mesmo esporadicamente quanto ao posicionamento positivo por parte do poder executivo em desenvolver político, sócio e ambientalmente o cidadão, através de seu envolvimento e comprometimento com a proposta, apresentando formas diferenciadas de destinação de resíduos sólidos recicláveis, aproveitamento de áreas obsoletas passiveis de acúmulos indesejáveis, tornando mais agradável à convivência e o convívio em seu bairro.
Resultados:
Conscientização da comunidade escolar e do cidadão acerca dos benefícios de se reciclar materiais; promoção à saúde com a inclusão de alimentação saudável e de qualidade; o aumento do consumo de frutas e verduras no dia-a-dia e a melhoria do habito alimentar da comunidade em geral.