O município de Catanduvas caracteriza-se pela produção artesanal de vinho colonial há diversos anos. Em 1985, houve a realização da primeira Festa da Uva, visando o aumento da produção de uva e derivados, já que havia no município vários parreirais de colonos de origem italiana, os quais produziam para consumo próprio.
Em 2001, foi implantada a Festa do vinho, uma vez que no ano anterior começara uma nova etapa na produção de uvas, com apoio da EMATER, onde havia a proposta de produzir uva para vinho (sistema espaldeira).
Para fomentar ainda mais a produção, foi instalada, em 2010, uma pequena vinícola comunitária (microrregional), com capacidade para 30.000 litros/ano, cuja 1ª safra de vinho foi em 2011.
Como a produção de uva no município e arredores não atendia a demanda da vinícola e a mesma não possuía capacidade produtiva suficiente para legaliza-la, a produção de vinho ficou estagnada e sem legalização.
Em 2017, a Secretaria da agricultura foi assumida pelo ex-extensionista da EMATER, Délcio Giuliani, que reativou o programa de viticultura visando a produção de suco, uma vez que a vinicultura não dera resultado, principalmente pelo incremento na oferta de vinhos na região.
O novo programa de viticultura prevê o fomento à produção de uvas para suco (bordô e outras mais tintas), através do aumento da área cultivada e do aumento da produtividade, bem como a industrialização do produto.

O projeto visa o aumento da produção e produtividade da viticultura, bem como a transformação da produção, visando maior estabilidade à renda dos produtores e agregação de valor à produção. Para isso, busca-se primeiro o incremento na produção de uva e ao mesmo tempo a implantação de uma indústria de suco, uma vez que os viticultores já possuem certa experiência na atividade, tanto na produção de uvas quanto na produção de vinho colonial. Para isso, lançou-se mão da seguinte estratégia:
- Para fomentar a produção, foram realizadas duas excursões (com 40 produtores) para o sudoeste do estado, em Mariópolis e Coronel Vivida, onde visitamos parreirais, vinícolas e indústrias de suco;
- Realização de pedidos de mudas enxertadas (variedades para suco), visando o aumento da área cultivada;
- Orientação técnica aos viticultores através de visitas e realização de um curso do Senar sobre produção de suco;
- Subsídio de mudas aos produtores pertencentes ao Crédito Fundiário, visando a implantação de novos parreirais;
- Implantação da indústria de suco com apoio da prefeitura (terreno) e captação de recursos a fundo perdido para a construção e equipamentos.

Gerais:

Estimular o aumento da produção de uva no município e a transformação da produção, visando a melhoria da renda dos produtores e a oferta de produtos aos consumidores.

Específicos:

- Aumentar em 50 % a área de parreirais;
- Aumentar a produtividade da uva;
- Melhorar a qualidade da produção;
- Implantar uma indústria de suco;
- Diversificar a produção de subprodutos da uva (além do suco para comercialização e do vinho para consumo próprio, aproveitar a casca e os resíduos da polpa para fazer doce);
- Concluir a indústria de suco em dezembro de 2018 e legalizar o produto em 2019, 1ª safra de suco em 2020;
- Melhorar a alimentação escolar, com a introdução de suco de uva na merenda dos alunos da rede municipal;
- Incluir mais produtores no processo produtivo;
- Fortalecer a COPERUVAS (Associação dos Agricultores Familiares de Catanduvas, cujo nome de fantasia prevê a transformação da associação numa cooperativa);
- Consolidar a AFRUPI – Associação dos Fruticultores da Piquiriguaçu, que envolve 6 municípios da microrregião.

Metas a atingir:

- Aumentar de 18 para 27 hectares a área de parreirais;
- Elevar a produção de uva, de 10 t/ha para 15 t/ha num período de 5 anos;
- Implantar uma unidade de transformação da produção com capacidade de 30.000 litros/ano;
- Melhorar a nutrição de cerca de 1.500 alunos, através da introdução do suco na merenda escolar;
- Aumentar de 36 para 50 famílias na cadeia produtiva;
- Concluir a legalização do produto, em dezembro de 2022.

Físico:

- Doação do terreno pelo município, em julho de 2017;
- Liberação do recurso para construção da base física, em agosto de 2017;
- Início da construção, em janeiro de 2018;
- Aquisição dos equipamentos da indústria, em outubro de 2017;
- Aquisição de 8.000 mudas de parreira, em 2018 e 2019;
- Implantação dos parreirais, em 2018 e 2019;
- Aquisição de material para sustentação dos parreirais, em 2018 a 2020;
- Início da produção de suco, em janeiro de 2020.

Financeiro:

- Liberação do recurso para a construção da base física, no valor de R$ 145.000,00 (em agosto de 2017, pela Fundação Banco do Brasil);
- Liberação do recurso para compra dos equipamentos, no valor de R$ 105.000,00 (em outubro de 2017, pela fundação Banco do Brasil);
- Aporte de recursos pelos produtores para compra das mudas , no valor de R$ 126.000,00 (sendo metade em outubro 2018 e metade em outubro de 2019);
- Do valor acima, R$ 12.000,00 serão pagos pela prefeitura, em 2019, visando atender as famílias do Crédito fundiário.
- Os materiais para sustentação dos parreirais serão pagos pelos produtores, em julho de 2019, no valor de R$ 55.000,00.

Orçamento:

Construção da indústria de suco: R$ 145.000,00;
Aquisição de equipamentos: R$ 105.000,00;
Aquisição de mudas de parreira: R$ 126.000,00;
Aquisição de material para sustentação de parreirais (palanques e arames): R$ 55.000,00.

Beneficiários Diretos:

50 famílias rurais (mais ou menos 200 pessoas);
03 famílias de empregados diretos no processo de transformação e comercialização.

Beneficiários Indiretos:

Cerca de 10.000 habitantes do município

Resultados:

Através da industrialização da uva, há um grande incremento no valor do produto, próximo a 50%, pois com 1,6 kg de matéria prima se produz 1 litro de suco (1,6 kg de uva daria uma receita bruta de R$ 4,80; ao passo que 1 litro de suco dá R$ 12,00; sendo em torno de R$ 7,50 de receita líquida, descontando-se o custo de transformação e vasilhames).
Assim, a renda das famílias será aumentada e a produção qualificada, com a consolidação da atividade, gerando mais dividendos também para o município.
A saúde da população será melhorada devido às propriedades medicinais da uva e derivados, especialmente a das crianças e idosos, pois além da introdução na merenda escolar, o suco também será fornecido no asilo. E o excedente da produção será comercializado no Centro de Comercialização da COPERUVAS, ao lado da rodoviária municipal, onde foi construída a nova sede, com recursos do Pró-Rural.

Documentos Anexados: