A Rede municipal de Educação de Medianeira é composta por vinte e uma instituições de ensino, sendo treze escolas de ensino fundamental 1 e oito CMEIs. O Atendimento conta com mais de 700 profissionais em dois turnos, assim divididos: professores, pedagogas, secretário(a) escolar, cozinheiras e serviços gerais.
Os Centros de Educação Infantil (CMEI) atendem 1333 crianças entre zero e três anos, em período parcial de quatro horas. As escolas, no entanto, atendem dois públicos diferentes de alunos, 1351 são crianças entre quatro e cinco anos, e mais 3300 alunos no ensino fundamental de 1º ao 5º ano, em período parcial (4 horas).
O conceito de educação ao longo do tempo vai se modificando em face das necessidades de uma sociedade que evolui. Tendo em vista essa dinamicidade, os projetos educacionais precisam evoluir também. Na sociedade atual busca-se cada vez mais uma formação ampla que forme alunos/cidadãos capazes de gerenciar a própria vida enquanto estudante e, mais tarde, depois de adultos, como profissionais atuar em uma sociedade cada vez mais carente de comprometimento e ética.
Com o atual momento vivido por todos nós, é inevitável que ocorram turbulências, desgastes tanto no ambiente profissional, quanto no familiar. Desde março de 2020, quando iniciou a série de Decretos Estaduais e Municipais, determinando o distanciamento social e restringindo algumas atividades, muitos setores da economia foram impactados e a Educação enquanto não foi diferente. Nesse contexto mais de 50 milhões de estudantes deixaram de frequentar as atividades presenciais nas mais de 180 mil escolas de ensino básico espalhadas Brasil afora, como forma de prevenção à propagação do Covid19, e Medianeira estava inserida nesse hall.
Em meio a esse panorama assustador e conturbado da pandemia, não apenas o aprendizado das crianças e dos jovens sofreram impactos, muitas são as denúncias que chegam às autoridades dando conta de violência contra crianças e de outros casos de violência doméstica; um aumento de mais de 50% em determinadas regiões do País, em que pese, nossa cidade não poderia ser diferente, emborra ainda não tenhamos números oficiais, para determinar o percentual exato dessa triste realidade.
A escola tem um papel importante na rede de proteção, é uma das instituições que compõem a chamada rede de proteção à infância e adolescência. Juntamente com atores de outras áreas, como Saúde e Assistência Social, os profissionais da educação zelam pelos direitos da população dessa faixa etária, previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
“As crianças e adolescentes não estão frequentando escolas, isso dificulta ainda mais para os professores, por exemplo, identificarem situações de violência psicológica, física ou sexual. A escola é uma importante referência para as crianças e muito comumente são as escolas que fazem as notificações de violência contra crianças e adolescentes”, afirmou ao G1 a professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Luísa Habigzang.
Além da questão de violência já abordada, as crianças e os jovens também não estavam preparados para as rotinas mais pesadas de estudos em casa, ambiente no qual normalmente priorizavam atividades de descanso e entretenimento. De maneira geral, os estudantes não possuíam a maturidade para lidar com a autonomia implícita no ensino a distância, em especial os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. As dificuldades são várias, mas são normais. Não devemos nos assustar, esse cenário de educação e coronavírus é novo para todos. O importante é que saibamos, com humildade, identificar essas falhas e dediquemos esforços para corrigi-las.
Foi avaliando esse cenário e pensando numa proposta visando diminuir a vulnerabilidade de crianças e adolescentes, e enfrentar a demanda do período ausentes de sala de aula, mesmo com a elevação no número de casos da COVID19, que a Administração municipal, através da Secretaria de Educação, pensou, avaliou e disponibilizou a equipe multidisciplinar, que desde o início de fevereiro deste ano, considerando todas as medidas de prevenção de propagação do vírus, permitiu o retorno às aulas, e incondicionalmente estão avaliando caso a caso e acompanhando alunos com dificuldades no processo de aprendizagem e necessidades específicas.
Todo esse trabalho é necessário para mantermos nossas escolas abertas e em segurança, permitindo a todos uma igualdade no aprendizado, pensando o município no atual momento e também nos pós pandemia, tornando-os agentes da transformação socioeducacional.

A Secretaria de Educação de Medianeira montou uma equipe multiprofissional especializada, voltada para atender alunos e Funcionários da rede municipal de ensino, visando minimizar os impactos negativos da pandemia.
A equipe multiprofissional conta com: coordenador pedagógico especializado, duas psicólogas, uma psicopedagoga, uma fonoaudióloga, um assistente social e uma terapeuta ocupacional.
A atuação da equipe multiprofissional também atua através de parcerias com a Rede de Proteção, que engloba as secretarias de assistência social, saúde, habitação, cultura e entidades filantrópicas do município.

Gerais:

Ao perceber a necessidade de melhor acolher as crianças e adolescentes neste período tão conturbado e incerto da pandemia, a Secretaria de Educação, instituiu a equipe multiprofissional que faz o atendimento em todas as Escolas Municipais e CMEIs, que avaliam: a leitura, a escrita, a saúde vocal e auditiva, o desempenho da motricidade e aspectos sensoriais, cognitivos e comportamentais.
A avaliação serve para direcionar os encaminhamentos de trabalho com os educandos, auxiliando-os na aprendizagem, e havendo necessidade de aprofundamento no atendimento clínico, orientam e encaminham para uma das Unidades Básicas de Saúde, ou dependendo o caso avaliado, para outro órgão competente para o andamento do atendimento, sempre acompanhando o resultado final obtido.
Este serviço tem por finalidade reestabelecer e manter o equilíbrio e a saúde mental de toda a rede, para que juntos, todos possam aproveitar e absorver, da melhor maneira possível, o aprendizado proposto para educandos e educadores.
Atuar nas escolas e CMEIs, orientando às famílias sobre as políticas públicas, direitos e deveres dos cidadãos.

Específicos:

Oferecer um atendimento humanizado, diferenciado, acolhedor, no qual colaboradores, alunos e pais possam sentir-se valorizados e compreendidos nas suas necessidades, possibilitando um melhor rendimento no processo de aprendizado.

Metas a atingir:

Gerar a autoestima e segurança nos alunos e equipe multiprofissional da escola
Diminuir as desigualdades no processo de aprendizagem dos alunos e melhorar o rendimento escolar.

Físico:

Em andamento

Financeiro:

R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais)

Pagamento dos profissionais envolvidos no projeto.

Orçamento:

FUNDEB e Recursos próprio

Beneficiários Diretos:

Os alunos e funcionários.

Beneficiários Indiretos:

As famílias e comunidade escolar em geral.

Resultados:

Sabemos que o mundo não será o mesmo, de certa forma as relações sociais, econômicas e políticas sofrerão inúmeras e profundas mudanças pós-pandemia, e este cenário inclui as Escolas e CMEIs, que são espaços coletivos e de socialização.
No curto período de implantação do projeto, inúmeras avaliações já foram realizadas, diversas são as dificuldades de aprendizagem encontradas, diante delas, muitas são as situações socioemocionais, relacionadas ao ambiente familiar e contexto social que vivem. A maioria dos casos encaminhados para os atendimentos são de estresse, ansiedade, falta de motivação, doença ou falecimento de familiares, em maior parte, problemas causados pelo momento de isolamento e distanciamento social.
É importante aprofundar as ações do projeto para construirmos uma educação preocupada com o desenvolvimento integral do ser e contribuir com a construção de aprendizagens significativas, proporcionando aos educandos a oportunidade de desenvolver suas aptidões intelectuais mais e mais assim a médio e longo prazo podermos mensurar quão importante está sendo essa equipe para a propagação da Educação de qualidade que planejamos inserir na comunidade em que atuamos.
Dessa forma, tendo a escola como um espaço privilegiado de interações sociais, a expectativa é que, em um cenário pós-pandemia, tanto as relações como os próprios espaços, sejam afetados e reinventados. “O momento é do ‘Re’: reinventar, repensar, refazer, ressignificar, reconstruir, remodelar. Já aprendemos o quanto faz falta esse ambiente, e podemos ir além, o quanto faz falta o abraço, o convívio. É certo que Professores, Alunos e familiares valorizarão de maneira mais intensa uns aos outros, e, o projeto aqui apresentado colherá sua parcela de contribuição.

Documentos Anexados: