Banco de Projetos

PROJETO FORTALECENDO VÍNCULOS EM CASA

Ano / Edição: 2021
Município: Capitão Leônidas Marques
Função de Governo: Assistência Social

Diagnóstico

O Projeto atendeu durante o período de quatro meses, no ano de 2020, oitenta (80) famílias, cujo foco de atuação foram crianças e adolescentes de 06 anos a 17 anos de idade, junto aos seus familiares, atendendo aos objetivos e metas do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. No ano de 2021 pretende-se atender também a primeira infância, tendo em vista que cerca de 40% das pessoas atendidas são crianças de 0 a 6 anos de idade. Observou-se que 33% das famílias são consideradas púbico prioritário, ou seja, que se encontram em situação de risco ou de violência e por sua vez com os vínculos rompidos.

Descrição

O desempenho desse trabalho será efetivado por meio de conscientização, reflexão e sensibilização das crianças, adolescentes e adultas (os) em relação à COVID19, formas de prevenção, hábitos de higiene que favorecem a saúde, bem como para conteúdos do dia a dia, vivências adversas, relacionamentos sociais e afetivos, problemáticas mundiais que impactam a vida em sociedade, entre outros. Essas temáticas serão trabalhadas pelos (as) orientadores (as) sociais que se deslocarão até a residência das famílias e serão divididos por 7 (sete) territórios do município, incluindo a zona rural.
Os atendimentos domiciliares acontecerão no período vespertino, sendo a frequência semanal ou quinzenalmente de acordo com a necessidade das famílias e/ou indivíduos e mediante avaliação da (o) técnica (o) de referência junto ao (a) orientador (a) social sobre a periodicidade de visitas à determinada família e/ou indivíduo.
Cada orientador (a) social responsável pelo território produzirá um relatório individual de visitas diárias à família e/ou indivíduo e um relatório mensal constando o número de visitas divididas por faixa etária e fotos das atividades para que a equipe técnica possa avaliar, monitorar e supervisionar o trabalho desenvolvido (o modelo do relatório diário e mensal está disposto no anexo I e II).
Além disso, semanalmente as (os) orientadoras (es) deverão repassar o desenvolvimento das atividades que foram realizadas e a percepção obtida através do trabalho para a (o) técnica (o) de referência do SCFV e PAIF, que, por sua vez, disporá de auxílio e suporte de modo a garantir a funcionalidade do projeto e providenciar outros encaminhamentos pertinentes para viabilizar à atenção integral à família e/ou indivíduo.
Vale salientar que os (as) orientadores (as) sociais que realizarão as visitas obedecerão as orientações de cuidado e higiene dispostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como utilizarão os EPI’s e também os entregarão para as famílias a fim de evitar possíveis contaminações. Ademais, os materiais utilizados no momento das visitas serão devidamente higienizados antes e depois do desenvolvimento do trabalho.
Ressalta-se que as famílias que se recusarem a receber os atendimentos que demandam interação – ainda que respeitando o distanciamento - serão visitadas somente para que o (a) orientador (a) social realize orientações básicas sobre cuidados em relação à COVID19 e para entrega-los um kit de EPI’S.

Objetivos

Gerais:

O principal objetivo é instrumentalizar as famílias diante do enfrentamento da pandemia do novo corona vírus, utilizando técnicas e atividades lúdicas que favoreçam a aquisição de repertórios de sociabilidade entre os membros familiares, em especial crianças e adolescentes, de modo a fortalecer os vínculos familiares e comunitários e prevenir a ruptura desses.

Específicos:

• Promover a educação de crianças, adolescentes e adultas (as) em situação de vulnerabilidade e/ou risco social dispondo de informações/orientações baseadas na ciência em relação ao coronavírus;
• Oportunizar momentos de sensibilização e reflexão às famílias e indivíduos em relação a contaminação da COVID19 e métodos de prevenção;
• Ampliar repertórios de enfrentamento de dificuldades e situações adversas através das atividades e materiais lúdicos que serão planejados pelo facilitador;
• Promover espaço para reflexão sobre seus papeis enquanto integrante da família, e da sociedade;
• Fomentar reflexões de si e do outro através da realização das brincadeiras;
• Valorizar a cultura de famílias e comunidades locais, pelo resgate de seus brinquedos e brincadeiras e a promoção de vivências divertidas/lúdicas;
• Desenvolver estratégias para estimular as potencialidades de crianças com deficiência e o papel das famílias e comunidade no processo de proteção social;
• Criar espaços de reflexão sobre o papel das famílias na proteção das crianças e no processo de desenvolvimento infantil;
• Assegurar espaços de convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade;
• Complementar as ações de proteção e desenvolvimento das crianças e o fortalecimento dos vínculos familiares e sociais.

Metas a atingir:

• Contribuir para diminuição dos conflitos familiares e práticas educativas violentas que podem estar sendo agravadas pelo isolamento social;
• Sensibilização e orientação para a adoção de práticas educativas não violentas;
• Minimizar os impactos emocionais negativos ocasionados pela pandemia da COVID19 que as crianças, adolescentes e adultos (as) podem estar vivenciando;
• Promover e qualificar a interação adulto-criança, gerando fortalecimento de vínculos entre esses por meio de estímulos de afeto e cuidado responsivo;
• Exercitar as competências do adulto cuidador para promover o desenvolvimento salutar das crianças;
• Contribuir para o fortalecimento da função protetiva familiar.

Cronograma

Físico:

CRONOGRAMA DE INTERVENÇÕES DOS ORIENTADORES SOCIAIS EM 2020

AGOSTO:
• Primeira semana de agosto – cadastramento
• Segunda e terceira semana de agosto – atividades relacionadas ao coronavírus, hábitos de higiene que favorecem à saúde, autocuidado e métodos de prevenção;
• Quarta semana de agosto – atividades para criação de vínculos com as famílias através de jogos e brincadeiras.

SETEMBRO
• Ações voltadas ao “Setembro Amarelo”, comtemplando atividades que visam desenvolver a autoestima, autoconhecimento, diálogos sobre depressão e transtornos de ansiedade, conscientização a respeito do suicídio e automutilação.

OUTUBRO
• Resgate e construção de brinquedos e brincadeiras antigas, contação de histórias dos pais aos filhos, musicalização, dança e atividades que estimulam a coordenação motora, oratória, desenvoltura e sociabilização.

NOVEMBRO
• Educação sexual e sexualidade na adolescência para empoderar crianças e adolescentes em relação a essa temática.

DEZEMBRO
• Cada orientador social ficou responsável por elaborar uma apresentação a ser apresentada no encerramento do Projeto de 2020, como paródias, teatros, poesias, danças e amostra dos materiais produzidos, como pintura, artesanato, maquete, brinquedos produzidos com materiais recicláveis, entre outros, durante os 4 meses de trabalho.







CRONOGRAMA DE INTERVENÇÕES DOS ORIENTADORES SOCIAIS EM 2021

JUNHO:
• Cadastramento, atividades relacionadas ao coronavírus, hábitos de higiene que favorecem à saúde, autocuidado e métodos de prevenção e atividades para criação de vínculos com as famílias através de jogos e brincadeiras.
• Visitação aos ESF’s (Estratégia de Saúde nas Famílias) de cada território e no Conselho Tutelar para explicar o desenvolvimento do Projeto, apresentar-se, indicar o território pelo qual é responsável e deixar uma cópia do itinerário de visitas para os referidos órgãos ter ciência das famílias que estão sendo atendidas.

JULHO:
• Atividades com as famílias, por meio de jogos, brincadeiras, brinquedos que favoreçam a interação familiar de modo que seja possível compreender como se dá a dinâmica da família a ser atendida;
• Elaboração de propostas junto às famílias para a Conferência da Assistência Social, por intermédio dos orientadores sociais responsáveis por cada família.

AGOSTO:
• Trabalhar a percepção de si e do outro, desenvolver repertórios de sociabilidade através de dramatizações/teatros de situações. Ex.: Trazer uma vivência de bullyng na Escola e encenar de que forma agiria ou pode contribuir para a não propagação dessa violência;
• Respeito ao espaço do outro e as diferenças.

SETEMBRO:
• Ações voltadas ao “Setembro Amarelo”, comtemplando atividades que visam desenvolver a autoestima, autoconhecimento, diálogos sobre depressão e transtornos de ansiedade, conscientização a respeito do suicídio e automutilação.

OUTUBRO
• Resgate e construção de brinquedos e brincadeiras antigas, contação de histórias dos pais aos filhos, musicalização, dança e atividades que estimulam a coordenação motora, oratória, desenvoltura e sociabilização.


NOVEMBRO
• Educação sexual e sexualidade na adolescência para empoderar crianças e adolescentes em relação a essa temática;
• Desenvolver atividades relacionadas a conscientização e prevenção do uso de droga lícitas e ilícitas;

DEZEMBRO
• Desenvolvimento de apresentações natalinas em espaços públicos para potencializar a desenvoltura no convívio social, autonomia e protagonismo. Obs.: Essas apresentações só serão realizadas em caso de extinção das normas de restrição em razão da pandemia, caso contrário, serão oportunizados pequenos encontros que contemplem apresentações menores e mais céleres nos próprios territórios.

JANEIRO 2022
• Trabalhar perspectivas de futuro, elaboração de currículos com adolescentes e adultos, autonomia das famílias, desenvolver proatividade nos ambientes onde transitam a fim de que possam reconhecer-se como agentes de transformação de sua própria história.

FEVEREIRO 2022
• Retomar as ações que favorecem a interação familiar, fortalecimento de vínculos, trabalhar a percepção dos familiares a respeito de si e do outro;
• Fazer ações na comunidade, piquenique com a família, visitação a espaços públicos como lago municipal, centro de convivência entre outros.

MARÇO 2022
• Trabalhar as diferentes formas de relacionamentos afetivos, buscando compreender a percepção dos componentes familiares em relação ao modo de relacionar-se com o outro e desmistificar relações abusivas como relações saudáveis;
• Trabalhar os diferentes tipos de violência.

ABRIL 2022
• Produzir apresentações para o encerramento do Projeto.

Financeiro:

Material de Consumo (material pedagógico, jogos e brinquedos)=R$ 5.241,68
Pessoa Jurídica (Empresa com sete orientadores sociais) para período de 14 meses = R$ 144.000,00
Ressalta-se que houveram investimentos por parte do município em forma de contrapartida, através de recursos livres junto ao Órgão Gestor de Assistência Social, no que tange aos servidores envolvidos (folha de pagamentos), combustível, lanche e demais materiais de expediente necessários.

Orçamento:

Recursos do Fundo Estadual de Assistência Social (através de Deliberação do CEDCA - PR - Primeira Infância)
Recursos do Governo Federal via Portaria de Incremento Temporário em razão do COVID.

Beneficiários Diretos:

São noventa (90) famílias, cento e sessenta e uma (161) pessoas, distribuídas em diversos territórios, sendo em sua grande maioria crianças e adolescentes.

Beneficiários Indiretos:

Famílias dos territórios de abrangência onde foi desenvolvido o Projeto: Bairro Santa Rita, Bairro Santa Mônica, Bairro Primavera, Cidade Baixa, Linha Bom Jesus e Distrito do Alto Alegre do Iguaçu, bem como membros da Rede de Atenção e Proteção Social do Município e membros dos Conselhos Municipais de Assistência Social e da Criança e do Adolescente ( CMAS) e CMDCA).

Resultados:

Ao final dos 4 primeiros meses de desenvolvimento do Projeto em 2020, os resultados observados foram satisfatórios, tendo em vista os processos de avaliação e monitoramento realizados junto às famílias, orientadores sociais, equipe técnica, bem como os membros da Rede de Atenção e Proteção Social presentes nos territórios de abrangência. Foi possível constatar melhoria na qualidade de vida das famílias atendidas, que vinham enfrentando as consequências da pandemia de coronavírus e o impacto dessa conjuntura no relacionamento familiar, condições essas que perpassam aspectos de saúde física, mental, emprego e renda.
Na ausência da elaboração desse projeto, vislumbra-se que os agravos gerados pela pandemia seriam maiores, resultando em demandas excessivas nos serviços de Assistência Social do município.
Com isso, presume-se que com a continuidade desse trabalho por mais 10 meses no ano corrente, seja possível a implementação desse Projeto de maneira simultânea às atividades coletivas dos SCFV, haja vista que o município empreenderá esforços na busca de parcerias e recursos junto ao Estado e a União.

Anexos

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