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Certificado de Reconhecimento

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em Marechal Cândido Rondon

Ano / Edição: 2020
Município: Marechal Cândido Rondon
Função de Governo: Gestão Ambiental

Diagnóstico

Marechal Cândido Rondon é um município de médio porte, com população estimada de 52.944 habitantes (2019), um aumento de 13% em relação ao censo do IBGE de 2010, um dos maiores crescimentos do oeste do Paraná. Esse salto populacional se deve ao grande desenvolvimento econômico do município, impulsionado pelo agronegócio, oportunizando a geração de emprego e renda para seus moradores e de toda a região.
Porém, todo crescimento gera uma série de desafios para a administração pública, sendo o saneamento básico, compreendendo o fornecimento de água, a coleta e tratamento de esgoto, a drenagem pluvial e o manejo de resíduos sólidos, um dos itens mais afetados pelo aumento populacional.
Em 2014, o município de Marechal Cândido Rondon elaborou e aprovou o seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Esse documento, que é uma das exigências da Lei 12.305/2010, fez um amplo diagnóstico da realidade municipal e apontou uma série de falhas na gestão dos resíduos sólidos no município, as quais representavam custo elevado aos cofres públicos, serviço ineficiente, baixa geração de renda e impactos negativos ao meio ambiente. Após a aprovação do plano, a equipe técnica, apoiada pelos gestores municipais, começou a elaborar projetos e definir estratégias para o alcance das metas do plano.

Descrição

Para a execução das metas do Plano Municipal de Resíduos Sólidos foi feito um plano de ação em que foram criados 7 eixos de atividades, compreendendo os principais aspectos do manejo de resíduos sólidos urbanos, sendo elas: Gestão Administrativa, coleta convencional, operação do aterro sanitário, coleta seletiva com inclusão de catadores, ecoponto e logística reversa de materiais, educação ambiental e implantação da coleta de resíduos orgânicos para compostagem. Para cada um dos eixos foram listados os principais problemas, suas causas e consequências, definindo ações, indicadores e metas para a solução desses problemas. Segue o descritivo desse plano:
Eixo I - Gestão Administrativa
Problema 01 - Estrutura administrativa descentralizada da gestão de resíduos sólidos municipais. No ano de 2014, várias secretarias e entidades eram responsáveis por atividades de manejo de resíduos sólidos. A Companhia de Desenvolvimento de Marechal Cândido Rondon (CODECAR) era a empresa pública responsável pela coleta, a Secretaria de Viação e Serviços Públicos detinha as máquinas e mão de obra para operação do aterro, mas o gestor era vinculado ao gabinete. A Secretaria de Agricultura e Política Ambiental realizava ações de recolhas de galhos e responsabilizava-se pelo Ecoponto.
Causa – Ineficiência da Gestão Pública
Consequência - Custo elevado e deficiência no serviço prestado à população.
Ação - Centralização da gestão dos resíduos sólidos no município, definindo que a Secretaria de Agricultura e Política Ambiental seria a responsável pelo manejo e destinação dos resíduos sólidos no município.
Implantação – 2015
Custo – Nenhum
Indicadores - Falhas de gestão
Metas - Eliminação de 100% das falhas de gestão do processo
Situação - Efetivado

Problema 02 - Falta de legislação municipal específica para resíduos sólidos. Apesar de legislações federais e estaduais acerca do tema, faz-se necessário o regramento municipal dos procedimentos quanto ao manejo dos resíduos sólidos.
Causa – Falta de articulação política
Consequência - Falta de padronização do manejo de resíduos, falta de fiscalização.
Ação - Elaboração e aprovação da Política Municipal de Resíduos Sólidos (Lei 4.819/2015)
Implantação – 2015
Custo – Nenhum
Indicadores - Aprovação da Lei
Metas - Aprovar a lei
Situação - Efetivado

Eixo II - Coleta convencional
Problema 03 - Insuficiência de recursos financeiros para operacionalização do sistema de manejo de resíduos sólidos. Apesar do município ter instituído taxa específica para a coleta do lixo desde 2002, esses recursos não conseguiam abranger todos custos desse serviço e não havia margem para investimentos em melhorias.
Causa – Custos elevados do serviço de manejo de resíduos sólidos urbanos, especialmente na manutenção da empresa pública responsável pela coleta domiciliar.
Consequência - Baixa capacidade de investimentos, falta de recursos para outras atividades.
Ação - Extinção da empresa pública (CODECAR) e terceirização do serviço de coleta domiciliar
Implantação – 2016
Custo – R$ 1.272.000,00 ao ano
Indicadores - Custo da coleta por tonelada; Custo da coleta por mês.
Metas - Redução de 40% no custo da coleta domiciliar
Situação - Efetivado

Problema 04 - Cronograma de recolhimento do lixo orgânico indefinido
Causa – Falta de planejamento e gestão
Consequência - Acúmulo de lixo nas vias, descarte irregular e insatisfação da população
Ação - Mapeamento das rotas de coleta e divulgação clara do itinerário para a população; Monitoramento da coleta em sistema via GPS; Sistema de Zeladoria Urbana Participativa para reclamações da população sobre a coleta do lixo
Implantação – 2017
Custo – R$ 3.500,00 ao ano
Indicadores - Quantidade de divulgações nas rádios, jornal e internet; Rotas concluídas; Quantidade de reclamações sobre atrasos no recolhimento.
Metas - Redução de 40% no custo da coleta domiciliar
Situação – Efetivado

Eixo III – Operação do Aterro Sanitário
Problema 05 - Disposição inadequada dos resíduos no aterro sanitário com baixo nível de compactação
Causa – Operação ineficiente do aterro sanitário, falta de equipamentos e mão de obra.
Consequência - Diminuição Progressiva da Vida Útil do Aterro Sanitário
Ação - Terceirização da operação do aterro sanitário, com exigência de equipamentos e mão de obra de dedicação exclusiva
Implantação – 2016
Custo – R$ 676.550,00 ao ano
Indicadores - Duração das células do aterro sanitário (meses)
Metas - Ampliação do tempo de vida útil de 30% em cada célula
Situação - Efetivado

Problema 06 - Falta de estrutura do aterro sanitário
Causa – Falta de investimentos na disposição final de resíduos.
Consequência - Não quantificação dos resíduos por falta de balança, falta de monitoramento de possíveis contaminações, dificuldades aos trabalhadores por falta de cozinha, banheiros e vestiários.
Ação - Instalação de prédio administrativo, balança e poços de monitoramento de águas subterrâneas
Implantação – 2016
Custo – R$ 150.000,00
Indicadores - Estrutura básica do aterro sanitário
Metas - 100% da estrutura adequada à operação
Situação - Efetivado

Eixo IV – Coleta Seletiva com Inclusão de Catadores
Problema 07 - Insustentabilidade financeira da Cooperativa de Catadores do Município (COOPERAGIR)
Causa – Contrato insuficiente para cobrir os custos da cooperativa
Consequência - Diminuição da renda dos cooperados, deficiência na coleta, insatisfação e desmotivação da população em separar
Ação - Aumento do valor fixo do contrato com a cooperativa de catadores para cobrir os custos reais da atividade em contrapartida à exigência comprobatória de responsabilidades da Cooperagir quanto à eficiência do serviço e sua sanidade fiscal e administrativa, bem como todos os documentos referentes ao cooperativismo.
Implantação – 2017
Custo – R$ 324.000,00 ao ano
Indicadores - Relatório de receitas e despesas da cooperativa de catadores
Metas - Recurso do contrato custear 100% das atividades realizadas pela cooperativa de catadores
Situação - Efetivado

Problema 08 - Catadores informais atuando no município
Causa – Desemprego, insatisfação de catadores em associar-se na cooperativa existente, abrindo a possibilidade da criação da própria associação
Consequência - Redução do volume de material destinado à cooperativa de catadores existente, conflitos com vizinhança decorrentes das más condições do barracão.
Ação - Formalização da Associação e posterior contratação para prestar serviço em região delimitada do município, evitando conflitos de rota com a cooperativa existente
Implantação – 2019
Custo – R$ 240.000,00 ao ano
Indicadores - Número de catadores formalizados na associação
Metas - 100 % dos catadores formalizados na associação
Situação - Efetivado

Problema 09 - Elevado índice de rejeito na linha de triagem
Causa – Falta de padronização no acondicionamento do material reciclável a ser coletado
Consequência - Desvalorização do material reciclável, insalubridade da atividade, aumento da quantidade de recicláveis no aterro sanitário
Ação - Distribuição de sacos de ráfia para acondicionamento dos recicláveis acompanhado de campanha de educação ambiental para a população
Implantação – 2018
Custo – R$ 75.000,00
Indicadores - Número de sacos distribuídos; Taxa de rejeito.
Metas - Redução da taxa de rejeito para 15%
Situação - Em efetivação

Problema 10 - Acúmulo de rejeitos no barracão
Causa – Falta de logística para destinação do rejeito ao aterro sanitário diariamente
Consequência - Proliferação de vetores, geração de odor, más condições estéticas, contaminação do solo.
Ação - Aquisição de caminhão Roll On Roll Off e caçambas para destinação do rejeito
Implantação – 2019
Custo – R$ 300.000,00
Indicadores - Toneladas de rejeito no barracão
Metas - 100% do rejeito gerado destinado diariamente ao aterro sanitário
Situação – Efetivado

Problema 11 - Baixa taxa de recuperação de materiais como vidro e isopor
Causa – Baixo valor agregado na comercialização desses materiais
Consequência - Destinação dos materiais ao aterro sanitário diminuindo sua vida útil
Ação - Pagamento de Valor por Produtividade (VP) por tonelada de material processada e destinada para reciclagem
Implantação – 2019
Custo – R$ 312.000,00
Indicadores - Toneladas de Material Reciclável Comercializado
Metas - Destinação para reciclagem de 50% de todo o material potencialmente reciclável
Situação – Em efetivação


Problema 12 - Deficiência de armazenamento do resíduo reciclável e do material processado no barracão da Cooperagir
Causa – Barracão da Cooperagir subdimensionado para a atividade
Consequência - Perda de material pelas intempéries, risco de contaminação ambiental
Ação - Convênio com a ITAIPU Binacional para a ampliação e reforma do Barracão da Cooperagir
Implantação – 2020
Custo – R$ 632.390,66
Indicadores - Área útil do barracão
Metas - Ampliar o barracão para 1.000 metros quadrados
Situação – Em efetivação


Problema 13 - Falta de espaço próprio de trabalho para a associação de catadores (ACAN)
Causa – Falta de espaço próprio de trabalho para a associação de catadores (ACAN)
Consequência - Baixa rentabilidade da ACAN devido aos custos de aluguel de barracão
Ação - Convênio com o Instituto Águas Paraná do Governo do Estado para construção de barracão em área do município
Implantação – 2020
Custo – R$ 305.000,00
Indicadores - Área útil do barracão
Metas - Construção de barracão de 400 metros quadrados e adequação de mais 200 metros quadrados de barracão existente
Situação – Em efetivação

Problema 14 - Falta de local adequado para banheiros, vestíários e refeitório para a Cooperagir
Causa – Instalações atuais antigas e precárias
Consequência - Desconforto aos catadores por falta de local adequado para descanso e para as refeições
Ação - Convênio com a ITAIPU Binacional para construção de prédio administrativo com refeitório, vestiários e banheiros
Implantação – 2020
Custo – R$ 321.000,00
Indicadores - Área adequada de refeitório, vestiário e banheiros
Metas - Construção de barracão de 400 metros quadrados e adequação de mais 200 metros quadrados de barracão existente
Situação – Em efetivação

Problema 15 - Transporte manual de bags e fardos
Causa – Falta de equipamento para transportar os materiais
Consequência - Danos à saúde dos trabalhadores e baixa eficiência operacional
Ação - Aquisição de Empilhadeira à Combustão através de convênio com a ITAIPU Binacional e de esteira horizontal para produção de fardos de até 600 Kg só manejados com empilhadeira
Implantação – 2019
Custo – R$ 286.000,00
Indicadores - Transporte mecanizado de fardos e bags
Metas - Carregamento dos fardos 100% mecanizado
Situação – Efetivado

Problema 16 - Baixa eficiência operacional da triagem na ACAN
Causa – Falta de equipamentos para a ACAN (prensa, esteira, balança, etc)
Consequência - Atrelamento ao comprador que empresta a prensa, rendimentos baixos e danos à saúde dos trabalhadores
Ação - Convênio com o instituto Águas Paraná do Governo do Estado para recebimento de empilhadeira elétrica, balança, carrinhos de big-bag para a associação de catadores; Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição de esteira, prensas e triturador de vidro;
Implantação – 2020
Custo – R$ 434.000,00
Indicadores - Mecanização do processo
Metas - Utilização de equipamentos para triagem 100% próprios
Situação – Em efetivação

Problema 17 - Transporte irregular dos trabalhadores da Cooperagir no baú do caminhão da coleta no trajeto para o trabalho
Causa – Falta de veículo adequado para transporte devido à distância do barracão até nas residências dos cooperados
Consequência - Risco de acidentes e multas de trânsito.
Ação - Inscrição e premiação no Edital do "Reciclar Pelo Brasil" de logística reversa, proporcionando à cooperagir um convênio no qual o recurso para aquisição de um ônibus para transporte dos cooperados
Implantação – 2019
Custo – R$ 100.000,00
Indicadores - Transporte adequado
Metas - Todos os associados com transporte adequado para o barracão
Situação – Efetivado

Problema 18 - Quebra constante dos caminhões da coleta e grande frequência de descarregamento do material
Causa – Caminhão utilizado pela ACAN de baixa capacidade de carga e os caminhões utilizados pela Cooperagir com muitos anos de uso
Consequência - Interrupções na coleta por falhas mecânicas, dificuldade de cumprimentos dos roteiros nos dias do roteiro
Ação - Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição de 2 caminhões coletores e com o Instituto Aguas Paraná para a aquisição de 1 caminhão Baú;
Implantação – 2020
Custo – R$ 756.900,00
Indicadores - Rotas efetuadas
Metas - 100% das rotas efetuadas nos dias e horários corretos
Situação – Em efetivação

Problema 19 - Redução do volume de materiais destinados à reciclagem durante a pandemia
Causa – Quarentena do material, fechamento das atividades comerciais e redução do consumo
Consequência - Diminuição da renda dos catadores
Ação - Parceria da ACAN com a ITAIPU Binacional para auxílio eventual para compra de cestas básicas, EPIs, uniformes e aquisição de alimentos da feira do produtor rural. Também a ACAN distribui vales-feiras para os moradores que destinarem o resíduo corretamente, num projeto denominado de Ecopontos
Implantação – 2020
Custo – R$ 42.000,00
Indicadores - Quantidade de munícipes cadastrados no programa; Catadores beneficiados
Metas - 500 municípes receberão vouchers por doarem o seu material reciclável para a ACAN
Situação – Em efetivação

Problema 20 - Acúmulo de materiais recicláveis no centro da cidade
Causa – Concentração de comerciantes, lixeiras de baixa capacidade, baixa frequência de coleta
Consequência - Proliferação de catadores avulsos, espalhamento de material nas calçadas e vias, entupimentos de bueiros, criadouros de mosquitos vetores de doenças.
Ação - Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição e instalação de 225 contentores de 1.000 litros para coleta mecanizada em toda a área central da cidade.
Implantação – 2021
Custo – R$ 456.129,75
Indicadores - Percentual de quadras cobertas pelo serviço de coleta automatizado em relação à quantidade total de quadras da área central
Metas - Cobertura de 50% do centro da cidade com coleta conteinerizada
Situação – A efetivar

Eixo V – Ecoponto e Logística Reversa de Materiais

Problema 21 - Descarte irregular de entulhos, móveis, eletrônicos e resíduos diversos em beiras de estradas e lotes baldios
Causa – Falta de consciência dos moradores, falhas na divulgação do Ecoponto
Consequência - Danos ao meio ambiente, criação de vetores de doenças, custos elevados ao município para coleta e destinação.
Ação - Modernização do Ponto de Entrega Voluntária (ECOPONTO) para recebimento de diferentes tipos de materiais dos pequenos geradores. Ampliação dos horários de atendimento até as 19:00 e também aos sábados
Implantação – 2017
Custo – R$ 72.000,00
Indicadores - Quantidade de atendimentos no Ecoponto por mês
Metas - 600 atendimentos por mês
Situação – Efetivado

Problema 22 - Acúmulo de cerca de 50.000 lâmpadas fluorescentes inservíveis armazenadas no Parque de Exposições do município
Causa – Inexistência de responsabilidade da logística reversa pelas fabricantes para destinação do material
Consequência - Contaminação do solo por mercúrio, riscos de acidentes e inutilização de espaço no local de armazenamento
Ação - Através de ação conjunta entre o Grupo R-20, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (SEDEST) e o Ministério Público Estadual, o município notificou as fabricantes, as quais fizeram a destinação sem custos ao município.
Implantação – 2020
Custo – R$ 0,00
Indicadores - Quantidade de lâmpadas destinadas
Metas - 100% das lâmpadas armazenadas destinadas
Situação – Efetivado

Eixo VI – Ecoponto e Logística Reversa de Materiais

Problema 23 - Grande quantidade de material reciclável destinado ao aterro sanitário
Causa – Baixa adesão da população ao programa de coleta seletiva
Consequência - Encurtamento da vida útil do aterro sanitário, menor geração de renda para os catadores, aumento dos custos da operação do aterro.
Ação - Parceria entre a Secretaria de Agricultura e Política Ambiental e a Secretaria de Educação para implantação do projeto #PARTIURECICLAR dentro das ações do IV Prêmio Escola Sustentável. Nesse concurso foram escolhidos o jingle e o mascote da coleta seletiva, também desenhos, cartazes, fotografias, vídeo, dança, experiência pedagógicas dos professores e também ações dentro das famílias dos alunos.
Implantação – 2019
Custo – R$ 20.000,00
Indicadores - Quantidade de alunos envolvidos
Metas - 300 alunos envolvidos diretamente nas ações
Situação – Efetivado

Problema 24 - Material misturado ao reciclável pelos moradores
Causa – Falta de conscientização da população
Consequência - Desvalorização do material reciclável, insalubridade da atividade, aumento da quantidade de rejeito encaminhada ao aterro sanitário
Ação - Tanto com a COOPERAGIR quanto com a ACAN, o município tem no contrato a previsão de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), que é a remuneração para que os catadores participem e realizem ações de conscientização dos moradores. Podem ser palestras, distribuição de folderes, visitas nas centrais de triagem, etc.
Implantação – 2019
Custo – R$ 150.000,00 ao ano
Indicadores - Quantidade de ações realizadas, Taxa de rejeito
Metas - 2 ações de cada entidade por mês
Situação – Em efetivação

Eixo VII – Implantação de coleta de resíduos orgânicos e Pátio de Compostagem
Problema 25 - Destinação de todo o resíduo orgânico domiciliar ao aterro sanitário
Causa – Inexistência de coleta específica para resíduos orgânicos
Consequência - Geração elevada de chorume; custos elevados para operação do aterro;
Ação - Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição e instalação de 45 contentores de 240 litros num bairro piloto da cidade; aquisição de 200 lixeiras com balde removível para os moradores desse bairro e de caminhão específico para coleta mecanizada de orgânicos para o bairro e para grandes geradores cadastrados
Implantação – 2021
Custo – R$ 330.000,00 ao ano
Indicadores - Tonelada de material orgânico coletado por mês
Metas - Destinar 15 Ton/mês de material orgânico domiciliar
Situação – A efetivar

Problema 26 - Falta de reciclagem da matéria orgânica
Causa – Inexistência de pátio de compostagem em operação no município
Consequência - Não aproveitamento da fração orgânica do resíduo para utilização no horto municipal e no paisagismo. Custos elevados com fertilizantes.
Ação - Implantação de pátio de compostagem para aproveitamento dos resíduos provenientes da manutenção da arborização urbana e dos resíduos orgânicos da população de um bairro piloto
Implantação – 2021
Custo – R$ 345.800,00 ao ano
Indicadores - Quantidade de composto orgânico produzido (Ton/mês)
Metas - Geração de 22 Ton por mês de composto orgânico
Situação – A efetivar

Objetivos

Gerais:

Garantir a gestão eficiente do manejo e destinação dos resíduos sólidos em Marechal Cândido Rondon, dando sustentabilidade financeira, ambiental e social em todos as etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos.

Específicos:

Reduzir a quantidade de materiais recicláveis que são descartados no Aterro Sanitário, prolongando a sua vida útil; Evitar problemas de ordem sanitária e ambiental; Assegurar a saúde dos catadores através da implantação dos processos de coleta seletiva; Melhorar a limpeza na Cidade; Gerar renda pela comercialização dos recicláveis; Melhorar as condições de trabalho e de saúde dos catadores; Fazer a compostagem de parte da fração orgânica dos resíduos domiciliares. Conscientizar a população sobre a importância da destinação correta dos resíduos sólidos.

Metas a atingir:

Eliminação de 100% das falhas de gestão do processo; aprovar e colocar em prática a política municipal de resíduos sólidos; redução de 40% no custo da coleta domiciliar; divulgação bimestral sobre o itinerário de coleta; 100% das rotas contratadas realizadas;Redução de 50% das reclamações.
Ampliação do tempo de vida útil de 30% em cada célula; Aterro sanitário com 100% da estrutura adequada à operação; Recurso do contrato custear 100% das atividades realizadas pela cooperativa de catadores; 100 % dos catadores da ACAN formalizados na associação; Redução da taxa de rejeito para 15%; 100% do rejeito gerado destinado diariamente ao aterro sanitário; Destinação para reciclagem de 50% de todo o material potencialmente reciclável; Ampliar o barracão da Cooperagir para 1.000 metros quadrados; Construção de barracão de 400 metros quadrados e adequação de mais 200 metros quadrados de barracão existente; Construção de sede administrativa de 151 metros quadrados; Carregamento dos fardos 100% mecanizado na Cooperagir; Utilização de equipamentos 100% próprios para triagem; Todos os associados da Cooperagir com transporte adequado para o barracão;
100% das rotas efetuadas nos dias e horários corretos; 500 municípes com vouchers para troca por alimentos da feira do produtor por doarem o seu material reciclável para a ACAN; Cobertura de 50% do centro da cidade com coleta conteinerizada; 600 atendimentos por mês no Ecoponto; 100% das lâmpadas armazenadas no parque de exposições destinadas; 300 alunos envolvidos diretamente nas ações de educação ambiental; 2 ações de cada entidade de catadores por mês; Destinação de 30 Ton/mês de galho triturado para compostagem; destinação de 15 Ton/mês de material orgânico domiciliar; produção de 22 Ton por mês de composto orgânico.

Cronograma

Físico:

2015 - Centralização da gestão dos resíduos sólidos no município; Elaboração e aprovação da Política Municipal de Resíduos Sólidos (Lei 4.819/2015)
2016 - Extinção da empresa pública (CODECAR) e terceirização do serviço de coleta domiciliar; Terceirização da operação do aterro sanitário, com exigência de equipamentos e mão de obra de dedicação exclusiva; Instalação de prédio administrativo, balança e poços de monitoramento de águas subterrâneas.
2017 - Mapeamento das rotas de coleta e divulgação clara do itinerário para a população; Monitoramento da coleta em sistema via GPS; Sistema de Zeladoria Urbana Participativa para reclamações da população sobre a coleta do lixo; Aumento do valor fixo do contrato com a cooperativa de catadores para cobrir os custos reais da atividade; Modernização do Ponto de Entrega Voluntária (ECOPONTO) para recebimento de diferentes tipos de materiais dos pequenos geradores. Ampliação dos horários de atendimento até as 19:00 e também aos sábados.
2018 - Distribuição de sacos de ráfia para acondiconamento dos recicláveis acompanhado de campanha de educação ambiental para a população; Convênio com a Itaipu Binacional para aquisição de Triturador de galhos;
2019 - Formalização da Associação e posterior contratação para prestar serviço em região delimitada do município, evitando conflitos de rota com a cooperativa existente; Aquisição de caminhão Roll On Roll Off e caçambas para destinação do rejeito; Pagamento de Valor por Produtividade (VP) por tonelada de material processada e destinada para reciclagem; Aquisição de Empilhadeira à Combustão através de convênio com a ITAIPU Binacional e de esteira horizontal para produção de fardos de até 600 Kg só manejados com empilhadeira; Inscrição e premiação no Edital do "Reciclar Pelo Brasil" de logística reversa, proporcionando à cooperagir um convênio no qual o recurso para aquisição de um ônibus para transporte dos cooperados; Parceria entre a Secretaria de Agricultura e Política Ambiental e a Secretaria de Educação para implantação do projeto #PARTIURECICLAR dentro das ações do IV Prêmio Escola Sustentável. Nesse concurso foram escolhidos o dingle e o mascote da coleta seletiva, também desenhos, cartazes, fotografias, vídeo, dança, experiência pedagógicas dos professores e também ações dentro das famílias dos alunos.; Tanto com a COOPERAGIR quanto com a ACAN, o município tem no contrato a previsão de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), que é a remuneração para que os catadores participem e realizem ações de conscientização dos moradores. Podem ser palestras, distribuição de folderes, visitas nas centrais de triagem, etc.
2020 - Convênio com a ITAIPU Binacional para a ampliação e reforma do Barracão da Cooperagir; Convênio com o Instituto Águas Paraná do Governo do Estado para construção de barracão em área do município; Convênio com a ITAIPU Binacional para construção de prédio administrativo com refeitório, vestiários e banheiros; Convênio com o instituto Águas Paraná do Governo do Estado para recebimento de empilhadeira elétrica, balança, carrinhos de big-bag para a associação de catadores; Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição de esteira, prensas e triturador de vidro; Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição de 2 caminhões coletores e com o Instituto Aguas Paraná para a aquisição de 1 caminhão Baú; Parceria da ACAN com a ITAIPU Binacional para auxílio eventual para compra de cestas básicas, EPIs, uniformes e aquisição de alimentos da feira do produtor rural. Também a ACAN distribui vales-feiras para os moradores que destinarem o resíduo corretamente, num projeto denominado de Ecopontos; Através de ação conjunta entre o Grupo R-20, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (SEDEST) e o Ministério Público Estadual, o município notificou as fabricantes, as quais fizeram a destinação sem custos ao município.
2021 (previsto) - Convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a aquisição e instalação de 45 contentores de 240 litros num bairro piloto da cidade; aquisição de 200 lixeiras com balde removível para os moradores desse bairro e de caminhão específico para coleta mecanizada de orgânicos para o bairro e para grandes geradores cadastrados; Implantação de pátio de compostagem para aproveitamento dos resíduos provenientes da manutenção da arborização urbana e dos resíduos orgânicos da população de um bairro piloto.

Financeiro:

2015 - R$ 0,00 de investimento e custos dos contratos da época.
2016 - Investimento de R$ 150.000,00 mais o valor de custeio da coleta e operação do aterro sanitário (economia)
2017 - Investimento de R$ 75.500 mais o valor de contrato com a cooperagir (R$ 600.000,00)
2018 - Investimento de R$ 243.600,00 mais os valores dos contratos
2019 - Investimento de 706.000,00 mais os valores dos contratos. Incluindo contrato com a ACAN (R$ 240.000,00 ao ano)
2020 - Investimento de R$ 1.858.900,00 mais os valores dos contratos
2021(previsto) - Investimento de R$ 675.800,00 mais os valores dos contratos

Orçamento:

Recursos da Taxa de Lixo (2019): R$ 4.011.494,28
Convênio Itaipu Binacional: R$ 1.450.000,00
Convênio Águas Paraná: R$ 631.000,00
Convênio Ministério do Meio Ambiente: R$ 2.300.000,00
Total: R$ 8.392.494,28

Beneficiários Diretos:

Catadores de Materiais Recicláveis

Beneficiários Indiretos:

População em geral que recebe o serviço de coleta

Resultados:

Geração de emprego e renda para 65 catadores de materiais recicláveis
Aumento da quantidade de material coletado pelas associações de catadores de 12,11% em 2016 para 21,74% em 2019
Aumento da reciclagem efetiva dos materiais de 8,8% em 2016 para 15,52% em 2019
Diminuição do volume recolhido pela coleta convencional de 87,89% em 2016 para 78,26% em 2019
Redução do volume de material aterrado de 91,2% em 2016 para 84,48% e, 2019.

Anexos

Documentos Anexados:

Banco de Projetos