Banco de Projetos

Pequena Propriedade Rural Produtiva e Sustentável - Centro Avançado de Pesquisas

Ano / Edição: 2018
Município: Santa Helena
Função de Governo: Agricultura

Administração Indireta:

Prefeitura Municipal de Santa Helena

Diagnóstico

Historicamente a monocultura é predominante na região oeste do Paraná, o que é mais viável economicamente para propriedades de maior extensão. Em terras de pequenos produtores familiares a monocultura acaba não permitindo que as famílias se mantenham no campo, os filhos estudam e procuram emprego nas cidades e não retornam para a zona rural, os pais precisam contar com a sorte de tempo bom, equilibrado e sem intempéries para poder se manter, mas nem sempre isso acontece, então se veem obrigados a vender a propriedade e também ir para a cidade, ou, se tornam "caseiros" em fazendas.

Descrição

A viabilidade do projeto se deu com parceria, no ano de 2002, entre a Prefeitura Municipal de Santa Helena (PMSH), o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná) e a Itaipu Binacional (IB) por meio do programa Cultivando Água Boa. A PMSH disponibilizou uma área de 7 hectares e funcionários, a IB por meio de convênio consegue recurso para manutenção das atividades (compra de equipamentos, construções, etc.) e o IAPAR fornece os profissionais de pesquisa. Para o início o IAPAR estudou a área para saber em que locais implantar cada cultura e forneceu as mudas de boa procedência, principalmente frutíferas, mas em todos esses anos já foram testados cultivos também de pastagens e florestas nativas.

Objetivos

Gerais:

Comprovar que é possível reflorestar uma propriedade mantendo os 20% de mata nativa exigidos pelo Código Florestal e ainda ter renda extra no mesmo local;
Comprovar a viabilidade da vida no campo com a agricultura com mão de obra familiar e os benefícios da interação homem e natureza;
Diversificar as possibilidades de renda dentro da pequena propriedade rural (variedade de culturas);
Fomentar a agricultura orgânica;
Pesquisar se a pequena propriedade rural pode ser agronomicamente, economicamente e ambientalmente viável.

Específicos:

Gerar créditos de carbono com a implantação de culturas florestais;
Propiciar a maior interação entre o homem a fauna e a flora;
Melhorar a sensação térmica da propriedade;
Procurar utilizar preferencialmente adubos orgânicos;
Preferencialmente não utilizar defensivos agrícolas.

Metas a atingir:

Fornecer alimentos de qualidade para a merenda escolar por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
Agregar valor ao produto in natura;
Difundir as técnicas de cultivo consorciado;
Procurar difundir as ações para atrair industrias.

Cronograma

Físico:

Desde 2002 os partícipes foram desenvolvendo as atividades conforme necessário para obter resultados. Até então vários experimentos foram desenvolvidos como: 20 variedades de Citrus; 05 de Goiaba; 08 de Parreira; 10 de Abacate; 06 de Manga; 03 de Acerola; 02 de Abacaxi e 02 de Maracujá, além de projetos paralelos, como: Palmito Pupunha; Palmito Palmeira real; Seringueira x Palmito Pupunha; Seringueira x Café e Seringueira x Pastagem.

Financeiro:

Atualmente, o que era projeto foi transformado em programa, por isso a PMSH possui dotação orçamentária específica para manutenção e aquisição de bens móveis e equipamentos para o Centro Avançado de Pesquisa.

Orçamento:

No início do projeto a IB e o IAPAR desprenderam mais recursos para implementação das ações, pois o município já havia cedido a área, as mudas e os técnicos foram do IAPAR, e a IB auxiliou por meio de convênio para a construção da unidade administrativa, posteriormente para dar andamento aí os recursos foram despendidos pelo município.

Beneficiários Diretos:

O CAP atualmente é o emprego de 5 pessoas terceirizadas pelo município, que ainda tem como gestor da unidade um técnico agrícola concursado. O local recebe cursos, treinamentos e visitas.
A rede escolar municipal foi beneficiada com frutas in natura e polpa de fruta para fazer suco natural que são oferecidos na merenda.

Beneficiários Indiretos:

Os beneficiários indiretos são inúmeros, pois o local é visitado por comitivas brasileiras e estrangeiras, além de toda a região oeste, que nos buscam para saber como implementar projetos parecidos.

Resultados:

600 m² de Acerola (em torno de 50 plantas) produzem em média 2000 kg por safra (entre setembro e abril) que se for vendido in natura a fruta vale em torno de R$3,10;kg gerando renda de R$6,200 e se for produzida polpa o valor comercializado é de R$8,00/kg, então a renda bruta sobe para R$16.000,00
Enquanto em 600 m² de Soja produzem em média 5 Sacas de 60 kg/safra que vendidas no valor atual de R$80,00 geram renda de R$400,00

800 m² de Goiaba - 3,300 kg = R$ 6.600,00
800 m² de Soja - 6 Sacas = R$ 480,00

Anexos

Documentos Anexados:

Banco de Projetos