Já foram atendidos 58 pacientes, com idades entre 3 e 73 anos

Para oferecer alternativas terapêuticas seguras e eficazes para pacientes com condições clínicas de Epilepsia Refratária e Transtorno do Espectro Autista (TEA), o município de Mandaguari, no Norte Central do Paraná, criou o projeto Cannabis no SUS: Saúde em Mandaguari. Desde o início da dispensação de produtos à base de cannabis medicinal, a cidade atendeu 58 pacientes, com idades entre 3 e 73 anos. Entre eles, 43  tinham diagnóstico de TEA e 15 de Epilepsia Refratária.

A iniciativa foi criada para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que não apresentavam os resultados esperados com tratamentos convencionais. Diante do alto custo dos produtos à base de cannabis medicinal e da ausência de regulamentação local, foi elaborado um protocolo institucional para ofertá-los de forma gratuita. O Secretário Municipal de Saúde, Ademilson Gregório Machado, reforçou os resultados: “No início, acreditávamos que teríamos um resultado maior em relação às crianças de grau 3 do TEA, mas todas as crianças que os médicos prescrevem, têm resultados com esse tratamento”.

Márcia Fernandes, beneficiária do programa, comentou que o uso do canabidiol foi um divisor de águas na vida de sua família e que o projeto precisa ser mais divulgado: “O projeto só veio a somar, eu já uso canabidiol há quase oito anos no meu filho. Então, me ajudou muito financeiramente, porque a medicação é bem cara. O canabidiol é um divisor de água nas nossas vidas, trouxe qualidade de vida para todos nós. Tem que ser mais divulgado, porque ainda existe aquele preconceito, principalmente com as pessoas de mais de idade, até eles assimilarem que é uma medicação, que só traz benefícios. Teria que ser estendido em todas as cidades, porque ele só traz benefícios”.

Os medicamentos são adquiridos por meio de licitação, garantindo qualidade e conformidade com a legislação vigente. A dispensação é feita pela Farmácia Municipal, sob controle farmacêutico com orientação individualizada sobre o uso, efeitos adversos e necessidade de seguimento clínico. O cuidado integral é assegurado por acompanhamento multiprofissional, com consultas regulares, monitoramento laboratorial e avaliação clínica e farmacêutica contínua. O custo anual para a manutenção do projeto é de R$ 600 mil. 

Os bons resultados fizeram com que o projeto conquistasse o Troféu de 1º lugar de Saúde. Para a prefeita de Mandaguari, Ivoneia Andrade Aparecido Furtado, é uma alegria receber o prêmio, pois é uma prova de que é possível fazer cada vez mais pela população. “É com muita alegria que a gente vê esses caminhos sendo abertos, cuidando das nossas crianças que têm TEA e epilepsia severa. Então, é com muita alegria que a gente vê que o pessoal do estado tem dado essa ênfase, esse carinho e atenção para nós que estamos ali, perto da população, e mostrando que a gente pode fazer cada vez mais.”

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