A cobertura vegetal paranaense encontra-se fragmentada e reduzida. A situação compromete o meio ambiente, gerando florestas alteradas e empobrecidas.
Para minimizar esses danos, a área de proteção Corredor de Biodiversidade foi desenvolvida pela administração de Santa Terezinha de Itaipu e recebeu troféu Prêmio Gestor Público neste 3º PGP-PR.
Em área próxima à fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, a ação permite que haja troca de material genético entre diferentes populações naturais que integram os ecossistemas. A longo prazo, a conservação da biodiversidade na região será favorecida.
Essa iniciativa premiada tem como objetivo estabelecer ligação entre áreas naturais que acabaram isoladas com a destruição das florestas originais na região fronteiriça. Iniciada em 2003, ela agora começa a se tornar realidade e está permitindo a dispersão dos genes da fauna e da flora.
Passos
No início do projeto, foi necessário reconstituir a ligação verde entre a faixa de proteção do reservatório da Itaipu e o Parque Nacional do Iguaçu, nos municípios de Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu. Além disso, a primeira cidade recebeu área de terra denominada “Corredor da Biodiversidade Santa Maria” para estabelecer a ação dentro da Fazenda Santa Maria.
A instituição desse corredor se dá por meio da recuperação das matas ciliares e do saneamento ambiental das propriedades ao redor. Os trabalhos também contaram com construção de cercas de divisa, recuperação florestal e plantio de mudas nativas da região.
Ligação
O objetivo da iniciativa é criar uma ligação biológica entre a faixa de preservação do Lago de Itaipu com o Parque Nacional do Iguaçu, passando pela Reserva Particular do Patrimônio Natural Santa Maria. Dessa maneira, as condições para o fluxo de genes e o movimento da diversidade são possíveis, facilitando a dispersão de espécies e a reocupação de áreas degradadas.
A região do Corredor permite que a biodiversidade seja deslocada, promovendo a recomposição natural e beneficiando todo o ecossistema local.