Projeto EstudAr é produzido por professores voluntários da Rede Municipal de Ensino
Para melhorar o processo de aprendizagem dos alunos que estão no Ensino Fundamental, o município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, desenvolveu um material didático autônomo para crianças dos 4º e 5º anos. As apostilas do projeto EstudAr – Material Estruturado Para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental são desenvolvidas pelos professores da Rede Municipal, que compreendem a necessidade das crianças e também reforçam a cultura da cidade nas páginas do material.
A iniciativa foi desenvolvida porque, até então, o único material de apoio aos professores eram as apostilas do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), fornecidas pelo Governo Federal. A outra possibilidade para solucionar essa carência era a compra de materiais didáticos de alguma editora, mas a Secretaria de Educação entendeu que esses livros não contemplariam o referencial curricular da cidade. Por isso, em 2021, o projeto EstudAr deu os primeiros passos na produção de apostilas de autoria própria.
Em 2022, o projeto beneficiou 4550 alunos da Rede Municipal. Isso só foi possível graças ao envolvimento voluntário de dez professores. “Eu percebo um sentimento de muita dedicação e comprometimento com esse trabalho, justamente por acreditar que é um material que vai fazer uma diferença grande. O que eu pontuo com bastante ênfase é a questão dele ser preparado e produzido por profissionais da própria rede, que conhecem a nossa realidade, que têm essa prática de sala de aula. Essa vivência deles é muito importante, o material foi todo desenhado e pensado em Araucária!”, explica a professora da Rede Municipal e coordenadora do EducAr, Elisa Daniele de Andrade.
Outro diferencial da iniciativa é o cuidado com o dinheiro público. Antes de ser impresso, o material foi utilizado de forma digital pelos professores, para reduzir o número de erros. Em 2023, o projeto terá o seu primeiro custo: a impressão de 3 mil apostilas já avaliadas pelos professores, que custarão R$ 1,5 milhão. Como os educadores trabalham de forma voluntária na elaboração do conteúdo, não foi desembolsado nenhum valor para esse fim.
Os alunos ainda aproveitam os materiais destacáveis da apostila (jogos educativos, notinhas de dinheiro, entre outros). Esse é mais um benefício para as crianças que vivem em situação de vulnerabilidade. Em 2023, o projeto será ampliado, já que os professores desenvolverão o material didático para os estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental.
Os bons resultados garantiram ao projeto o Troféu PGP-PR 2022, uma das premiações mais importantes desse segmento no país.
Mais informações sobre esse projeto e sobre outras iniciativas premiadas no PGP-PR, você encontra no nosso Banco de Projetos.