Banco de Projetos

USO DA TECNOLOGIA E DA EDUCAÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO EM UM HOSPITAL DO SUS

Ano / Edição: 2016
Município: Curitiba
Função de Governo: Administração

Administração Indireta:

Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba - Feaes

Diagnóstico

O relatório “Errar é Humano: Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro” (To Err is Human: Building a Safer Health System), publicado pelo Institute of Medicine em 1999, impulsionou discussões relacionadas à redução de eventos adversos nos serviços de saúde. Estimou que entre os eventos ocorridos nos ambientes assistenciais, cada paciente internado está sujeito, em média, a um erro de medicação por dia (KOHN, CORRIGAN, DONALDSON, 1999).
Os erros de medicação podem ocorrer em qualquer etapa no ciclo do medicamento: prescrição, transcrição, dispensação, preparo e administração, sendo que esse último corresponde a 34% dos equívocos, a maioria preveníveis (FLYNN, BARKER, BARKER, 2010; MARINI, HASMAN, 2009).
A administração de medicamentos é a última barreira para evitar que o erro de medicação acometa o paciente. Neste sentido, é necessário a implementação de ações que melhorem esse processo e o torne mais seguro. Dentre as estratégias aplicadas para a redução de agravos relacionados a erros na administração de medicamentos destaca-se a informatização dos processos de prescrição, dispensação e administração.

Descrição

Características do Processo Adotado
O Hiza integra a rede de atenção à saúde especializada de Curitiba e é administrado pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba – Feaes desde 2012. Sua estrutura é composta por 134 leitos, distribuídos entre quatro Unidades de Internação (UI), duas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), uma Observação/Emergência, um Centro Cirúrgico e o Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT). O processo de informatização do Hospital iniciou antes mesmo de sua inauguração, ainda em 2011, quando foram concebidos os processos assistenciais e realizadas a parametrização e aderência do sistema de gestão hospitalar.
Para a implantação da nova tecnologia na rotina de assistência aos pacientes, permitindo o aprendizado prático, a experimentação, verificação, aferição de vantagens, das limitações e da aplicabilidade, foi necessária a definição de um ambiente controlado e com equipe com perfil inovador, onde se optou pela implantação da checagem eletrônica beira-leito na UI 2, em julho de 2015.
O processo de checagem eletrônica beira-leito, foi implantado com intuito de melhorar a segurança na administração de medicamentos, facilitar o acesso às informações do paciente em tempo real, garantir a rastreabilidade em todo ciclo da medicação, melhorar o controle do horário de administração de medicamentos e tornar o processo mais sustentável com a diminuição da impressão de papel.
Para a implantação da checagem eletrônica beira-leito foram necessárias algumas adequações no ciclo de medicação, a saber: etiquetagem das soluções parenterais de grande volume, diluentes e reconstituintes e gerenciamento dos medicamentos trazidos pelos usuários, desde a entrada no sistema até a dispensação.
O processo de trabalho da equipe de enfermagem também sofreu modificações. O preparo das medicações, antes realizado no próprio posto de enfermagem, passou a ser feito à beira do leito diante do paciente e do acompanhante. Para isso, foram disponibilizados no setor cinco carros de checagem beira leito com todo equipamento necessário para a bipagem das medicações, que consiste em notebook e leitor de código de barras.
A farmácia, a enfermagem e a Tecnologia da Informação (TI) realizaram em conjunto a capacitação da equipe do setor acerca da nova ferramenta de checagem de medicamentos. Para isso, a coordenação de enfermagem organizou uma escala de trabalho alternativa, de forma que um técnico de enfermagem permanecesse responsável por quatro leitos.
A TI elaborou um relatório de monitoramento diário do processo, com o percentual das medicações checadas pelas equipes no novo sistema, considerando os turnos e quais funcionários realizavam, o que permitiu que ações pontuais fossem desenvolvidas para a adequação da nova ferramenta e adaptação das equipes ao novo modelo de checagem. A emissão deste relatório oportunizou à coordenação de enfermagem analisar qual equipe apresentava maior dificuldade ou facilidade no uso do sistema, assim como identificar situações pontuais de cada funcionário, permitindo seu aprimoramento e intervenções por meio de educação.
A implantação do projeto partiu do conceito de dupla-checagem, que consiste na conferência de um dado procedimento pelo mesmo profissional duas vezes, ou por dois profissionais, visando à diminuição da ocorrência de eventos adversos decorrentes de falhas no processo de administração dos medicamentos. Para sua efetivação, foi realizada a análise do processo e da especificação das características que deveriam ser disponibilizadas através do sistema informatizado do Hiza.
Na execução do processo de checagem eletrônica, a equipe de tecnologia da informação da Fundação disponibilizou uma rede sem fio (Wi-Fi), exclusiva para uso dos computadores da UI 2.
Para garantir a mobilidade, além da rede sem fio, foram instalados cinco notebooks com leitores de código de barras em cinco carrinhos de medicação (um para cada técnico de enfermagem).
O processo de administração de medicamentos à beira-leito se dá em seis etapas:
1. Identificação do profissional: realizada por meio de usuário e senha, pessoal e intrasferível;
2. Identificação do paciente: leitura do código de barras da pulseira de identificação do paciente;
3. Conferência dos dados do paciente: confirmação dos dados de identificação do paciente por meio das informações apresentadas pelo sistema (nome completo, número do atendimento, médico responsável, sexo, data de nascimento, idade e data de internação);
4. Horário pendente: seleção do horário de administração com medicamentos pendentes;
5. Conferência dos medicamentos: leitura do código de barras da etiqueta do medicamento dispensado pela farmácia:
5.1. Medicamentos fracionados: os medicamentos fracionados são identificados individualmente pela Farmácia, permitindo o rastreamento através de informações lote/fornecedor, sendo dispensados vinculados ao paciente;
5.2. Medicamentos multidose: as embalagens de medicamentos multidose são identificadas pela farmácia com o mesmo conceito de rastreabilidade dos medicamentos fracionados, porém, são dispensados para a UI e a administração considera apenas a dose prescrita pelo médico.
6. Confirmação da administração: depois de conferidos os medicamentos, conforme descrito na etapa anterior, o sistema habilita a opção para confirmação da administração, realizando a baixa do horário/medicamento da lista de horários pendentes (item 4).
Para a implementação da solução tecnológica foi necessário o desenvolvimento de ações de educação, como descrito a seguir.

Educação como Apoio à Iniciativa Implementada
O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da Feaes desenvolve ações educacionais que integram a pesquisa (teoria) e a prática, buscando o desenvolvimento das competências gerencial, humana e técnica, para a constituição de equipes de alta performance, que garantam uma atenção à saúde qualificada, humanizada e segura.
A Educação Permanente (EP) do IEP fundamenta-se nos quatro pilares da educação: ser, fazer, conviver e conhecer. Subsidia todas as unidades da Fundação no desenvolvimento das ações de educação.
A educação em serviço (ES) é compreendida como uma modalidade de educação que é realizada no ambiente de trabalho, voltando-se para uma instituição específica (KURCGANT, 1993). Esta se destaca em quatro áreas: na orientação ou introdução ao trabalho; no treinamento; na atualização; e no aperfeiçoamento, aprimoramento ou desenvolvimento (PASCHOAL, MANTOVANI, MEIER; 2007).
Ações de ES devem ser constantemente realizadas nas instituições de saúde, pois esta modalidade de educação possibilita a resolutividade de problemas enfrentados no cotidiano da prática profissional e propicia a reflexão e modificação da práxis (FARAH, 2003). Um dos motivos para esta afirmação é o fato do setor de saúde passar por transformações contínuas, seja pela mudança de processos de trabalho ou pela inserção de novas tecnologias.
Também precisamos considerar que apenas as intuições formadoras de profissionais de saúde não são suficientes para a concepção de trabalhadores com habilidades e competências nas dimensões técnica, humana e gerencial, desta forma o serviço de saúde deve fornecer subsídios para que os profissionais de saúde estejam capacitados e adequados às políticas da instituição e, sobretudo as políticas públicas de saúde do País (FARAH, 2003). Neste contexto, a ES foi a estratégia adotada pela equipe do Hiza para operacionalizar a implantação da nova ferramenta.
As atividades foram planejadas para todos os turnos de plantão (matutino, vespertino e noturno) da UI e tiveram como objetivos: introduzir a equipe de enfermagem ao novo método de trabalho; promover a atualização e o desenvolvimento profissional; e instaurar a melhoria dos processos de trabalho com foco na qualidade e na segurança do paciente.
Considera-se que a implantação da checagem beira- leito transformou o processo de trabalho da equipe de enfermagem, tornando-a significativa na etapa de administração dos medicamentos.
Apresenta-se abaixo uma síntese das atividades e dos recursos utilizados:
1. Oficinas: As oficinas foram realizadas com enfermeiros e técnicos de enfermagem. Utilizou-se a metodologia ativa da Problematização, aplicando-se o Arco de Maguerez. Foram pontuadas as fragilidades e potencialidades do uso da checagem beira-leito e como esta ferramenta propicia a promoção da qualidade do cuidado e a segurança do paciente.
2. Reuniões: As reuniões tiveram por objetivo informar as equipes sobre o motivo da implementação da checagem beira- leito.
3. Atividade in loco: Acompanhamento individual de todo o processo com a equipe, procurando verificar as potencialidades, verificando dificuldades e ajustando os processos. Foi evidenciado com a equipe o percentual de checagem beira-leito para elucidar aos envolvidos o desenvolvimento do novo processo.

Objetivos

Gerais:

Objetivo do presente estudo é relatar a experiência de um hospital público de média complexidade na implantação da checagem eletrônica beira-leito
A checagem eletrônica beira-leito tem por objetivos gerais:
a. Potencializar a segurança do paciente no momento da execução do procedimento;
b. Possibilitar que o preparo e a administração dos medicamentos sigam às recomendações previstas em diretrizes nacionais (ANVISA, 2013), sobretudo no que tange aos nove certos para a administração segura de medicamentos (paciente certo, horário certo, medicação certa, dose certa, via certa, resposta certa, registro certo, forma farmacêutica certa e resposta certa);
c. Estabelecer maior qualidade e segurança no trabalho dos profissionais de saúde.

Específicos:

São objetivos específicos:
a. Melhorar a segurança na administração de medicamentos;
b. Assegurar a dupla de checagem;
c. Garantir a rastreabilidade em todo o processo (circuito fechado da administração de medicamentos);
d. Diminuir o desperdício de medicamentos;
e. Melhorar o controle do horário de administração de medicamentos e omissão de doses;
f. Diminuir a impressão de papel;
g. Otimizar as atividades diárias dos profissionais de saúde, principalmente dos técnicos de enfermagem;
h. Melhorar a organização de tarefas e processos de trabalho;
i. Sensibilizar os profissionais de saúde por meio de atividades de educação em serviço;
j. Integrar diferentes áreas da instituição (farmácia, enfermagem, serviço de qualidade e tecnologia da informação);
k. Validar o circuito fechado da administração de medicamentos para expansão às demais unidades de internação.

Metas a atingir:

São metas deste projeto:
a. Disponibilizar infraestrutura de TI;
b. Implantar ferramenta eletrônica de checagem eletrônica;
c. Capacitar equipes envolvidas;
d. Sensibilizar profissionais de saúde em relação aos nove certos para a administração segura de medicamentos (paciente certo, horário certo, medicação certa, dose certa, via certa, resposta certa, registro certo, forma farmacêutica certa e resposta certa);
e. Adequar os processos de trabalho da Farmácia e Unidade de Internação ao circuito fechado da administração de medicamentos;
f. Realizar o fracionamento das soluções parenterais de grande volume diluentes e reconstituintes;
g. Gerenciar e fracionar os medicamentos trazidos pelos usuários; e
h. Realizar a checagem eletrônica à beira-leito de todos os medicamentos administrados nos pacientes internados na UI 2.

Cronograma

Físico:

A seguir é apresentado o cronograma de implantação da estratégia descrita neste relato:
Maio a Junho/2015: Definição do processo e parametrização do sistema.
Julho/2015: Capacitação das equipes.
Agosto/2015: Implementação do projeto na unidade de internação e acompanhamento.
Outubro/2015: Início da checagem beira-leito de medicamentos multidose e do usuário.

Financeiro:

Entre junho de 2015 e dezembro de 2016 serão realizadas despesas de custeio no valor mensal de R$ 684,84 (seiscentos e oitenta e quatro reais e oitenta e quatro centavos), referente à locação de seis notebooks instalados na UI 2, executados em contrato vigente entre a Feaes e empresa especializada.

Orçamento:

Neste projeto piloto, serão investidos R$ 12.327,12 (doze mil e trezentos e vinte e sete reais e doze centavos), referente às despesas de locação dos notebooks instalados na UI 2, executados em contrato vigente entre a Feaes e empresa especializada.
Os demais equipamentos utilizados no projeto piloto já existiam no Hiza, sendo que seus custos não foram contabilizados.
Para implantação da checagem eletrônica beira-leito nas demais unidades de internação e CTI é necessário um kit de checagem por técnico de enfermagem, que consiste em carro de medicação, notebook, leitor de código de barras e mouse, considerando o dimensionamento por turno abaixo:
a. 05 técnicos na Unidade de Internação 01;
b. 05 técnicos na Unidade de Internação 02 e Saúde Mental;
c. 06 técnicos na Unidade de Internação 03;
d. 08 técnicos por turno na Unidade de Internação 04;
e. 10 técnicos no CTI;
f. Na emergência serão dimensionados dois kits.
Para montagem destes kits será necessário realizar o seguinte investimento (incluindo reserva técnica):
Carro de medicação (40 unidades, R$ 3.210,00/unidade): R$ 128.400,00
Leitor de código de barras (50 unidades, R$ 2.145,89/unidade): R$ 107.294,50
Notebook e mouse - locação por dois anos - (36 unidades, R$ 2.739,36): R$ 98.616,96
TOTAL: R$ 334.311,46

Beneficiários Diretos:

São beneficiários diretos deste projeto: os usuários do SUS, internados no Hospital do Idoso Zilda Arns. Afinal, além de potencializar a melhoria da qualidade da atenção à saúde, o processo de checagem eletrônica beira-leito reduz significativamente o risco de falhas associadas à administração de medicamentos.

Beneficiários Indiretos:

A equipe de Enfermagem do Hospital do Idoso Zilda Arns é beneficiária indireta deste projeto, pois a implantação da ferramenta eletrônica de checagem beira-leito, apresenta-se como barreira de segurança na administração de medicamentos, reduzindo o risco de falhas neste processo.

Resultados:

O processo de checagem realizado com a ferramenta adotada consiste na identificação eletrônica do paciente por meio do escaneamento do código de barras da sua pulseira, colocada na ocasião da internação, que contém: nome completo, data de nascimento e número do atendimento.
Também é feito o escaneamento dos medicamentos prescritos e dispensados pela Unidade de Suporte Farmacêutico (USF) da seguinte forma:
a. Cada técnico de enfermagem dispõe de um carro de medicação contendo um notebook e um leitor de código de barras;
b. Após o recebimento do medicamento na UI, o técnico de enfermagem acondiciona o mesmo na gaveta do paciente, no carro de medicação;
c. No horário da administração do medicamento, o técnico se dirige com o carro de medicação até a beira do leito, realiza o login no sistema, inserindo a senha, abrindo a tela de administração;
d. Nesse momento, é necessário escanear o código de barras da pulseira do paciente;
e. Confirmado o paciente certo, é necessário selecionar o horário de administração. Desse modo, abrirá uma tela com os medicamentos prescritos para o horário, contendo a dose, a diluição e outras informações
f. Os medicamentos são escaneados pelo código de barras e se corretos mudam para a cor verde no sistema, garantindo o controle visual do processo;
g. Havendo divergência nos dados do medicamento, lote ou horário o sistema emite alerta, impedindo a checagem eletrônica do item;
h. O técnico de enfermagem prepara o medicamento no carro de administração seguindo a dose e a via de administração de acordo com o descrito na prescrição;
i. O técnico finaliza o processo, administrando o medicamento no paciente, conforme orientações disponíveis na tela do sistema (quantidade, unidade de medida, via de aplicação, justificativa, observações e diluição).
A implantação do circuito fechado da administração de medicamentos (closed loop medication administration), associado à outras iniciativas em relação ao modelo de adoção do Prontuário Eletrônico do Paciente (EMRAM – Eletronic Record Adoption Model), tais como:
a. Informatização dos sistemas clínicos-departamentais LIS (laboratório), PhIS (farmácia), PACS e RIS (radiologia) sendo que todos exames de imagem que são 100% digitais (nenhum filme é utilizado neste processo), ambos integrados ao prontuário;
b. Informatização da SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem);
c. Informatização de protocolos clínicos;
d. Registro eletrônico de sinais vitais, evoluções, anotações, escalas e índices, etc;
e. Registro eletrônico das prescrições médicas (e‐Prescribing) e outras solicitações (CPOE ‐ Computerized Practitioner Order Entry);
f. Sistema de apoio à decisão clínica (CDSS - clinical decision support system), incluindo alertas medicamento/medicamento, medicamento/alimento, alergias, duplicidades, etc;
g. Registro eletrônico da administração de medicamentos (eMAR ‐ electronic medication administration record);
permitiram que o Hiza fosse reconhecido internacionalmente pela Healthcare Information and Management Systems Society Analytics (HIMSS), com a premiação Nível 6 do Modelo de Adoção de Prontuário Médico Eletrônico (EMRAM), durante a conferência HIMSS Latin America Conference and Exhibition, realizada nos dias 4 e 5 de novembro de 2015, na cidade de São Paulo.
O Hiza é a primeira instituição 100% SUS do Brasil e a única da região Sul a atingir o nível 6 da escala de avaliação da HIMSS, sendo que apenas outros seis hospitais em todo o Brasil compartilham a mesma posição.
O modelo EMRAM preconiza a adoção progressiva de algumas tecnologias que suportam o processo assistencial, definindo 8 estágios evolutivos, do 0 ao 7, e com requisitos específicos que os hospitais devem atender para conquistar a classificação de cada estágio.
Basicamente, um hospital estágio 0 não possui nenhum tipo de sistema ou tecnologia que dê apoio à assistência ao paciente, enquanto uma instituição estágio 7 é um hospital digital, com intenso e amplo uso de tecnologias que dão suporte à assistência clínica e ao cuidado do paciente.

Anexos

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