Banco de Projetos

Condomínios Industriais - de “Cidade dormitório” e se transformar em “Terra de oportunidades”.

Ano / Edição: 2016
Município: Fazenda Rio Grande
Função de Governo: Trabalho

Diagnóstico

No segundo mandato da antiga gestão entre 2005 e 2008, com a saída das empresas Woodgreen – (beneficiadora de madeiras), Nobel Industrial – (fabricação de cabos de vassouras) e o fechamento da Leather Textil Brazil – (couro e têxtil para bancos automobilísticos), percebeu-se a necessidade de desenvolveu um plano de ação, para a atração de novas empresas e geração empregos dentro do próprio município. Para deixarmos de ser uma “Cidade dormitório” e se transformar em “Terra de oportunidades”.
Com a falta de credibilidade e investimentos, cada vez mais foi dificultando a negociação com novos empresários a instalar-se no município e os que aqui estavam fecharam as portas ou foram para outras cidades em busca de desenvolvimento, isso nos incluiu no G100, uma das cinco cidades do Estado do Paraná a fazerem parte deste ranking por falta de desenvolvimento em diversas áreas, faltava-se emprego, não girava o dinheiro no comercio como consequência não possuíamos uma arrecadação para suprir educação, saúde e segurança.
Observando-se que os condomínios residenciais tinham o intuito de trazer o crescimento populacional, acreditou-se que, para avançar no desenvolvimento, crescimento econômico e geração de emprego, era necessário trazer as empresas, para isso identificou-se grande áreas agrícolas ociosas, algumas localizadas no setor industrial norte, com potencial para desenvolver condomínios empresariais.
O trâmite de desenvolvimento da ideia aconteceu no início de 2009, com o ex-prefeito Francisco Luís dos Santos (Chico Santos), juntamente com o vereador Márcio Cláudio Wozniack - (atual prefeito da gestão de 2013 - 2016), que na época era líder do Prefeito na Câmara, ambos compartilhavam da mesma visão política, discutiram e decidiram pela implantação do projeto – Condomínios Industriais – de “Cidade Dormitório” para “Terra de Oportunidade”, com o apoio dos Secretários, Diretores Municipais e da Câmara de Vereadores.

Descrição

Através de articulações feitas entre o Secretário de Desenvolvimento Econômico o Sr. Elói Kuhn, empreendedoras do ramo imobiliário e proprietários de terras, foram possíveis viabilizar a concretização do projeto.
Alguns proprietários de terras optaram pela venda de suas propriedades a grupos de investidores, outros apostaram na ideia e associaram-se a empreendimentos imobiliários para a implementação de lotes industriais a serem vendidos e alugados para micro, pequenas, média e grande empresas.
Apostando nos investidores a Prefeitura oferece como contra partida o tempo, pois quando se trata de desapropriação, fala-se em anos e no caso do terreno ser de um particular, o desenvolvimento aconteceu em um tempo muito menor. A Prefeitura participou em um primeiro momento somente com a ideia de viabilizar o contato dos proprietários destas terras com os investidores e apresentado a proposta de como deveria ser a implantação do Condomínio Empresarial - (grandes áreas empresárias), com infraestrutura para atender as empresas que buscarem Fazenda Rio Grande para suas instalações, também regulamentou com os investidores a modificação da Lei nº 08/2006, que passou a ter a Lei complementar que acrescentou Artigo 20 da Lei nº 49/2012, (anexo 01), garantindo todo o aspecto de um Condomínio Empresarial, com portaria, segurança, asfalto, luz, água e estacionamento, sendo uma INOVAÇÃO na região metropolitana de Curitiba.
Lembrando que Fazenda Rio Grande é uma cidade jovem, tem apenas 26 anos, e até pouco tempo sua principal atividade econômica era a agricultura, extração de argila e areia.
Posteriormente a idealização da primeira fase do projeto, que era atrair os investidores e despertar o interesse em criar os Condomínios Empresariais dentro da proposta de lei citada acima, O Prefeito juntamente com a sua equipe inicia fase que é atrair as Empresa para instalar-se no Município, através de Decretos individuais, a viabilização de incentivos – (como: IPTU, ITBI, ISSQN pelo prazo de 05 a 08 anos) para as empresas que buscarem se instalar nos condomínios. Anexos (02,03 e 04).
Com a instalação de algumas empresas nos Condomínios Industriais, a realidade da cidade começou a mudar, com a promessa de uma terra de oportunidades grandes empresas instalaram-se dentro e fora dos condomínios gerando muitos empregos e propiciando o desenvolvimento da cidade, conseguiu propor uma melhor qualidade de vida aos seus moradores, reduzindo significativamente o número de trabalhadores que deixam o município todos os dias para trabalharem nas cidades vizinhas, aqueceu o comercio, causando grande impactos econômicos, e gerando um ICMS superior a 12 milhões de reais, com projeção para 2017 de 30 milhões, com a chegada de novas empresa apesar da crise que o país enfrenta, deixou de fazer parte do G100, em 2015, o grupo que classifica os 100 piores municípios para se viver.
Com a expansão de Condomínios Empresariais, Fazenda Rio Grande também chamou a atenção de grandes Empresas, uma delas foi à japonesa que fabrica pneus – Sumitomo. Iniciou suas atividades no município em 2012, e nos dias atuais possuí 1200 funcionários e tem o propósito de gerar 3 mil empregos diretos até 2020, com sua vinda trouxe mais empresas de pequeno porte. Aproveitando a onda de crescimento instalaram-se dentro do município outras Empresas de Grande porte, como: Leão Alimentos e Bebidas Ltda, (2009), gerando 350 empregos diretos, Isringhausen Industria Ltda (2012), gerando 110 empregos diretos e Plastilit Produtos Plásticos do Paraná (2013), gerando 420 empregos diretos. Juntamente com essas empresas também vieram as de médio porte como a: Metalúrgica Rodriaço Ltda (2013) e Methal Company Industrial Ltda (2014).
Seguindo o crescimento industrial da Cidade, micros e pequenas empresas também decidiram apostar na “Terra das Oportunidades”, totalizando 4074 empresas formais (entre ME, EPP e MEI), com uma estimativa de 2 mil empresas informais. Podemos citar como exemplo as empresas já instaladas nos Condomínios Empresariais: a Empresa Usinabras Industrial LTDA EPP, Netocolor Pintura de Alumínio LTDA e Amizade Produtos Para Móveis LTDA EPP.
As Empresas interessadas em contratar funcionários capacitados têm como opção buscar a Escola Técnica, que oferta mão de obra qualificada em algumas áreas, foi implantada em Fazenda Rio Grande com o intuito de profissionalizar cidadãos com o objetivo de colocação no mercado de trabalho dentro do município, visando à ampliação do conhecimento e qualidade de vida.
Como opção de contratação de jovem aprendiz o Município disponibiliza o Centro de Inicialização Profissional (CIP), que oferta cursos em parceria com Sistema “S”, como curso de inclusão digital e auxiliar de produção e técnicas administrativas.
Os trabalhadores de Fazenda Rio Grandes contam com a parceria da Agência do Trabalhador, Secretaria do Trabalho junto as Empresa para captar vagas e uma equipe treinada para realizara o encaminhamento deste trabalhador.
Nos anos de 2011/2012, foram realizados feirões do emprego com a finalidade de aproximar o trabalhador local com as Empresas com interesse de que estavam iniciando suas atividades na Cidade, com a participação de um publico médio de 4.500 pessoas.
Com o desenvolvimento da indústria e comércio ocorreu à necessidade da ampliação do espaço de atendimento ao trabalhador e ao empregador, requisitos estes necessários para atender a demanda que esta acontecendo dentro do município mesmo na contramão do crescimento econômico do país.
“Com 13.361 novos postos de trabalho criados em 2015, o Paraná lidera a criação de empregos no setor de serviços no país, à frente de estados como São Paulo e Santa Catarina, importantes polos de empregabilidade no setor. No acumulado do ano, o estado também registra um crescimento no estoque de empregos formais, registrando 1.731 postos com carteira assinada ao longo dos sete primeiros meses de 2015. Os dados constam no último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente ao mês de julho, divulgado nesta tarde pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Mais uma vez, a agropecuária foi o setor de atividade que gerou o maior número de postos de trabalho no estado, em julho, com 831 novos empregos formais criados. Entre os demais setores, o pior resultado ficou para a indústria de transformação, que apresentou um saldo negativo de 6.991 vagas. A empregabilidade também se manteve em alta em alguns municípios do estado, principalmente na Região Metropolitana de Curitiba. O maior saldo do período foi registrado em Fazenda Rio Grande.” (2015).
Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/debaser/visualizar.php?audiovideo=1&xfid=60242&tit=Parana-lidera-criacao-de-empregos-no-setor-de-servicos-em-2015
Em 2010 a Agência do Trabalhador localizava-se em um pequeno imóvel na Avenida Brasil, 2079, atendia em média 150 pessoas por dia, distribuídos entre todos os seus serviços, vendo e acreditando no desenvolvimento econômico da cidade percebeu-se que não havia condição físicas (espaço), para realizar uma boa recepção e atendimento para o empregador, que vinha ofertar suas vagas de emprego e um espaço adequado para atender o trabalhador que busca uma oportunidade de trabalho, (Anexo 5 e 6).
Em 20 de outubro de 2010, a Agência do Trabalhador passou atender em novo endereço, Avenida Cedro nº 343, contemplado com maior espaço físico, podendo atender de forma adequada todos os trabalhadores que vinham busca um emprego, tendo a preferência por vagas abertas no município. Em parceria com Secretaria de Ação Social foi possível ampliar o leque de atendimento a população que busca uma vaga de emprego viabilizando o acesso a todos os moradores circunvizinhos dos postos de atendimentos do CRAS’s. Buscando valorizar o trabalhador de Fazenda Rio Grande e aproveitando o sistema de integração de ônibus municipal junto a Curitiba (ou seja, utilizando o pagamento somente de uma passagem, caso não deixem as instalações do terminal), implantou-se no terminal de ônibus uma Agência suporte que atende o cidadão em trânsito. Hoje em média são atendidos nos postos avançados e na agência central cerca de 400 pessoas por dia. (Anexo 7 e 8). Atualmente, devido a demanda existe a necessidade de ampliar o espaço para continuar garantia a qualidade no atendimento.
Com o desenvolvimento estima-se que das 45 mil pessoas que deixaram o Município para buscar emprego em cidades vizinhas, já retornaram cerca de 13 mil pessoas, gerando crescimento de ordem econômica de R$ 2.059.200,00, com base no salário mínimo atual de R$ 880,00, dinheiro este, que está sendo gasto no comercio local, gerando maior empregabilidade e alavancando a arrecadação financeira de Fazenda Rio Grande.
Prova deste crescimento é a saída do Município grupo G-100, onde é apontado a baixa receita per capta e vulnerabilidade da população, onde não ocorre desenvolvimento sócio econômico (educação, saúde e assistência social), e menor receita corrente. Em 2012 ocupava no ranking a 33º posição, em 2013 a 64º subindo 31 posições e em 2015 deixou de fazer parte deste grupo, passando a ocupar a 104º posição do ranking de classificação dos municípios, superando 40 posições. Anexo (09).
A arrecadação de ICMS é outro indicador econômico que demonstra aumento das origens financeiras para o município com a chegada das indústrias e empreendedores locais. Estima-se um crescimento médio de 40% ano, saltando de R$ 5,8 milhões em 2009 para R$ 16 milhões em 2015 e uma projeção de 19 milhões em 2016 e R$ 30 milhões em 2017. Anexo (10). Fonte: Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande
Com o objetivo de levar o desenvolvimento a toda à população a Prefeitura de Fazenda Rio Grande esta investindo mais de 100 milhões de reais em 78 obras dividias nas seguintes áreas: educação, saúde, urbanismo, esporte/lazer e meio ambiente. Anexo (11).

Objetivos

Gerais:

Criar uma ferramenta para tirar o título de “Cidade Dormitório” e contemplá-la com o título de “Terra de Oportunidades”.
Dar condição de desenvolver o comércio, indústria e prestação de serviços, mesmo para os que não estão instalados no condomínio, gerando emprego, renda e arrecadação para os setores da economia de Fazenda Rio Grande.
Gerar o maior número de empregos e capacitação, para que o morador possa trabalhar próximo de sua casa, melhorando sua qualidade de vida.

Específicos:

Atrair o maior número de empresa com incentivos fiscais, para que essa possam gerar empregos aos moradores desta cidade e que eles possam ter a oportunidade de trabalhar em Fazenda Rio Grande. Propiciar qualificação de qualidade para o trabalhador concorrer as vagas de emprego. Desenvolver economicamente o município, não dependendo mais da capital Curitiba, para serviços básicos, independência financeira e do comercio local.

Metas a atingir:

Em 2017, mesmo com a crise instalada no país, aguarda-se a chegada de mais de 100 empresas entre pequeno, média e grande porte no município, projeta-se uma geração de mais 10.000 novos postos de trabalho. Estima-se que mais de 15.000 pessoas deixarão de ir para as cidade vizinhas, aumentando renda no comércio local de aproximadamente R$ 30.000.000,00. Planeja-se realizar a capacitação de mão de obra de ao menos 4.000 pessoas.

Cronograma

Físico:

2009 – Percebeu-se a necessidade de desenvolver um plano de ação - CONDOMÍNIOS INDUSTRIAIS – decisão toma em conjunto com o Ex-prefeito o atual Prefeito, Secretários, Diretores Municipais e da Câmara de Vereadores;
2009/2010 – Venda da ideia para os proprietários das terras agrícolas ociosas e para os investidores do ramo imobiliário;
2011 – Início da terraplanagem do Condomínio Parque Industrial Sul;
2011/2012 – Divulgação para atrair novos empreendimentos através da (URBS), com a colocação de perfureides nos vidros traseiros dos ônibus que realizavam os trajetos dentro e fora do município e comercialização dos lotes e instalação das primeiras empresas;
2012 – Alteração na Lei nº 08/2006, que regulamento o padrão de infraestrutura dos Condomínios Empresariais;
2012 – Criação de Decretos individuais com incentivos fiscais podendo ser pelo período de 5 a 8 anos de isenção dos seguintes tributos: IPTU, ISSNQ e ITBI;
2013/2014 – Chegada das primeiras Empresas nos Condomínios Empresariais;
2015/2016 – Chegada da Empresa Tirol, com promessa de geração de empregos diretos e indiretos.

Financeiro:

O projeto é todo bancado pelos investidores, a Prefeitura só entra com a contra partida dos incentivos fiscais – (ITBI, IPTU e ISSQN) e o apontamento de qual área é a mais apropriada de acordo com a sua atividade industrial. A Prefeitura é somente um parceiro econômico.

Orçamento:

Não há custo extras para a Prefeitura, pois o gastos com o pessoal envolvido no projeto já faz parte do orçamento anual.

Beneficiários Diretos:

População economicamente ativa, comércio local, arrecadação do municipal.

Beneficiários Indiretos:

Prestadores de serviços terceirizados e os 92.204 habitantes estimados em 2015 pelo IBGE.

Resultados:

Nos Condomínios Empresariais que já estão em funcionamento, encontram-se cerca de 22 empresas de micro e pequeno porte de diversos segmentos, gerando em média 770 empregos diretos, com geração de renda estimada em R$ 739.200,00 (setecentos e trinta e nove mil e duzentos reais) a um salário de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reis). Espera-se que ao término das venda ou locações dos 362 lotes, a geração de renda chegue ao total de R$ 12.163.200,00 (doze milhões cento e sessenta e três mil e duzentos reais), fomentando o comércio local.

Anexos

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